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sexta-feira, março 31, 2006

NEYMAR, aos 14 anos, novo fenómeno do futebol brasileiro

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O BARÇA E O REAL DISPUTAM-NO
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O LUSO-CARIOCA aconselha a fixar o nome e a imagem deste puto de 14 anitos, pois dentro de 2 anos vai ser mais um Pelé, Ronaldinho ou melhor


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Real e Barça brigam por brasileiro de 14 anos
Neymar, ex-Santos, está na Espanha para escolher entre um dos dois clubes

Neymar já até bateu bola com os galácticos . Enquanto a maioria dos meninos de 14 anos sonha um dia em apenas chegar perto de Ronaldo ou Ronaldinho Gaúcho, Neymar pode se dar ao luxo de escolher com qual dos dois ídolos pretende dividir um campo de treinamento.

Neymar é o pivô de uma briga entre o Santos e o empresário , que cuida da carreira de Robinho. Na semana do superclássico entre Barcelona e Real Madrid, sábado, o garoto coloca os dois gigantes espanhóis também em pé de guerra.


Na Europa há dez dias com Neymar e seu pai, o empresário afirma ter propostas de quatro equipes pelo menino. Além dos espanhóis, Arsenal e Manchester United pretendem ter o brasileiro em suas divisões de base. Porém, é pela Espanha que o projeto de craque deve ficar.

Se o Barça apela para o dinheiro, o clube de Madri também tem suas armas para seduzir o menino: os "galácticos". A presença de Ronaldo, Robinho e Roberto Carlos tem encantado Neymar.

- Ele já até bateu bola com os brasileiros no campo. Outro dia, o presidente do Real (Fernando Martín) deu um beijo nele! - conta Wagner, o empresário.

Neymar joga há dois anos no Santos. só tem 14 anos e não pode ter contrato profissional.


A Fifa obriga que um atleta tão jovem só possa actuar no exterior se seus pais o acompanharem quando fôr jogar para o exterior. Os clubes aproveitam essa brecha para levar os garotos oferecendo emprego aos seus responsáveis.

Caso acerte com algum time europeu, o menino terá que esperar até os 16 anos para assinar contrato. O Santos também fez uma oferta para segurar Neymar até sua profissionalização. Porém, Wagner não aceita a proposta do Santos pois a multa rescisória pedida pela diretoria é de US$ 50 milhões.

quinta-feira, março 30, 2006

MADUREIRA,campeão da taça RIO

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COMO JÁ ONTEM HAVIÁMOS PUBLICADO
O MADUREIRA E O AMERICANO DEFRON-
TARAM-SE NUMA FINAL INÉDITA, TENDO
O MADUREIRA,
SE SAGRADO CAMPEÃO PELA PRIMEIRA
VEZ.


Ficha Técnica: Americano 0 x 1 Madureira


MAICOM DO MADUREIRA FESTEJA O TÍTULO

Rio de Janeiro (RJ) - Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 29 de março de 2006, quarta-feira
Horário: 21h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Marcelo Pacheco (RJ)

Assistentes: Elson Passos Filho (RJ) e Sérgio Teixeira (RJ)
Cartão Amarelo: Caetano, Butti e Marquinhos
Gol: Maicon aos cinco minutos do primeiro tempo
AMERICANO: Erivélton, Kléber Goiano, Carlão (Bruno Rangel) e Róbson; Júlio César, Vinícius(Caetano), Marcelo Uberaba, Flavinho e Ernani(Pirão); Butti e Faioli
Técnico: Válter Ferreira

MADUREIRA: Renan, Marcos Vinícius, Odvan, Paulo César e Paulo Roberto; Roberto Lopes, Djair(Paulinho), Maicon(Tiago Costa) e Marquinhos; Fábio Júnior(Boiadeiro) e André Lima
Técnico: Alfredo Sampaio
Tricolor conquista a Taça Rio com vitória por 1 a 0 sobre o Americano e decide o Carioca com o Botafogo

No mesmo dia em que o primeiro brasileiro foi ao espaço, o Madureira conquistou o inédito título de campeão da Taça Rio. Com muita garra, determinação e jogando com inteligência nos contra-ataques, o Madureira fez o Americano sambar e venceu por 1 a 0. Com apoio das baterias da Portela e Império Serrano na arquibancada do Maracanã, o Tricolor Suburbano teve em Maicon o herói do jogo, autor do gol da vitória com um belo chute de fora da área.
A festa da torcida de Madureira começou aos 5 minutos, quando Maicon recebeu na altura da grande área e soltou a bomba, a bola bateu na trave direita de Erivélton e entrou. Golaço! Madureira 1 a 0. Quatro minutos depois, Paulo Roberto centrou da esquerda na medida para Maicon que testou e a bola explodiu na trave direita de Erivélton.

O Madureira continou melhor, aproveitando os espaços que o Americano oferecia e contra-atacando com inteligência e muita velocidade. Não fosse o grande número de oportunidades desperdiçadas, o jogo poderia ter sido definido ainda no primeiro tempo. Aos 27, Andre Lima perdeu após uma sobra na área. Sete minutos depois, Marquinhos, com o gol aberto, chutou por cima do travessão.

O Americano voltou um pouco mais organizado no segundo tempo, mas a primeira boa chance também foi do Madureira, com Fabio Júnior, aos 4 minutos. Aos 16, Ernani ganhou na raça e foi ao fundo e cruzou rasteiro, a bola passou pelo goleiro e também por Butti, desperdiçando a chance de empate.

Aos 20, Fábio Júnior recebeu no meio de campo e disparou até a área, quando se preparava para o chute foi travado. Aos 24, Marcos Vinícius ficou cara a cara de Erivélton, tentou encobri-lo e o goleiro espalmou, no rebote o jogador não dominou e perdeu a oportunidade de ampliar.

O ritmo do jogo caiu depois disso e o Madureira soube segurar o placar até o apito final, quando começou uma festa que certamente terá muito samba e promete varar a madrugada.

O TIME DO MADUREIRA COMEMORA A GRANDE VITÓRIA

A BUNDA de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

...
"O fio dental está para a nudez
como o subentendido está para o
consentimento"


A bunda é a mania nacional dos brasileiros, é o símbolo de Ipanema, de Copacabana e do Carnaval Carioca, e é no versejar sublime de Carlos Drummond de Andrade,"engraçada".

Pos é tudo isto e também até já foi, objecto de teses de doutoramento.
Por cá, também, por influências de nosss irmãos dos trópicos, lhe chamamos bunda e bumbum, mas traseiro, rabo, cú e peidola, são as suas denominações mais usadas entre nós.
No antigo RC e agora no Revenue, abunda sempre foi favorita entre o pessoal, que vê nela um interregno delicioso, um belo escape, para o aborrecimento da monótona visualização de outros "queues", estes muito informáticos, muito sem graça.
Muitos autores tentaram ao longo da História, sistematizar uma classificação
das bundas quanto à sua forma, sendo a tese do Prof. C.H.Pimenta, a que
maior cocordância concitou na comunidade cientifica.
Segundo este académico, as bundas podem catalogar-se por tipos, e que para ele são:
-Tipo maçã - redondinhas e duras
-Tipo pêra - finas em cima e largas em baixo
-Tipo offload - tão volumosas que não cabem na mini-saia, transbordado-a
-Tipo prateleira - con as pretoberâncias calipigias superiores mais desenvolvidas com descida abrupta .
Tipo PROS - optimizadas por efeito do "constrained" que constitui a calcinha de lycra.
-Tipo casca de laranja - com imensos buraquinhos causados pela celulite
-Tipo noshow - sem rabo algum
-Tipo gelatina - como um pudim bamboleante.
-Tipo boomerang - ossudo e metido para dentro.
Muitos outros cientistas sociais têm opinado sobre tão agradável matéria, como o cronista brasileiro ARNALDO JABÔR, que diz:
"A bunda virou um instrumento de ascenção social. Nossas meninas se cuidam desde cedo, chegando a sentar-se em penicos e cadeiras sem fundo, uns tantos minutos por dia, para arredondar as suas formas calipígeas, e obrigando-se a rebolados cada vez mais desbragados"
Já o humorista AGANEMON, acha que:
"A bunda é hoje em dia um capital"
"Há que valorizar o produto interno". "Há um nicho de mercado importante na área dos traseiros, das bundas e nádegas da ordem dos milhões de dólares"
"A bunda é uma comodity de alto valôr e tem cotação empinada em Wall Street"
"A bunda brasileira não tem competidoras, ela é criada solta, ciscando no quintal, trepando muro, rebolando na praia, no líbibo da gente. É ex-libris nacional"
A bunda não escapou também à pena de JORGE AMADO:
"A bunda é nossa amorável imperfeição. é bela, é criadora, é a raça, é a alegria"
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE não se conteve mesmo, e perante a imagem de uma bela bunda. escreveu e dedicou-lhe este admirável poema que aqui reproduzimos:

A bunda que engraçada
.
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
.
A bunda é a bunda,
rebunda.
.
Já para alguns colegas cá da casa:
"A bunda quando é bela, ela fala connosco, põe-nos a sonhar, faz-nos entrar num estranho turpor hipnótico, numa outra dimensão estelar, ela tem até legendas..."
Mas voltemos na ARNALDO JABÔR:
"Para os anglos saxões o símbolo maior são os seios. Leiteiros, alimentícios, enormes a transbodarem das páginas de revista de mulher pelada. Para nós, o bumbum, por infecundo, tem imagem mais propícia para sacanagem sem perigo"
"Muitas mulheres de bundas bonitas chegam a ter ciúmes das suas formas calipígeas"

"A mulher de bunda bonita caminha como se fosem duas"
"Ela e a sua bunda" , "Uma fala , a outra cala e todos olham.."
"A mulher de bunda bonita não tem sossego, está sempre consciente do tesouro que reboca"
"A mulher de bunda bonita, mesmo de frente, ela está sempre de costas"
A socióloga PAOLA VANESSA DIAS escreveu mesmo um estudo sobre o tema : O PODER HIPNÓTICO DOS TRASEIROS":
"..PERANTE UMA BUNDA BONITA, NENHUM HOMEM TEM CAPACIDADE PARA DELA DESPREGAR O SEU OLHAR, mesmo sob pressão vigilante e restritiva da mulher ou namorada.."

Já o antropólogo brasileiro ROBERTO DA MATTA, menciona a bunda, como denominador nacional do mais alto prestígio:
"Certamente mais integrador que a Constituição Federal e as leis trabalhistas,ela é o símbolo raiz de uma coesão interna, essa bunda lunar, estruturalmente dividida pelas suas intrigantes bochechas hemisféricas, ela é o nosso ponto de chegada e fuga"
A bunda bonita, afinal, não é indiferente a ninguém.

quarta-feira, março 29, 2006

BENFICA EMPATA COM BARÇA para a liga milionária

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ONZE BRASILEIROS E UM LUSO-BRASILEIRO ENVOLVIDOS NUM GRANDE JOGO

7 PELO BENFICA
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Moretto GR
Luisão DC
Anderson DC
Léo LE
Beto
Marcel AV
Giovani

4 do BARÇA

Belletti LD
Motta DC
Ronaldinho AE
Sylvinho LE
Liga dos Campeões » Benfica 0 - Barcelona 0

O brilho dos novos heróis
Com uma segunda parte de grande qualidade, graças à nova dinâmica ofensiva com subsídio de Miccoli, o Benfica esteve muito perto do golo e pode continuar a alimentar o sonho das meias-finais. Rocha foi cryptonite para Ronaldinho Gaúcho - um super-herói ontem debilitado nos seus poderes galácticos
CARLOS ALBERTO FERNANDES

Foi um jogo de tremendas emoções no Estádio da Luz com uma atmosfera vibrante, só comparável à do jogo da final do Euro’2004. Receber a melhor equipa do Mundo foi motivo de celebração, sinal do renascimento competitivo do Benfica na Europa. A angústia de lidar, nestes quartos-de-final, com o virtuosismo do futebol praticado pelo Barcelona seria um outro capítulo a resolver depois do primeiro apito do árbitro. E ali tratou-se de sofrimento, de nervosismo, de alguma submissão. As estrelas do conjunto catalão estiveram quase a ofuscar as pretensões portuguesas, mas cintilou, no seu lugar, a determinação, a vontade de ganhar e alguma sorte da equipa de Koeman na etapa inicial. Na segunda parte, Miccoli entrou em campo acompanhado por uma ambição gigante, e quase acasalaram num final feliz.

Porventura, feitas as contas, o resultado agrada mais a Frank Rijkaard do que a Ronald Koeman, pela simples circunstância de se resolver a eliminatória no Camp Nou, sabendo que o Benfica terá de procurar o golo. Mas também porque se viu forçado a mexer muito na sua estrutura defensiva. Para remendar o sector (sem Puyol e Marquez), e evitando “queimar” Rodri no inferno da Luz, recuou Motta para o eixo da defesa e apostou em Iniesta a trinco. Uma solução que exigia dos criativos uma maior disponibilidade para o esforço da recuperação e do apoio à defesa. Mesmo assim, foi a ausência de uma cobertura defensiva mais sólida que o Benfica tentou aproveitar, encontrando espaço para rematar à entrada da grande-área.

O antídoto encontrado por Koeman para a criatividade espontânea do meio-campo ofensivo do Barça – essa grande arma letal -, foram marcações individuais que resultaram com grande eficácia, em particular a movida por Ricardo Rocha a Ronaldinho Gaúcho – o craque brasileiro sentiu bem o peso da sombra encarnada – e de Beto a Deco. Sabia-se que este dispositivo não resistiria a desconcentrações ou a deslizes. Estes não aconteceram, foram quase perfeitas, como o foram, uma vez mais, as actuações de Luisão e Anderson no eixo da defesa.


Moretto muito bem, muito mal, ou assim-assim?

Claro que esta história poderia ter sido muito diferente. Catastrófica, num certo sentido. Pois, ficam na retina dois erros inacreditáveis de Moretto – um pontapé que não acerta no esférico e um passe para Van Bommel dentro da grande-área. Seria a forma mais inglória de entregar o destino desta eliminatória. Mas para se falar da iminência dos golos forasteiros – em particular na primeira etapa - é preciso também referir que o guarda-redes brasileiro os evitou, quando eles pareciam inevitáveis. Muito mal e muito bem. Assim-assim, porque há demérito de Eto’o e Van Bommel em lances em zona frontal, em que não conseguiram atirar para fora do alcance do guardião. Pura felicidade, o engenho da finalização catalã falhou estrondosamente, também com contributo de Deco.

Com muito maior tempo de posse de bola na primeira parte e o peso da obrigação de vincar a superioridade que está compilada nos manuais do futebol actual, o "Barça" ofereceu à Luz relances da alquimia. Mas não completou a poção. Mesmo aos adeptos mais optimistas já havia ocorrido que poderia passar-se assim: o Benfica numa posição de maior expectativa, em contenção, procurando lançar-se rapidamente em contra-ataque. Mas faltou um mínimo de profundidade no desenvolvimento das iniciativas ofensivas até ao início da segunda parte.


Era Miccoli…

Havia um rato escondido e Robert – pouco visto no relvado – ficou nos balneários após o intervalo. Koeman deve ter exortado os seus pupilos a fazer mais pelo golo. Com Miccoli, a melhoria da dinâmica do ataque encarnado foi exponencial. A chave era a velocidade, no espaço livre deixado pela adiantada linha defensiva contrária que ensaiava sem resultados o fora-de-jogo. Miccoli colocou a evidência a permeabilidade dos catalães e insuflou na equipa a confiança num resultado ainda mais positivo. O perigo rondou a baliza de Valdés, também ele importante no nulo final. O Benfica dispôs de três ou quatro grandes ocasiões para marcar, Karagounis ajudou a serenar a equipa na construção das jogadas. Gradualmente, o Benfica equilibrara o jogo e terminou-o em superioridade, com os olhos na baliza adversária. Não conseguiu marcar, mas pode viajar para Barcelona com convicção de que tem armas para eliminar mais um gigante da Europa e passar às meias-finais.

paulistão 15ª.rodada

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TAMBÉM TIVÉMOS
PAULISTÃO
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25/03 18h10 Brinco de Ouro Guarani 2 x 2 Santo André
25/03 18h10 Pacaembu Juventus 1 x 2 Santos
26/03 16h Morumbi Palmeiras 1 x 1 Corinthians
26/03 16h Dr. Novelli Júnior Ituano 4 x 1 São Bento
26/03 18h10 Décio Vitta Rio Branco 2 x 4 São Paulo
26/03 18h10 Benedito Teixeira América 1 x 2 Ponte Preta
26/03 18h10 Canindé Portuguesa 5 x 2 Paulista
26/03 18h10 Marcelo Stefani Bragantino 2 x 0 Mogi Mirim
26/03 18h10 Alfredo de Castilho Noroeste 3 x 2 P. Santista
26/03 18h10 Bento de Abreu Marília 2 x 3 São Caetano

FOI UMA JORNADA COM O REGRESSO FANTÁSTICO DA PORTUGUESA ÀS VITÓRIAS


São Paulo - Apesar de a situação ainda estar complicada, a Portuguesa de Desportos conseguiu, domingo, superar uma semana conturbada e acabou com um jejum de oito jogos sem vitórias no Campeonato Paulista. Diante do Paulista, no Canindé, a equipa paulistana venceu por 5-2 e saiu da penúltima colocação da tabela.

O clube continua na zona de descida, com 14 pontos, em 18/o lugar, mas comemora os demais resultados da noite que envolveram outros postulantes ao «rebaixamento». Em casa, o Marília perdeu para São Caetano. Já a Lusa Santista caiu por 3-1 frente ao Noroeste, enquanto o Mogi Mirim caiu diante do Bragantino.

A noite começou bem para os lusitanos. Com apenas seis minutos de jogo, o meio-campo Cléber inaugurou o marcador em cobrança de pénalti. E os comandados do técnico Edinho foram com a vantagem para os vestiários ao final do primeiro tempo.

Nem bem voltou para os últimos 45 minutos, a equipa rubro-verde foi surpreendida com um golo de falta do colombiano Muñoz, aos cinco minutos. A situação piorou aos 10, quando o avançado, emprestado ao Paulista pelo Palmeiras, cobrou pénalti e virou o marcador.

Demonstrando poder de reacção, a Portuguesa - que teve sete jogadores dispensados, dentre esses, quatro titulares (Sílvio Criciúma, Leandro Amaral, Almir e Rodrigo Pontes) - conseguiu tomar a frente no placar mais uma vez.

Aos 13 minutos, o avançado angolano Johnson empatou e o jovem Diogo conseguiu fazer o terceiro do clube do Canindé. Dez minutos depois, a Lusa decretou a sua quarta vitória no Paulistão com um golo do lateral-direito Jackson e outro de Josivalter, aos 43.

Além disso

Verdão empata no clássico e Peixe fica mais perto do título

TEVEZ E GAMARRA E UM PENALTY PERDOADO NO CORINTHIANS-PALMEIRAS

Praticamente fora da disputa do título do Campeonato Paulista, o Corinthians poderia ter vencido, mas pelo menos conseguiu atrapalhar a vida do Palmeiras no Campeonato Paulista. Neste domingo no Morumbi, as duas equipes fizeram mais um grande clássico estadual e saíram de campo com um empate por 1 a 1. Com este resultado, a vida do líder Santos fica um pouco mais fácil, já que abre quatro pontos de vantagem para o Verdão, segundo colocado.

Faltando três rodadas para o final do Paulistão, o alviverde precisa vencer os jogos restantes e ainda torcer para que o Santos não vença mais que uma partida. Já o alvinegro de Parque São Jorge permanece em sexto lugar do Estadual, com 26 pontos. Agora, o Palmeiras volta a jogar nesta quarta-feira contra o Paulista, fora de casa. No dia seguinte, o Corinthians enfrenta o Guarani, no Pacaembu, provavelmente com uma equipe reserva.

Antes disso, o Timão abriu o placar com Nilmar, em belo voleio, aos oito minutos de jogo. Ele aproveitou desvio de Marcus Vinícius e deixou sua marca. Depois, o Alvinegro perdeu chances de ampliar, viu o rival reverter as ações e empatar com Washington, aos 24. Em cobrança de falta, Edmundo acertou a trave direita de Marcelo e, livre, o centroavante só tocou para o gol. Depois do lance polêmico, o alvinegro foi melhor, criou boas oportunidades, mas não conseguiu a vitória.

Peixe rumo ao título - Jogando diante de um grande público no estádio do Pacaembu, o Santos teve muito trabalho para vencer o Juventus. O tima da Móoca soube como explorar a apatia do adversário nos primeiros minutos do confronto e saiu na frente com Manu. Ainda no primeiro tempo, o Santos chegou ao empate em cobrança de falta de Cléber Santana e viveu momentos de agonia até o gol da virada, marcado por Reinaldo a 10 minutos do final do tempo regulamentar. Completamente desestabilizados após o segundo gol do Peixe, os juventinos perderam o controle e sofreram três expulsões.

Já o São Paulo conseguiu um resultado positivo em Americana e segue na luta pelo título do Campeonato Paulista. No estádio Décio Vitta, a equipe paulistana levou sufoco e venceu o Rio Branco por 4 a 2. O Tricolor marcou logo aos 22 minutos, com Fabão. No entanto, em duas falhas da defesa, a primeira em recuo errado de Rogério e a segunda em um toque de mão dentro da área de André Dias, o Rio Branco conseguiu virar o marcador.

Somente modificações tática feitas pelo técnico Muricy Ramalho possibilitaram ao São Paulo correr atrás do empate. Abdicando do esquema de três zagueiro, o treinado colocou Alex Dias no lugar de Fabão. Resultado: Aos sete, Thiago avançou pela esquerda e cruzou perfeito para Leandro, que só encostou para empatar. Aos nove, em contra-ataque, Alex Dias foi ao fundo e cruzou da direita para Thiago, que só encostou e determinou a virada tricolor. Aos 48, a deinição: Rogério Ceni cobra mal um pênalti, mas o goleiro Marcelo não pega.

As demais equipes que lutam para não cair perderam. Em casa, o Marília foi derrotado pelo São Caetano, enquanto a Lusa Santista caiu por 3 a 1 diante do Noroeste. Por sua vez, o Mogi Mirim não resistiu ao

classificação

1º Santos 37
2º São Paulo 33
Palmeiras 33
4º Noroeste 30
São Caetano 30
6º Ituano 27
7º Corinthians 26
8º Bragantino 23
9º América 21
Rio Branco 21 1
Juventus 21
Paulista 21
Ponte Preta 21
14º São Bento 19
15º Santo André
16º Portuguesa Santista
Guarani 17
18º Portuguesa 14
19º Marília 13
20º Mogi Mirim 9

taça rio - semi finais

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NESTE ULTIMO FINAL DE SEMANA
A TAÇA RIO TEVE AS SUAS
SEMI-FINAIS INÉDITAS, COM
QUATRO CLUBES DOS CHAMADOS
PEQUENOS A LUTAREM PARA
CHEGAREM À FINAL:
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26/3 16h Maracanã América 1 x 3 Americano
26/3 18h10 Maracanã Cabofriense (3)1 x 1(4) Madureira

CAMPEONATO CARIOCA
TAÇA RIO - SEMIFINAIS

Maracanã - América 1 x 3 Americano
Marcelo Uberaba (Americano), aos 6' do 1º tempo
Butti (Americano), a 1' do 2º tempo
Santiago (América), aos 32' do 2º tempo
Faiolli (Americano), aos 36' do 2º tempo

Maracanã - Cabofriense 1 x 1 Madureira
Pênaltis: Cabofriense 3x4 Madureira
Maicon (Mad), aos 25seg do 2º tempo
Sorato (Cab), aos 17' do 2º tempo


Assim, o AMERICANO e o MADUREIRA , venceram e disputarão uma final inédita, que terá lugar hoje
29/3 21h45 Maracanã Americano x Madureira



LOCAL: Maracanã.
HORÁRIO: 21h45.
ÁRBITRO: Marcelo Venito Pacheco

MADUREIRA: Renan, Marcus Vinicius, Paulo César, Odvan e Paulo Roberto; Roberto Lopes, Djair, Maicon e Marquinhos; André Lima e Fábio Júnior. Técnico: Alfredo Sampaio

AMERICANO: Erivélton, Kléber Goiano, Róbson e Carlão; Júlio César, Marcelo Uberaba, Vinícius, Flavinho e Ernani; Butti e Faioli. Técnico: Válter Ferreira.

HISTÓRICOS DOS DOIS CLUBES FINALISTAS

MADUREIRA
A história do Madureira Esporte Clube sempre esteve ligada ao comércio local. Foi no ano de 1932 que os comerciantes Elísio Alves Ferreira, Manoel Lopes da Silva, Manuel Augusto Maia e Joaquim Braia, entre outros, lideraram um movimento no sentido de ser fundado um grande clube em Madureira. O grupo entrou em contato com Uassir do Amaral, então presidente do Fidalgo Madureira Atlético Clube. Na época, pensou-se ainda na fusão com o Magno Futebol Clube, o que, de início, foi reprovado pelos sócios.
Após várias Assembléias, em 16 de fevereiro de 1933 ficou considerado fundado o MADUREIRA ATLÉTICO CLUBE, com a data de 08 de agosto de 1914, que era do Fidalgo. O novo clube passou a adotar, em seu emblema e nos uniformes, a cor azul do Magno e a cor roxa do Fidalgo. Em 1939, o Madureira disputou o Campeonato pela Federação Metropolitana de Futebol, sagrando-se campeão no quadro de amadores e campeão nos profissionais do Torneio Início.
Com o objetivo de dinamizar, ampliar e engrandecer atividade esportiva do clube, no dia 12 de outubro 1971 foi criado o Madureira Esporte Clube, resultado da fusão feita com o Madureira Atlético Clube, Madureira Tênis Clube e Imperial Basquete Clube. A data de fundação, no entanto, prevaleceu a de 08 de agosto de 1914, para efeito nas Federações. Desde então, o Madureira tornou-se um Celeiro de Craques, formando inúmeros profissionais para o futebol brasileiro, inclusive com passagem pela Seleção Brasileira. Daqui saíram, entre outros, Didi, Evaristo, Jair da Rosa Pinto, Isaías, Lelé, Nair e Nelsinho. De um período mais recente, foram crias do tricolor suburbano jogadores como: Marcelinho Carioca (Corinthians), Renato Carioca (Guarani), Márcio Theodoro (Portugal), Iranildo (Flamengo), Naza (Vasco), Messias (Tunísia), Leo e Souza bicampeões mundiais sub-17 (Vasco).

AMERICANO
Fundado numa célebre reunião na joalharia dos irmãos Suppa, o Americano era para se chamar, na realidade, América Football Club. Tudo por conta de uma sugestão de Belfort Duarte, patrono do clube rubro do Rio de Janeiro – e que, por onde andava, tinha a mania de fundar novos Américas.
Passado, porém, o amistoso entre o Combinado Campista e o próprio América (vencido pelo campeão carioca por 3 a 1), Belfort foi embora e aqui ficaram os irmãos Bertoni, uruguaios que jogavam no time de Belfort. E foi por sugestão deles que, ao invés de América, nascia o Americano F.C.. Na tarde de 03 de abril de 1914.
Tendo como presidente o empolgado Carlos Barroso, o novo clube enfrentou dificuldades logo no começo. Ainda mais porque já significava uma ameaça para o Rio Branco, o Goytacaz, o Aliança e o Luso-Brasileiro – os grandes da época.
Mas, após vencer o poderoso Rio Branco por 4 a 1, no seu jogo de estréia, começou a se fazer respeitar. E já em 1915 conquistava o Campeonato Campista com uma formação histórica, da qual faziam parte os irmãos Ernesto e Luiz Pamplona, Zizinho Suppa, Sinhô Campos, Heitor Manhães e Nélson Póvoa.

quem foram os artilherios da TAÇA GUANABRA E TAÇA RIO:

8 gols
Sorato (Cabofriense)

7 gols
Dodô (Botafogo)
Túlio (Volta Redonda)

6 gols
Robert (América)
Luizão (Flamengo)
Romário (Vasco)
Róbson Biúla (Portuguesa)

5 gols
Faioli (Americano)
Jones (Friburguense)
Adriano Magrão (Fluminense)
Deni (Nova Iguaçu)

4 gols
Chrys e Santiago (América)
Lúcio Flávio e Zé Roberto (Botafogo)
César Ramírez (Flamengo)
Marcos Denner (Nova Iguaçu)
Ygor e Valdiran (Vasco)

3 gols
Marcelo Uberaba (Americano)
Felipe Adão (Botafogo)
Têti (Cabofriense)
Evando, Lenny e Petkovic (Fluminense)
Gedeil (Friburguense)
André Lima e Maicon (Madureira)
Amaral e Sérgio Manoel (Volta Redonda)

2 gols
Bruno Lazaroni e Julinho (América)
Butti, Ernane, Cléber Goiano, Júlio César e Marcelo (Americano)
Reinaldo (Botafogo)
Anderson, João Paulo e William (Cabofriense)
Diego Souza, Juan e Renato (Flamengo)
Jean, Roger e Tuta (Fluminense)
Cadão e Carlos Alberto (Friburguense)
Fábio Júnior (Madureira)
Mário César (Nova Iguaçu)
Éder e Morais (Vasco)

sábado, março 25, 2006

cozinha brasileira - TUTU À MINEIRA

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TUTU À MINEIRA



Ingredientes:
1/2 quilo de feijão preto cozido sem tempero
2 cebolas cruas
Farinha de Mandioca
Pimenta do Reino
1 colher de sopa de cachaça
2 ovos cozidos
1/2 quilo de lingüiça frita ou assada
couve refogada

Bater o feijão e uma cebola no liqüidificador com o caldo do cozimento. Refogar no óleo com alho amassado. Colocar uma pitada de pimenta do reino, uma colher de cachaça, sal a gosto. Quando abrir fervura, colocar lentamente a farinha de mandioca, mexendo sem parar, até o ponto de um pirão. Despejar numa tigela e enfeitar com rodelas de ovos cozidos e servir com lingüiça, couve e molho de cebola.

quinta-feira, março 23, 2006

preliminares

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Um gaúcho chega numa churrascaria em São Paulo, senta e, indignado,
chama o garçom: - Mas bah! Na minha terra não tem essa história de
cardápio. A gente escolhe a carne cheirando a faca do assador! O garçom
deu um sorriso irônico, mas como não queria perder o cliente o atendeu a
caráter. O garçom dirigiu-se ao assador da carne, pegou sua faca que tinha
acabado de cortar um cupim e levo-a ao gaúcho. O gaúcho pegou a faca,
colocou-a em frente de seu nariz e exclamou: - Mas bah! Esse cupim está
maravilhoso, me traz um pedaço! O garçom, assustado, serviu o gaúcho e,
logo após, buscou a faca utilizada para cortar a costela e deu para o
gaúcho. O mesmo exclamou: - Mas bah! Essa costela está no ponto
pode trazer! O garçom, louco da vida com o gaúcho, buscou uma faca e pediu
pro churrasqueiro: - Waldemar(churrasqueiro) passa a mão no pinto e
depois esfregue-a nessa faca! Dito e feito, o garçom pegou a faca e
entregou para o gaúcho, ele colocou-a em frente de seu nariz, suspirou e
disse: - Mas bah! Como esse mundo é pequeno! O Waldemar trabalha aqui

quarta-feira, março 22, 2006

SOROCABA

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SOROCABA


VISTA AÉREA DE SOROCABA
..
As palavras são como as cerejas.
Conversando descontraidamente com um cidadão brasileiro de São Paulo , o Roger,a viver no Feijó, freguesia de Almada, de quem tenho o privilégio de ser vizinho,fui por ele despertado para um importante facto histórico brasileiro, que é sem dúvida a construção da estrada de ferro Sorocabana.
Logo procurei informação sobre a matéria e me deparei com esta deliciosa narrativa em letra de canção, não pròprimante da estrada de ferro, mas de Sorocaba, que não resisto a publicar, sem prejuízo de vir a tratar da Sorocabana, em matéria que publicarei :


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Moda da História de Sorocaba
Autor: Carlos Cavalheiro

Moda da História de Sorocaba

Vou contar para vocês
Como foi que nasceu
esta cidade progressista
como tudo aconteceu
revendo o passado, ai, ai
como ele se escreveu.

Aqui era terra de índio
antes de o branco chegar
índios da tribo tupiniquim
e também dos guaianá
aqui eles habitavam, ai, ai
ou vinham pra passear.

Utilizavam um caminho
que vinha desde o sul
era o caminho do Sol
chamado de Peabiru
ia até o império Inca, ai, ai
lá pros lados do Peru.

Muitos nomes de lugares
Eles ainda nos deixaram
Sorocaba: terra rasgada
assim como eles falaram
Onde o sol esconde, ai, ai
de Araçoiaba batizaram.

em mil quinhentos e oitenta e nove
Afonso Sardinha buscou ouro
nas matas do chamado Ipanema
em Araçoiaba, o logradouro
Mas somente encontrou o ferro, ai, ai
foi todo em vão seu suadouro.

Dez anos depois passado
Dom Francisco Souza, governador
fundou a Vila de Nossa Senhora
do Monte Serrat a denominou
levantando o Pelourinho, ai, ai
a justiça ali se instalou.

Com tempo veio decadência
a Vila então se transferiu
foi chamada de São Felipe
O povo para lá seguiu
onde é o Itavuvu ai, ai
a Vila se constituiu.

Isso foi no ano onze
de um mil e seiscentos
muita coisa aconteceu
foram muitos os momentos
em cinqüenta e quatro ai, ai
ocorreu novo evento.

Baltazar Fernandes
bandeirante paulista
de Santana do Parnaíba
era grande sertanista
tomou posse da sesmaria, ai, ai
foi sua grande conquista.

Trouxe escravos índios,
e toda a sua riqueza
veio também a família
desbravar a natureza
construiu uma capela, ai, ai
pro povo fazer a reza.

Em sessenta e um
Baltazar solicitou
a elevação à Vila
do povoado que formou
trouxe um Pelourinho ai, ai
do Itavuvu ele buscou.

O governador Sá Benevides
do Baltazar amigo verdadeiro
em três de março aceitou
o pedido do companheiro
elevando o povoado à Vila, ai, ai
Foi bonito o festeiro.

Paschoal Moreira Cabral
desta terra ele partiu
o bandeirante sorocabano
e no dia oito de abril
em mil seiscentos e dezoito, ai, ai
foi assim que Cuiabá surgiu.

Na capital do Mato Grosso
muito ouro ele descobriu
fundou então a cidade
mas foi o Miguel Sutil
no ano de vinte e dois, ai, ai
quem mais ouro reuniu.

Onze anos se passaram
e Cristóvão Pereira de Abreu
vindo do Rio Grande do Sul
Sorocaba ele surpreendeu
trazendo tropa de muares, ai, ai
o tropeirismo estabeleceu.

Famosa a Feira de Muares
que nos trouxe muito progresso
criou-se o Registro de Animais
cresceu muito o comércio
São Paulo de Sorocaba ai, ai
mostrava nosso sucesso.

Pois daí se adivinhava
qual era a cidade principal
era como se São Paulo
mesmo sendo a capital
pertencesse a Sorocaba, ai, ai
e dela fosse a filial.

Já em sessenta e sete
Na visita Pastoral
foi preso João Mulato
no processo inquisitorial
carregava um patuá ai, ai
de um africano ritual.

A Inquisição católica
aquele bentinho apreendeu
e o escravo que o carregava
informações ele forneceu
de como foi preparado ai, ai
o patuá que ele coseu.

A primeira igreja homônima
de Nossa Senhora Aparecida
por Antônio José da Silva
em Sorocaba foi construída
em mil setecentos e oitenta e dois, ai, ai
levantou-se essa ermida.
Em mil oitocentos e onze
após a vinda da família real
o príncipe regente Dom João
assinou um decreto legal
fundando a Fábrica de Ferro ai, ai
iniciou a Siderurgia nacional

Isso foi nas matas de Ipanema
e vieram protestantes europeus
trabalhar na siderúrgica
mas um deles logo morreu
não podia ser enterrado ai, ai
porque católico não nasceu.

Quando este fato aconteceu
ao Dom João se pediu
a sua autorização escrita
ele a construção permitiu
do cemitério protestante, ai, ai
o primeiro do Brasil.

Foi mil oitocentos e quinze
a data desse fato histórico
e um ano depois nasceu
da história, um grande teórico
Francisco Adolfo de Varnhagem, ai, ai
naquele local bucólico

Quarenta e dois foi um ano
que muita coisa aconteceu
Sorocaba elevou-se à cidade
e uma Revolução ocorreu
foi chamada de Liberal, ai, ai
a revolta que aqui se deu.

Coronel Tobias de Aguiar
político sorocabano estimado
era Presidente da Província
pelo povo foi aclamado
chefiou a revolução liberal, ai, ai
por ser o mais indicado.

Quando a revolta pereceu
e Caxias a sufocou
Coronel Tobias fugiu
com a Marquesa se casou
preso a caminho do Sul ai, ai
Na Corte prisioneiro ficou.

Dois anos depois passados
dessa dita revolução
O Brigadeiro e seus amigos
receberam o esperado perdão
das mãos do imperador ai, ai
Tobias foi solto da prisão.

Nesse mesmo ano chegou
um monge muito misterioso
Giovani D’Agostini, italiano
em Ipanema fez seu pouso
promoveu vários milagres ai, ai
o monge era milagroso.

Espantava cobras com reza,
fazia curas mirabolantes,
mas professava o catolicismo
numa terra de protestantes
a Fazenda Ipanema ai, ai
de luteranos imigrantes.

Os técnicos da Fazenda Ipanema
que era a Real Fábrica de Ferro
não gostaram da conversa do monge
e o expulsaram de lá no berro
O monge rogou uma praga ai, ai
foi fato e eu não erro.

Pois a praga que ele rogou
pouco antes de ir embora
foi pro lugar não prosperar
desde ontem até agora
quem vive ali sabe ai, ai
progresso lá não se demora.

O Imperador Dom Pedro
que foi o nosso segundo
rei que governou o Brasil
respeitado em todo mundo
visitou Sorocaba três vezes ai, ai
com um respeito profundo.

Em mil oitocentos e quarenta e seis
a primeira vez que aqui visitou
o ilustre monarca Dom Pedro
que em Sorocaba se hospedou
setenta e cinco e oitenta e seis ai, ai
Foram os anos que ele voltou.

Já em cinqüenta e dois
foi um ano muito bravo
João Peão, um valentão
recebeu o seu agravo
Manuel Lopes fundou fábrica ai, ai
com operários escravos

A indústria dele não prosperou
mas depois veio o algodão
foi vendido pra Inglaterra
na Guerra da Secessão
que nos Estados Unidos, ai, ai
levou irmão a matar irmão.

E em sessenta e dois
foi que Fagundes Varela
apaixonado poeta famoso
casou-se com sua bela
a senhora Alice Guilhermina ai, ai
a sua musa donzela.

No voluntário Batalhão sétimo
que partiram os sorocabanos
Para a Guerra do Paraguai
lutar contra o Solano
eram cem voluntários ai, ai
o número de conterrâneos.

Já em oitocentos e setenta
Sorocaba foi honrada
com uma presença ilustre
de um distinto camarada
o escritor Júlio Ribeiro, ai, ai
começou sua jornada.

Um ano se passou e Júlio
de Maylaski o defensor
dividia o seu tempo
no trabalho e no amor
apaixonado por Sofia ai, ai
aqui ele se casou.

Em setenta e cinco
Terminou a grande campanha
de trazer progresso a Sorocaba
De Maylaski, essa façanha
de inaugurar com festa ai, ai
a Estrada de Ferro Sorocabana.

A primeira grande fábrica
dos sonhos atendidos
Nossa Senhora da Ponte
indústria de tecidos
em oitenta e dois ai, ai
lá nos idos esquecidos

Foi o seu fundador
o valoroso industrial
Manoel José da Fonseca
mas não esqueça o pessoal
que movimentava os teares, ai, ai
o operariado em geral.

No Natal de oitenta e sete
antecipou-se a Abolição
em Sorocaba para os escravos
foi o dia da libertação
recebendo sua alforria, ai, ai
Pro Brasil, uma lição.

Mil oitocentos e noventa e sete
ano de muitos azares
Veio a Febre Amarela
causando muitos pesares
Foi também o último ano ai, ai
da famosa Feira de Muares.

Antes de sair do século
ainda em mil e novecentos
outra epidemia de febre
trouxe diversos tormentos
Morreu Monsenhor João Soares ai, ai
vítima desses tristes eventos.


Em mil novecentos e quatro
chamada Manchester Paulista
no discurso de Alfredo Maia
por ser a cidade progressista
muitas indústrias têxteis ai, ai
um município vanguardista.

Em mil novecentos e seis
iniciou-se um novo culto
João de Camargo Barros
um negro, ex-escravo adulto
Recebeu as ordens de espírito, ai, ai
de homem de grande vulto.

Era Monsenhor João Soares
que João teve a sua visão
junto dele estava Alfredinho
que era outra aparição
disseram para o negro ai, ai
Vai surgir uma nova religião.

Em mil novecentos e dez
numa pacífica manifestação
era passeata de desagravo
entre políticos de então
Morreram três operários, ai, ai
Belmiro, o Lino e o Gastão.

A causa de tamanha tragédia
foi o desagravo de uma agressão
do hermista Antônio de Oliveira
contra o inimigo da oposição
o civilista Augusto de Covelo, ai, ai
foi esta toda a questão.

Quando a passeata seguia
pelas ruas, chamou a atenção
o afluxo de muitas pessoas
Havia uma tocaia num Casarão
quando por ali passaram, ai, ai
houve tiros de montão.

Os três infelizes operários
que seguiam na manifestação
foram então alvejados
pelos soldados da guarnição
que estavam atocaiados ai, ai
gastaram toda a munição.

Um ano depois passado
Outra morte, outra desgraça
balearam o doutor Braguinha
bem próximo ali da Praça
a sua morte trouxe tristeza ai, ai
comoveu a grande massa.

Em mil novecentos e dezessete
seguindo o exemplo da capital
os operários anarquistas
fizeram aqui a Greve Geral
dez mil operários grevistas ai, ai
lutando todos por um ideal

Em mil novecentos e vinte e nove
Sorocaba foi então castigada
por muitas chuvas torrenciais
ruas ficaram deveras alagadas
uma das maiores enchentes ai, ai
muitas casas foram inundadas.

Mil novecentos e trinta
em clima de Revolução
chegou trem presidencial
e houve grande aglomeração
para ver Getúlio Vargas, ai, ai
que não desceu na estação.

Depois de passado um ano
foi com muita satisfação
que Sorocaba recebeu a visita
de Alberto Santos Dumont
Registrou aqui o testamento, ai, ai
o famoso Pai da aviação.

Os primeiros voluntários
da Revolução Constitucionalista
partiram da doze de julho
defender a causa paulista
levando bordada na farda ai, ai
a bandeira das treze listras.

Depois de intensos combates
foi malograda essa Revolução
São Paulo perdeu a guerra
mas ganhou a Constituição
e em mil novecentos e trinta e seis ai, ai
Mulher concorreu numa eleição

A primeira mulher sorocabana
candidata ao cargo de vereadora
foi Francisca Silveira Queiroz,
poetisa, intelectual e professora
mas somente em quarenta e sete ai, ai
foi eleita a operária Salvadora

Salvadora Lopes Peres
o nome completo dessa mulher
corajosa militante operária,
que muito respeito requer
por lutar por direitos trabalhistas ai, ai
sem nunca vacilar sequer.

Em cinqüenta e quatro
no Terceiro Centenário
Sorocaba fez muita festa
comemorando aniversário
Fundou Instituto Histórico ai, ai
Museu e monumentos vários.

E em cinqüenta e oito
houve grande festividade
no clube do vinte e oito
da negra comunidade
recebeu importante visita ai, ai
do poeta Solano Trindade.

Também nesse mesmo ano
os nordestinos residentes
em Sorocaba fundaram
uma organização diferente
Sociedade Sorocabana dos Nordestinos, ai,ai
Aldemar Costa, seu presidente.

Em sessenta e quatro
com o golpe militar
o terror se instalou
de modo a assustar
Prenderam e torturaram ai, ai
Poucos puderam escapar.

A partir de sessenta e nove
um novo surto industrial
metalúrgicas, muitas fábricas
deram novo visual
cidade de oportunidades, ai, ai
e riqueza sem igual.
E na década de setenta
notícia para a cultura popular
fundou-se Centro de Tradições
para o populário valorizar
Também Centro de Folclore ai, ai
Juntos eles fizeram par.

E nas lutas pela democracia
Sorocaba foi muito ativa
Pela Anistia e pelas Diretas
fizeram muitas comitivas
Sendo o exemplo perfeito ai, ai
cidade do bem, combativa.

Hoje, Sorocaba recebe
o povo de todo o rincão
quem vier morar aqui
saberá que tenho razão
Sorocaba é cidade mãe, ai, ai
acolhe todos no coração.

Carlos Carvalho Cavalheiro
27.07.2004

terça-feira, março 21, 2006

21 de março - DIA MUNDIAL DA POESIA

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O NOSSO BLOG COMEMORA ESTE DIA
COM 2 POEMAS DE 2 GRANDES
POETAS DA LÍNGUA PORTUGUESA:
LUIS DE CAMOES E CHICO BUARQUE
DE HOLLANDA:
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Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

...
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Tanto mar

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

chico buarque de hollanda
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paulistão

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O PAULISTÃO TEVE A 15ª.RODADA
NESTE ULTIMO FINAL DE SEMANA


No início do Paulistão, São Paulo e Corinthians eram apontados como os favoritos ao título, enquanto Santos e Palmeiras estariam relegados a segundo plano, correndo por fora. Mas, faltando quatro rodadas para terminar a competição, os dois "azarões" abriram vantagem para os "favoritos" e se tornaram os dois maiores concorrentes ao título.

E a 15ª rodada foi emblemática nesta configuração desacreditada até por boa parte dos torcedores das duas equipes, que viam São Paulo e Corinthians manterem suas bases vencedoras do ano passado, enquanto Santos e Palmeiras enfrentavam mudanças no elenco.

Os dois "azarões" atropelaram seus adversários neste domingo, enquanto o São Paulo cedeu o empate para o Noroeste por 1 a 1, no Morumbi, e o Corinthians levou uma equipe reserva para São José do Rio Preto, terminando derrotado pelo América por 2 a 1.

Enquanto isso, o Santos ganhou com sobras do Ituano por 2 a 0, na Vila Belmiro, e manteve a liderança do Estadual, com 34 pontos. O zagueiro Luís Alberto abriu o placar logo aos três minutos, e o meia Léo Lima selou a vitória, com um belo gol de falta, aos 22. Ainda na etapa final, Rodrigo Tabata desperdiçou uma penalidade máxima.

SANTOS VENCE

Já o Palmeiras tratou de mostrar força com uma reação incrível para golear a Ponte Preta por 4 a 2, no Parque Antártica. No início da partida, a Macaca assustou a torcida alviverde com dois gols de Almir, mas o Verdão virou ainda no primeiro tempo com dois gols de Edmundo e um de Washington. A equipe de Emerson Leão selou a goleada com Marcinho Guerreiro, aos 44 minutos do segundo tempo. Assim, o Verdão vai a 32 pontos, fica a dois do Peixe e espera por um tropeço do rival. Quem bobeou mesmo foi o São Paulo, que está com 30 pontos, após o empate no Morumbi com o Noroeste. Melhor para os azarões.

Ameaça: Assim como na ponta da tabela, os quatro ameaçados de rebaixamento dificultaram mais as suas situações nesta rodada. Lanterna, o Mogi Mirim perdeu do Paulista por 2 a 1, e pode cair matematicamente no próximo domingo. A Portuguesa foi derrotada pelo Juventus por 2 a 0, na Rua Javari, mesmo placar da vitória do São Caetano sobre o Guarani, 17º colocado, no ABC. Para completar a rodada trágica aos ameaçados, o Marília, 18º da tabela, perdeu do Bragantino, em casa.


15ª Rodada
Sábado, 18 de março de 2006
Juventus 2 x 0 Portuguesa
São Paulo 1 x 1 Noroeste
São Caetano 2 x 0 Guarani
Portuguesa Santista 2 x 2 Santo André
Domingo, 19 de março de 2006
América 2 x 1 Corinthians
Palmeiras 4 x 2 Ponte Preta
Santos 2 x 0 Ituano
Marília 0 x 1 Bragantino
Paulista 2 x 1 Mogi Mirim
Rio Branco 1 x 2 São Bento

classificação
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1º Santos 34
2º Palmeiras 32
3º São Paulo 30
4º Noroeste 27
São Caetano 27
6º Corinthians 25
7º América 21
Juventus 21
Rio Branco 21
Paulista 21
Ituano 21
12º Bragantino 20
13º São Bento 19
14º Ponte Preta 18
15º Santo André 17
Portuguesa Santista 17
17º Guarani 16
18º Marília 13
19º Portuguesa 11
20º Mogi Mirim 9

segunda-feira, março 20, 2006

TAÇA RIO -6ª.^RODADA

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CAMPEONATO CARIOCA - TAÇA RIO
6ª RODADA

São Januário - Final
Nova Iguaçu 0 x 2 América
Julinho (Amé), aos 27' do 1º tempo
Santiago (Amé), aos 40' do 1º tempo

Raulino de Oliveira - Final
Volta Redonda 1 x 2 Fluminense
Cadu (VR), aos 10' do 2º tempo
Roger (Flu), aos 35' do 2º tempo
Petkovic (Flu), aos 37' do 2º tempo

Eduardo Guinle - Final
Friburguense 1 x 0 Americano
Gedell (Fri), aos 36' do 1º tempo

Correão - Final
Cabofriense 0 x 0 Madureira
...

Maracanã - Final
Flamengo 1 x 2 Vasco
Igor (Vas), aos 43' do 1º tempo
Diego Souza (Fla), aos 46' do 1º tempo
Morais (

classificação... Grupo C

1º Cabofriense 9
2º Americano 8
Fluminense 8
4º Flamengo 6
5º Portuguesa-RJ 5
6º Nova Iguaçu 4

Grupo D

1º América 11
Madureira 11
3º Friburguense 10
4º Vasco 9
5º Volta Redonda 7
Botafogo 7

E agora vão se seguir as semifinais.
Inéditas sem a presença de nenhum time dos grandes do Rio.
Era impensável há poucos anos atrás isto acontecer

25/3 18h10 Maracanã Cabofriense x Madureira
26/3 16h Maracanã América x Americano
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O Carioca-2006 tem 12 equipes divididas em dois grupos. No Grupo A estão: Flamengo, Fluminense, Americano, Cabofriense, Portuguesa e Nova Iguaçu. Já o Grupo B tem: Vasco, Botafogo, América, Volta Redonda, Friburguense e Madureira.

No primeiro turno (Taça Guanabara), os clubes se enfrentam entre si na próprio grupo, e os dois primeiros passam às semifinais. O primeiro do A enfrenta o segundo do B, enquanto o ganhador do B pega o segundo do A. Os vencedores decidem o título e o campeão garante vaga na finalíssima do Estadual.

No segundo turno (Taça Rio), haverá o enfrentamento entre os times das duas chaves. Ao final da fase, acontece o cruzamento entre os dois primeiros colocados de ambos os grupos. O campeão da Taça Rio decide com o vencedor da Taça Guanabara o Carioca de 2006.

Se uma equipe for campeã dos dois turnos, fica com o título sem a necessidade dos jogos finais.


Agora o vencedor da Taça Rio, que saírá entre um destes 4, defrontará o BOTAFOGO, que foi o vencedor da Taça Guanabara.

Briga marca a despedida de Flamengo e Vasco RIO - A decadência dos quatro grandes do Rio de Janeiro atingiu seu ponto máximo na disputa do Campeonato Carioca em 2006. Pela primeira vez na centenária história do Estadual a disputa do título de um turno não conta com Botafogo, Flamengo, Fluminense ou Vasco. E a farra dos pequenos pode ficar completa no dia 9 de abril, quando acontece o segundo e decisivo jogo da grande final e o time de General Severiano é a única esperança de uma hegemonia que dura 39 anos - o último clube de menor expressão a se segrar campeão foi o Bangu, em 1966.

América, Americano, Cabofriense e Madureira - os três primeiros presentes também nas semifinais da Taça Guanabara - chegam à reta final da Taça Rio tentando repetir o feito do Volta Redonda, que em 2005 foi campeão do primeiro turno e garantiu um lugar na decisão estadual. O campeão foi o Fluminense, mas este ano os acontecimentos começam a apontar para um fim diferente, seja a curto ou a médio prazo. Agora, o Mequinha, que ostenta a melhor campanha do Estadual, tenta voltar a sentir o gostinho de ser campeão, enquanto os outros aspirantes ao título buscam o feito inédito.

Depois de conquistar o primeiro turno, o Botafogo teve um desempenho ruim no returno e terminou na última colocação do Grupo B. A campanha poderia ser apontada como um relaxamento natural de quem já está na decisão, mas a derrota por 3 a 0 para o Ipatinga, pela Copa do Brasil, mostra que a sexta colocação geral no Carioca - à frente de Volta Redonda e Vasco apenas no saldo de gols - é um verdadeiro sinal de alerta.

sexta-feira, março 17, 2006

ZUMBI DOS PALMARES

..
NA ÉPOCA DA ESCRAVATURA NO BRASIL
ZUMBI DOS PALMARES FOI A FIGURA DE
MAIOR RELEVO NA LUTA PELA LIBERTA-
ÇÃO DOS NEGROS, PELO FIM DO ESCLA-
VAGISMO NO BRASIL.


ZUMBI DOS PALMARES

O quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares - AL) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de 30.000 pessoas.

Zumbi nasceu livre em Palmares no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente 6 anos. Batizado Francisco, Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu Português e Latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar das tentativas de torná-lo "civilizado", Zumbi escapou em 1670 e, com 15 anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos 20 e poucos anos.

Por volta de 1678, o governador da capitânia de Pernambuco cansado do longo conflito com o quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita. Mas Zumbi olhava os portugueses com desconfiança. Ele se recusou a aceitar a liberdade para as pessoas do quilombo enquanto outros negros eram escravizados. Ele rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi torna-se o novo líder do quilombo de Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares, Macaco, é destruída e Zumbi foi ferido. Apesar dele ter sobrevivido, ele foi traído, capturado e morto, quase dois anos após a batalha, no dia 20 de novembro de 1695. Transportaram a cabeça de Zumbi para Recife, onde foi exposta em praça pública, para mostrar que a lenda da imortalidade de Zumbi era irreal.

Cronologia
Por volta de 1600: negros fugidos do trabalho escravo nos engenhos de açúcar, onde hoje são os estados de Pernambuco e Alagoas no Brasil, fundam na serra da Barriga o Quilombo dos Palmares. Os quilombos, eram povoados de resistência, seguiam os moldes organizacionais da república e recebiam escravos fugidos da opressão e tirania. Para muitos era a terra prometida, um lugar para fugir da escravidão. A população de Palmares em pouco tempo já contava com mais de 3 mil habitantes. As principais funções dos quilombos eram a subsistência e a proteção dos seus habitantes, e eram constantemente atacados por exércitos e milícias.
1630: Começam as invasões holandeses no nordeste brasileiro. O que desorganiza a produção açucareira e facilita as fugas dos escravos. Em 1644, houve uma grande tentativa holandesa de aniquilar com o quilombo de Palmares, que como nas investidas portuguesas anteriores, foi repelida pelas defesas dos quilombolas.
1654: Os portugueses expulsam os holandeses do nordeste brasileiro.
1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares, neto da princesa Aqualtune.
Por volta de 1662 (Data não confirmada): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados portugueses e levado a Porto Calvo, onde é "dado" ao padre jesuíta António Melo, este o batizou com o nome de Francisco, passou a ajudar nas missas e estudar português e latim.
1670: Zumbi aos 15 anos de idade foge e regressa a Palmares, neste mesmo ano de 1670, Ganga Zumba, filho da Princesa Aqualtune, tio de Zumbi, assume a chefia do quilombo, então com mais de 30 mil habitantes.
1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. Neste ano, a tropa portuguesa comandada pelo Sargento-mor Manuel Lopes, depois de uma batalha sangrenta, ocupa um mocambo com mais de mil choupanas. Depois de uma retirada de cinco meses, os negros contra-atacam, entre eles Zumbi com apenas 20 anos de idade, e após um combate feroz, Manuel Lopes é obrigado a se retirar para Recife. Palmares se estendia então da margem esquerda do são Francisco até o Cabo de Santo Agostinho e tinha mais de 200 Kilometros de extenção, era uma república com uma rede de 11 mocambos, que se assemelhavam as cidades muradas medievais da europa, mas no lugar das pedras haviam paliçadas de madeira. O principal mocambo, o que foi fundado pelo primeiro grupo de escravos foragidos, ficava na Serra da Barriga e levava o nome de Cerca do Macaco. Duas ruas espaçosas com umas 1500 choupanas e uns 8 mil habitantes. Amaro, outro mocambo, tem 5 mil. E há outros, como Sucupira, Tabocas, Zumbi, Osenga, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche.
1678: A Pedro de Almeida, Governador da capitania de Pernambuco, mais interessava a submissão do que a destruição de Palmares, após inúmeros ataques com a destruição e incêndios de mocambos, eles eram reconstruídos, e passou a ser economicamente desinteressante, os habitantes dos mocambos faziam esteiras, vassouras, chapéus, cestos e leques com a palha das palmeiras. E extraiam óleo da noz de palma, as vestimentas eram feitas das cascas de algumas árvores, produziam manteiga de coco, plantavamm milho, mandioca, legumes, feijão e cana e comercializavam seus produtos com pequenas povoações vizinhas, de brancos e mestiços. Sendo assim o governador propôs ao chefe Ganga Zumba a paz e a alforria para todos os quilombolas de Palmares. Ganga Zumba aceita, mas Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos. Além do mais eles tinham suas próprias Leis e Crenças e teriam que abrir mão de sua cultura.
1680: Zumbi assume o lugar de Ganga Zumba em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas.
1694: Domingos Jorge Velho e Vieira de Mello comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares e onde Zumbi nasceu, cercada com três paliçadas cada uma defendida por mais de 200 homens armados, após 94 anos de resistência, sucumbiu ao exército português, e embora ferido, Zumbi consegue fugir.
1695, 20 de Novembro: Zumbi foi traído e denunciado por um antigo companheiro, ele é localizado, preso e degolado aos 40 anos de idade. Zumbí ou "Eis o Espírito", virou uma lenda e foi amplamente citado pelos abolicionistas como herói e mártir.

Tributo
Actualmente, o dia 20 de novembro é celebrado, como dia da consciência negra, dia de orgulho nacional. O dia tem um significado especial para os negros brasileiros, que reverenciam Zumbi como o herói que lutou pela liberdade e como um símbolo de liberdade.

quarta-feira, março 15, 2006

PAULISTÃO - 14ª.RODADA

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NO ULTIMO FIM DE SEMANA O PAULISTÃO
TEVE A 14ª.RODADA.
O CORINTHIANS AO PERDER PARA O SÃO
PAULO, DEIXOU CAIR O TÉCNICO ANTÓNIO
LOPES QUE SE DIMITIUM O SANTOS CON-
TINUA LÍDER APESAR DE TER PERDIDO
PARA O GUARANI.

MINEIRO, DO SÃO PAULO, É EXPULSO , NO CORINTHIANS, 1 SÃO PAULO, 2

11/03 Portuguesa 1 x 2 Palmeiras
11/03 São Caetano 1 x 1 P. Santista
12/03 Juventus 1 x 1 Bragantino
12/03 Corinthians 1 x 2 São Paulo
12/03 América 0 x 2 Rio Branco
12/03 Paulista 1 x 1 Ituano
12/03 São Bento 1 x 1 Noroeste
12/03 Santo André 1 x 1 Marília
12/03 Guarani 2 x 1 Santos
Ponte Preta 2 x 2 Mogim Mirim


classificação

1º Santos 31
2º São Paulo 29
Palmeiras 29
4º Noroeste 26
5º Corinthians 25
6º São Caetano 24
7º Rio Branco 21
Ituano 21
9º América 18
Juventus 18
Paulista 18
Ponte Preta 18
13º Bragantino 17
14º Santo André 16
Portuguesa Santista 16
São Bento 16
Guarani 16
18º Marília 13
19º Portuguesa 11
20º Mogi Mirim 9

terça-feira, março 14, 2006

PADRE ANTÓNIO VIEIRA

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A 6 de Fevereiro de 1608 nasce António Vieira, na freguesia da Sé, em Lisboa. O pai, de origem modesta, provavelmente com ascendência africana, é destacado como funcionário para a Relação da Baía. Melhorava de vida e fugia à opressão filipina. António é baptizado na Sé, segundo parece na mesma pia baptismal em que o fora Fernando Bulhões, o famoso Santo António de Lisboa, por quem o futuro pregador jesuíta sempre manifestará grande admiração e devoção.

Logo à chegada à Baía, António é atacado de uma doença tropical e fica às portas da morte. Por milagre de Santo António ou da Senhora das Maravilhas, venerada na Sé da Baía, salva-se.

Na cidade e em todo o Brasil tem fama o Colégio da Companhia de Jesus. É nele que Cristóvão Ravasco inscreve o filho. Submetido à dura disciplina jesuíta, António não teve os pequenos prazeres da infância. Os educadores, de breviário e palmatória nas mãos, impuseram-lhe um tempo sombrio, acrescentado das constantes orações e do estudo forçado em silêncio absoluto.

Mas, no percurso de casa para o colégio, o jovem vai contactando com a realidade efervescente de uma cidade em plena expansão. É assim que vê os índios escravos, em plena rua, carregando e descarregando fardos, sob o chicote dos capatazes.

Não foi, de início, aluno brilhante. De compleição frágil, pálido, magro, grandes olhos, nariz fino, não se sente talhado para intensos esforços escolares. É, porém, de temperamento enérgico, tenaz. E, subitamente, por volta dos catorze anos, os jesuítas começam a descobrir-lhe a inteligência, a inesperada queda para escrever bem português, a facilidade com que domina o latim. Revela-se, igualmente um crente fervoroso, jejua todos os dias, reza, comunga, mas não se excede em fanatismos - conhece, todavia, em grau elevado as Escrituras, sobretudo as partes referentes aos Profetas que lhe suscitam enorme atracção.

Aos quinze anos, segundo ele próprio escreve, após ouvir um Sermão em que o pregador evoca as penas do inferno, sente-se tocado pela vocação. Quer professar, ser jesuíta. Opõe-se o pai, com veemência. Mas a 5 de Maio de 1623 foge de casa e pede asilo aos padres da Companhia de Jesus. Cristóvão Ravasco resiste quanto pode - mas não pode contrariar a autoridade e força dos jesuítas. Cede.

António Vieira redobra o seu interesse pelos estudos, passa a ser o melhor aluno em todas as disciplinas. Aos dezasseis anos encarregam-no de redigir em latim o relatório anual da província jesuíta que deverá ser enviado ao Geral da Companhia. Aos dezoito anos é nomeado professor de retórica no Colégio de Olinda.

Mas não são estes os sonhos do jovem. Mais do que para a reflexão, sente-se tocado pelo desejo de acção: quer ser pregador, missionário, apóstolo, converter os incrédulos, combater o erro e trazer para a fé católica os índios do interior.

Em princípios de 1624 os holandeses atacam a Baía, tomam-na, saqueiam a cidade, violam as mulheres indígenas. Os brancos fogem para o sertão. Os jesuítas fazem o mesmo.

E eis António Vieira numa aldeia, em contacto directo com os índios, aprendendo-lhes as línguas, conhecendo-lhes os costumes, admirando o modo de vida, colocando-se a seu lado para os defender de todos os vilipêndios, torturas e humilhações. Está onde sempre desejou.

Ver-se-á que esta vocação juvenil se manterá por toda a vida. Mas, durante dezenas de anos, o apelo da acção, da intervenção no mundo, sofrerá uma radical mudança de rumo.


ÊXITOS E FRACASSOS NA POLÍTICA

António Vieira propõe que Portugal "compre" Pernambuco. Uma assuada tremenda do povo de Peniche espera a caravela que traz António Vieira a Portugal. Tem 33 anos quando regressa à terra natal. É um homem razoavelmente alto, magro e pálido, flexível e nervoso, cabelo, olhos e barba escuros, fronte ampla, lábio grosso, que irradia segurança e afabilidade. Porque está de novo na metrópole, 27 anos depois de ter embarcado para o Brasil? Porque é recebido em Peniche por um autêntico motim? Esteve prestes a ser ferido pela multidão colérica. Consegue, todavia, refugiar-se na Casa da Companhia. De resto, a aportagem a Peniche foi um desvio de rota da embarcação, assaltada por uma tempestade que a obriga a afastar-se do Tejo.

António Vieira é, nesse ano, de 1641, um prestigiado jesuíta, pregador popular no Brasil, missionário apaixonado e amado pelos índios da aldeia do Espírito Santo. Disse a primeira missa em 1635, é irmão professo da sua Ordem, mestre de Teologia no Colégio de S. Salvador, lutador contra os sucessivos ataques dos holandeses às possessões portuguesas no Brasil, célebre por um sermão proferido na Baía, contra Deus, que abandonara os católicos para se pôr ao lado dos hereges neerlandeses - uma das suas mais extraordinárias orações (Sermão pela vitória das nossas armas contra a Holanda).

A 15 de Fevereiro de 1641 chega à Baía uma caravela que traz a espantosa notícia: a 1 de Dezembro do ano anterior a dinastia filipina fora apeada, D. João IV era o monarca de um Portugal restaurado. O então vice-rei do Brasil, D. Jorge de Mascarenhas, marquês de Montalvão, acolhe a informação com entusiasmo, adere ao novo rei, coloca a colónia sob a autoridade do Restaurador. Não sabe, ainda, o marquês que, em Portugal, dois dos seus filhos se posicionam contra D. João IV, passam para o lado espanhol, a sua própria mãe é aprisionada no Castelo de Arraiolos. Um outro filho do vice-rei está no Brasil, ao lado do pai. Conhecida a adesão em todo o território ao novo regime, o marquês decide enviar a Lisboa esse filho para garantir ao rei a fidelidade. A comitiva de D. Fernando Mascarenhas é constituída pelos dois jesuítas mais considerados: Simão de Vasconcelos e António Vieira.

Quando a caravela, desconjuntada pelo temporal, arriba a Peniche, a população apenas sabe que nela viaja um filho do vice-rei. Tomando-o como conivente com os irmãos recebe-o em tumulto e só a autoridade do conde de Atouguia, comandante da praça e um dos conjurados de 1640, evita que D. Fernando e os dois jesuítas sejam linchados pela turba enfurecida.

Dois dias depois, António Vieira está em Lisboa.

Por essa altura, a actividade diplomática de Portugal no exterior não cessa. D. João IV envia embaixadores pela Europa para obter reconhecimento e apoios na guerra que trava contra os espanhóis.

Vieira que, a pouco a pouco, se torna íntimo do rei, francamente cativado pela personalidade do jesuíta, profere alguns sermões que lhe granjeiam em Lisboa a mesma fama que alcançara no Brasil.

Em 1642, D. João IV alarmado pelas enormes despesas da guerra, decide lançar novos impostos. Levanta-se enorme querela: as classes populares exigem que a nobreza e o clero contribuam em igual proporção. A discussão era acalorada e o problema parecia não se resolver. Lembra-se o rei da capacidade oratória de Vieira. Convida-o a proferir um sermão em que o padre abordasse a questão dos tributos. António profere uma notável prédica, um dos sermões de Santo António, na Igreja das Chagas de Lisboa. Nele desenvolve uma brilhante teoria sobre os impostos e apazigua o conflito.

Desse momento em diante, o filho de Cristóvão Ravasco estará por detrás das decisões reais. A sua vasta cultura permite-lhe opinar sobre tudo.

Andava a guerra com Espanha por maus caminhos, envolta em contradições estratégicas. Aí temos António Vieira, a rogo do rei, a emitir um parecer puramente militar: a doutrina sensata para conduzir as operações devia ser a guerra defensiva "porque primeiro se deve assegurar a conservação do próprio, e depois, se for conveniente, se poderá conquistar o alheio". Para ele uma guerra ofensiva seria desastrosa. Assim se fez e talvez se deva a este conselho a vitória nas hostilidades.

Vieira quer repor Portugal na sua antiga grandeza. O rei nomeia-o pregador régio. O jesuíta torna-se o seu homem de confiança.

Não tardará muito que o padre gize para Portugal um plano de recuperação económica. Era urgente o desenvolvimento do comércio. Há que isentar de impostos os bens móveis dos comerciantes; há que fundar um banco comercial e duas companhias comerciais, tal como já tinham feito os holandeses; há que abrir o comércio às nações neutrais ou amigas; há que agraciar os comerciantes com títulos de nobreza, entre outras medidas, avançadas para o tempo português.

Mas a principal proposta, que lhe vai valer ódios, era a de se abolirem as distinções entre cristãos velhos e cristãos novos e de atraírem a Portugal os capitais dos judeus fugidos do país. Para tal, teria de se reformar a Inquisição.

Esta teoria mercantilista de instalação de um sistema económico baseado na burguesia capitalista agrada ao rei. Mas é combatida pela nobreza, receosa da perda de privilégios e pelas duas ordens religiosas mais importantes. Os dominicanos jamais aceitariam a aproximação aos hebreus - perderiam as suas principais vítimas nas prisões inquisitoriais.

Os próprios jesuítas vão opor-se a Vieira. Primeiro porque ele obtivera, por si só, o valimento do rei, sem nisso envolver a congregação; depois porque as teorias do padre, a serem confirmadas pelos seus confrades, concitariam o furor da Inquisição contra a ordem de Inácio de Loyola. Ordenam-lhe, em 1644, que regresse ao Brasil. O rei impede que a ordem se cumpra. Ameaçam-no com a expulsão, o que seria colocá-lo nas mãos do Santo Ofício. De novo, o rei se opõe e oferece a Vieira um bispado. Recusa-o. Ele é, diz, um humilde membro da Companhia de Jesus e assim quer morrer. Por um momento, para não desagradar ao monarca a Companhia suspende a expulsão.

A Inquisição, porém, vai segui-lo, obstinadamente, até o apanhar.

António Vieira continuará a defender os cristãos novos, no púlpito, em memoriais que entrega ao rei. O seu plano económico teve de ser minimizado: apenas se constituiu a Companhia de Comércio do Brasil.

Em 1646, D. João IV envia-o, secretamente, a França e à Holanda. O apoio dos gauleses na guerra com a Espanha era insuficiente e o da Holanda, pérfido. De facto, no Brasil, os holandeses continuavam os ataques para ocuparem as posições portuguesas. São más as notícias que Vieira traz: em França governa o cardeal Mazarino cuja visão tímida atrasa os auxílios, com receio de Castela; na Holanda, o apoio joga-se a troco de cedências no Brasil, sobretudo Pernambuco. Vieira contacta os riquíssimos comerciantes judeus, descendentes dos que D. Manuel expulsara. Mostram-se interessados no investimento comercial. Mas em Portugal a Inquisição mantém a perseguição aos cristãos novos, com redobrado furor. Entretanto, em Vestefália a Holanda e Castela assinam um tratado de paz.

António Vieira regressa a Portugal em 1648, depois de declinar a nomeação para embaixador na Haia. Comete, logo a seguir, um grande erro. Num documento que apresentou ao rei, elaborado de forma tão bem deduzida e argumentada que ficou conhecido como papel forte, propõe que Portugal compre Pernambuco aos holandeses. O jesuíta, que tão bem conhecia o Brasil, os colonos e os nativos, não acreditou na sua capacidade de resistência aos invasores, o que veio a acontecer.

O estado da guerra com Castela atinge um ponto crítico. As armas portuguesas estão debilitadas. Receia-se uma invasão maciça pelo Alentejo. Teme-se o colapso do exército português. Mais uma vez, D. João IV recorre a Vieira. Só uma acção diplomática poderá pôr termo à contenda.

É então que o jesuíta, fértil de imaginação, vai engendrar um plano mirabolante.


O QUINTO IMPÉRIO

Há muito António Vieira escreve em segredo um livro sobre o V Império, inspirado pelas profecias bíblicas, mas em que o Bandarra se integra, tal o apreço em que Vieira o tem. O velho sonho: dar a Portugal a sua grandeza antiga.


Estudando profundamente as Escrituras e todos os Santos que falam do imperador que Jesus prometera à Igreja, o jesuíta está firmemente convencido que o V Império só pode ser português (os anteriores tinham sido o dos assírios, o dos persas, o dos gregos e o dos romanos).

Baseado nas palavras de Jesus ao rei Afonso Henriques na batalha de Ourique (na época, uma verdade incontestada), "quero em ti e na tua geração criar um império para mim", António Vieira crê que o rei escolhido é o Encoberto, até aí D. Sebastião. Perdida essa esperança, o pregador interpreta a linguagem vaga e esotérica das profecias para concluir que esse rei é agora D. João IV. O Quinto Império seria de ordem temporal e espiritual. Em ambos os campos, Portugal seria o guia para que se extirpassem as seitas infiéis, se reformasse a cristandade, se estabelecesse a paz em todo o mundo, através de um Sumo Pontífice santíssimo.

Esta construção ideal de António Vieira, prodígio imaginativo e delirante, começaria a tornar-se realidade se o príncipe herdeiro português casasse com a herdeira do trono castelhano. Iniciar-se-ia o Império, com Castela e Portugal sob o mesmo rei. Com novas e confusas efabulações António Vieira transfere o Encoberto para o príncipe D. Teodósio.

O rei é seduzido pelo plano. Envia Vieira a Roma para os primeiros contactos com o embaixador espanhol na cidade papal. Mas o diplomata não rejubila com a proposta. Vê nela um ardil que desconhece.

O Conde-duque de Olivares que governa Espanha fica, igualmente de pé atrás. Sabe que Vieira, nos anos anteriores andara por França e Holanda a intrigar contra os castelhanos. A sua visão curta não detecta o ponto fraco do plano português: obviamente, a aliança colocaria Portugal na dependência de Espanha, tal a diferença de poderio entre as duas nações. Pensa que a proposta revela a fraqueza das armas portuguesas e decide usar a força para derrubar D. João IV. Saiu-se mal, como o provou a História.

Mas Vieira levava uma missão sigilosa: apoiar os napolitanos, então sob o domínio de Castela, na sua revolta. O embaixador espanhol descobre a intenção e manda matar o jesuíta que escapa à morte por ter sido avisado a tempo. O plano falhava totalmente. Regressa a Portugal em 1649 - o ano em que o padre jesuíta Martim Leitão o denuncia à Inquisição, pela primeira vez.

Em Lisboa, os muitos inimigos de Vieira conspiram contra ele junto do rei já desagradado com a falta de previsão no caso de Pernambuco e agora com o malogro do casamento. Aparentemente, porém, as relações entre D. João IV e Vieira mantém-se inalteráveis. Até que, em Novembro de 1651, D. Teodósio, de quem o padre era preceptor, resolve, sem conhecimento nem autorização do pai, fazer uma incursão pelo Alentejo para tomar contacto com a guerra que ali se encarniça. Atribui-se a Vieira a instigação de tal atitude. E D. João IV afasta-o, delicadamente, do seu convívio.

É o momento que a Companhia de Jesus espera: em Novembro de 1652 ordena-lhe que regresse ao Brasil, como missionário no Maranhão.

Desta vez, o rei nada faz para contrariar a sua partida.


EM LUTA CONTRA OS COLONOS

As tempestades e os ataques dos corsários, mais uma vez, tornam a viagem de Vieira, um calvário. Mas dor maior é a que leva - perdeu a estima do rei, fracassou em algumas das suas iniciativas políticas, aumentou o número de inimigos, tanto na Igreja como na Corte. Tudo o que fizera tinha o prestígio e o desenvolvimento de Portugal como meta. Homem de invulgar inteligência, cometeu um grave erro: supôs que os outros eram dotados de igual inteligência e o compreenderiam. Por um lado, vai destroçado, por outro, invade-o grande alegria: retorna à sua vocação de missionário. À medida que se aproxima da ilha de Maranhão a sua alma renova-se. Tem à vista as paisagens amadas da juventude, o luxuriante Brasil. O desterro é, a pouco e pouco, esquecido.

Mas, breves dias depois, dá conta do caos moral das gentes de Maranhão, sobretudo dos brancos, apenas preocupados com enriquecimento sem regras, dissolutos, impiedosos. Os índios vivem na maior das misérias e à mercê dos colonos. Logo nos primeiros sermões ataca violentamente a licenciosidade dos costumes e o odioso regime da escravatura que, lá de longe, denuncia ao rei. Tenta incursões no interior, as entradas no sertão, para proteger os indígenas e os negros que começam a vir de África. Consegue apenas a animosidade e o ódio das autoridades oficiais e dos colonos. De nada adiantam os relatórios para Lisboa narrando os crimes que presencia. Mas, com a energia de ferro que sempre caracterizou o seu corpo frágil e enfermiço, desenvolve uma enorme actividade procurando minorar o sofrimento dos mais infelizes, visita os presos, funda um hospital, reparte a sua alimentação, catequiza, fulmina o vício e a luxúria. Escreve, escreve sempre. Tem pronto a terminar um livro, Esperanças de Portugal que envia ao seu amigo André Fernandes, bispo do Japão. Nesse texto, retoma a questão do V Império, imaginando, reformulando, adaptando as profecias.

Embora a Companhia, ali no Brasil, o apoie, pouco pode contra os interesses instalados. O feudalismo rural, fundamento da estrutura económica do Brasil, estava a ser solidamente implantado - e, para tal, os escravos seriam pedras basilares.

Talvez os jesuítas se não tenham apercebido o quanto de inelutável havia na caminhada económica do Brasil - os índios fugiam para o sertão, mas chegavam os negros em quantidades inenarráveis.

António Vieira concebe outra quimera, desta vez em acordo com os companheiros jesuítas: irá, de novo, a Portugal, por pouco tempo. O tempo apenas necessário para, com a sua eloquência, convencer o rei a ditar os decretos que ponham fim ao descalabro moral e social por que o Brasil enveredara.

Antes, porém, na catedral de S. Luís irá pronunciar o seu mais belo sermão, o de Santo António aos peixes - alusão parabólica ao estado das coisas na colónia.

Embarca, às escondidas das autoridades e dos brancos, a 17 de Junho de 1654. Só assoma à capital em Novembro depois da mais tormentosa das viagens: próximo dos Açores a nau sofre terrível tempestade e o jesuíta julga chegado o último dos seus dias; salvo da borrasca, o navio é assaltado pelos piratas holandeses que tudo saqueiam e deixam Vieira e os companheiros, sem roupas e bens nas praias da Graciosa.

DOIS AMIGOS QUE SE SEPARAM

O Padre Vieira odiado na Corte.

O rei, muito doente, acolhe-o com carinho. O tempo de separação levara o monarca a avaliar melhor o padre. Reconhece-lhe todas as qualidades, perdoa-lhe os erros passados, pede-lhe insistentemente para que fique a seu lado.

António Vieira pode ser tudo o que intrigam, um lunático, um inquieto e ambicioso, um incapaz político. O rei sabe, todavia, que é um amigo leal, desinteressado, bondoso. E, perto da morte, não quer perder a sua companhia e conselho.

Na Corte, porém, odeiam-no. Pela amizade que o rei lhe dedica, pelos sermões duríssimos com que caustica a sociedade portuguesa, pela estranha mania de estar contra os poderosos desonestos e a favor do povo. Querem-no longe, lá no sertão, entre os selvagens.

Após alguns sermões em que, como sempre, António Vieira revela, a par da espantosa cultura, o sentido de justiça e a independência de carácter, D. João IV entrega-lhe o decreto em que os jesuítas passam a ter inteira jurisdição sobre os índios. Daí em diante, as autoridades locais jamais poderão intervir na missionarização, jamais poderão servir-se dos indígenas como escravos. Era o que Vieira pretendia. O rei designa André Vidal para governador do Pará e do Maranhão. André Vidal é um herói da vitória portuguesa sobre os holandeses, amigo de Vieira, sensível aos problemas dos índios e dos negros.

E, como prometera, em Maio de 1655 eis o pregador de novo no Maranhão, portador das melhores notícias. Recusa o convite do rei para ficar. Para sempre, os dois amigos separam-se. D. João IV morre no ano seguinte.


O TEMPO FELIZ E A EXPULSÃO

É prodigiosa a acção de Vieira e dos jesuítas até 1661. Visitador e superior de todas as missões, o padre está em permanente viagem pelo interior do Brasil. Foi o tempo, como ele diz, mais feliz da sua vida. Será também, no termo, o período mais difícil e perigoso. A evangelização dos índios e a sua protecção ocupam-no completamente - quase, porque algumas horas lhe sobram para iniciar a publicação dos seus sermões, agora por sugestão da própria Companhia de Jesus.

Os rancores dos colonos e roceiros dirigem-se contra os jesuítas, entre os quais Vieira é o mais combativo e enérgico. Um novo governador, nomeado após a morte do rei, vem substituir André Vidal. Com ele as relações pioram. O padre agrava o conflito. Perante a enorme massa de negros e negras que desembarcam na Baía para serem submetidos à escravidão, Vieira não se cala. Durante um mês prega todos os dias (são os sermões conhecidos como Rosa Mística, do Rosário) abordando o tema da escravatura.

Os jesuítas são acusados de obstar ao desenvolvimento económico do Brasil. Os ódios atingem o auge. Em Maio de 1661, os colonos do Maranhão assaltam a Companhia de Jesus e, logo a seguir, acontece o mesmo com a casa dos membros da Ordem em Belém. É aí que, no momento, está António Vieira. Entre insultos e agressões os jesuítas são aprisionados em várias embarcações, reduzidos à miséria e à fome.

Os amotinados decidem expulsá-los do território brasileiro. Em Setembro de 1661, todos os religiosos, incluindo Vieira, são postos na nau Sacramento e enviados para Lisboa.

Quando desembarca, o padre vem descalço, esfarrapado, doente. Ainda não sabe que na Inquisição entrara a segunda denúncia contra si.


CONDENADO AO SILÊNCIO
O tribunal do Santo Ofício condena o Padre Vieira.

Os acontecimentos na capital portuguesa sucedem-se vertiginosamente. D. Luísa de Gusmão, a viúva de D. João IV, assume a regência e a tutela dos filhos menores, D. Afonso VI e o príncipe D. Pedro. Acolhe António Vieira com amizade e admiração. Reintegra-o na sua função de pregador régio. Mas na Corte fervilham as intrigas, o jesuíta é pessoa indesejada.

Em torno de Afonso VI reúne-se uma camarilha de jovens delinquentes, chefiados por António Conti, um italiano que estimula a vida devassa do futuro rei. Por outro lado, o Conde de Castelo Melhor tenta dominar Afonso VI e orientá-lo politicamente.

Vieira defende-se vigorosamente das acusações que emissários vindos do Brasil formulam contra os jesuítas. Luísa de Gusmão apoia o padre. Substitui o governador do Pará e do Maranhão. As notícias que chegam dão conta da nova situação dos índios: organizam-se autênticas caçadas para os transformar em escravos.

A guerra com Espanha prossegue. Algumas vitórias do exército português são as únicas notícias felizes da época.

Vieira, conselheiro da rainha, talvez a contragosto, reentra na política. É ele quem a convence a expulsar do país a turba que rodeia D. Afonso. Presos, são degradados para o Brasil. Mas o Conde de Castelo Melhor e outros nobres retaliam e obrigam D. Luísa de Gusmão a ceder a governação efectiva do reino ao príncipe herdeiro.

Vieira é imediatamente desterrado para o Porto. Está, agora, nas mãos da Inquisição que já pode pronunciá-lo. Do Porto enviam-no para o Colégio da Companhia em Coimbra, negando-lhe a possibilidade de regresso ao Brasil. A 1 de Outubro de 1663 o Santo Ofício manda-o recolher aos seus cárceres de custódia. Novas denúncias tinham dado entrada na Inquisição.

O jesuíta adoece gravemente. Havia uma peste em Coimbra. Crê-se que ficou tuberculoso. Cospe sangue vermelho, fazem-lhe sucessivas sangrias. No cárcere escreve a História do Futuro e consegue humorizar, em carta a D. Rodrigo de Meneses: "eu passo como permite o rigor do tempo, escarrando vermelho, que não é boa tinta para quem está com a pena na mão". Vai sendo implacavelmente interrogado pelo tribunal.

Entretanto, sucediam-se as vitórias na guerra com Castela, a mais importante a de Montes Claros. Afonso VI casa com Maria Francisca de Sabóia. O casamento não se consuma. D. Luísa de Gusmão morre em 1666.

A Inquisição levanta as acusações a Vieira: é culpado da defesa calorosa que fez dos cristãos novos, dos contactos que manteve na Holanda com judeus e calvinistas, de propugnar estranhas e heréticas teorias sobre um tal V Império. Vieira defende-se, embora admitindo algumas imputações, a que não dá, porém, qualquer importância quanto a atentado contra a fé católica.

D. Afonso VI é encarcerado em Sintra. O irmão, D. Pedro, é o novo regente.

A 23 de Dezembro de 1667, o tribunal do Santo Ofício dita a sentença condenatória do padre António Vieira: "é privado para sempre de voz activa e passiva e do poder de pregar, e recluso no Colégio ou Casa de sua religião, que o Santo Ofício lhe ordenar, e de onde, sem ordem sua, não sairá". Não o autorizam a ir para o estrangeiro para que não possa atacar a Inquisição. Em 1660 frei Nuno Vieira já antecipara esta sentença na frase que proferira: "é preciso mandá-lo recolher e sepultá-lo para sempre".

Permitem-lhe apenas que se instale no Noviciado da Ordem em Lisboa.

Em Março de 1668 fazem-se as pazes com Castela, derrotada pelas armas. D. Pedro casara com a que fora sua cunhada, após a anulação do matrimónio com D. Afonso VI.

A 12 de Junho de 1668 Vieira é libertado. Está, todavia, proibido de nos seus sermões tratar de assuntos relacionados com cristãos novos, profecias, V Império, Inquisição. Dez dias depois prega na Capela Real um sermão comemorativo do aniversário de Maria Francisca de Sabóia.

Já não é tão bem recebido na Corte. D. Pedro pende mais para os dominicanos. Não precisa de António Vieira.

Os superiores da sua Ordem enviam-no a Roma com a incumbência de promover a canonização de 40 jesuítas presos nas Canárias e martirizados pelos protestantes em 1570. Mas Vieira vai, também, por outro motivo: quer, na Santa Sé, obter a anulação total da sentença condenatória do Santo Ofício. Foi humilhado e injustiçado. Está de novo em luta. Luta que vai vencer.

Em Setembro de 1669 embarca para Roma. Demora dois meses a chegar. Novamente a viagem foi terrível, com dois naufrágios que o levaram a parar em Alicante e Marselha.

VITÓRIA SOBRE A INQUISIÇÃO

A personalidade de Vieira, a sua energia, a sua exuberância, rapidamente conquistam a cidade italiana. Por toda a parte é recebido com admiração, carinho e respeito - a prova aí está: Cristina da Suécia convida-o para pregador (mais tarde quererá que ele seja seu confessor, convite que Vieira também vai recusar, o Brasil é o seu objectivo).

Aflige-se, na correspondência privada, com o estado de Portugal. Apesar da estrondosa vitória sobre Castela, o país não progride, não é capaz de voltar à "grandeza antiga". Previa - e acertava - que, dentro em pouco, a Inglaterra e a França ir-se-iam aproveitar da fraqueza do reino para se apossaram do melhor que Portugal ainda teria no Oriente.

Desobedecendo ao que lhe impusera a Inquisição, em Roma volta a tomar posição a favor dos cristãos novos e dos judeus em quem confia para o ressurgimento do país. E pior: ataca a própria Inquisição em cartas para os amigos (bons amigos, que não o denunciaram).

Desdobra-se em vários contactos para, na Sé apostólica, pôr em cheque os métodos inquisitoriais e envia ao Papa um memorial acerca do assunto. O farisaísmo do Santo Ofício. ("por aqui se diz que em Portugal é melhor ser inquisidor do que rei", escreve) cria uma péssima reputação a Portugal. Mas D. Pedro II está dominado pelos dominicanos do tribunal e receia-os. O Papa, porém, mostra-se receptivo. O processo de Vieira é reanalisado. Os revisores espantam-se. Como foi possível condenar quem deveria ser louvado? Terá dito Vieira: "ouviu-me quem me não entendeu e sentenciou-me quem me não ouviu".

Até que o Papa, num breve, isenta o padre António Vieira "perpetuamente da jurisdição inquisitorial". Poderia pregar sobre o que quisesse e apenas estava sujeito às regras da sua Ordem. O Pontífice vai mais longe: Suspende os autos-de-fé em Portugal (suspensão que foi curta).

Durante os anos de vida em Roma o padre alcança enorme prestígio. Aprende italiano para poder pregar nessa língua. Os sermões que pronuncia em terras transalpinas são de uma excepcional qualidade literária, espiritual e filosófica. A tal ponto que o Colégio dos Cardeais lhe pede para que pregue na sua presença.

A 22 de Maio sai de Roma, a caminho de Portugal. Vencera a partida com o Santo Ofício. A partir do breve papal a Inquisição não poderá tocar-lhe.

A sua saúde que, desde a meninice, é frágil, agrava-se. Com permanentes acessos de febre, olhado indiferentemente pela corte do regente D. Pedro, Vieira parte em busca de melhor clima, o do Brasil, em Janeiro de 1681.

Aproveitara o tempo em Lisboa para compilar e ultimar os Sermões, cujo primeiro volume sai em 1679.

O FIM AOS 90 ANOS
António Vieira outra vez coagido ao silêncio.

A sua vida está na recta final. Tem 74 anos. Vive na Baía.

O Papa Inocêncio XI revoga o breve do seu antecessor. Em Portugal, a Inquisição levanta contra ele toda a espécie de calúnias. O velho jesuíta pode cair, de novo, na sua alçada. No pátio da Universidade de Coimbra queimam-no em efígie com sanha insensata.

No Brasil, atacam-no através de acusações ao irmão Bernardo, então secretário de estado da Baía - opusera-se este às arbitrariedades do novo governador. Vieira intercede em defesa do familiar, é insultado e expulso violentamente do palácio do governador. A fibra de Vieira não esmorecerá e três anos depois o irmão é inocentado.

Aos 80 anos, doente, enfraquecido pelas constantes sangrias a que é submetido, o Geral da Companhia nomeia-o Visitador Geral do Brasil.

Aí está de novo o estóico padre " na estrada" e nas montanhas, a pé pelas serranias e selvas na sua tarefa de evangelização. Mas, em Maio de 1691, as forças abandonam-no e resigna ao cargo.

A debilidade, a falta de dentes, a surdez, mais tarde a perda de visão impedem-no de pregar. Pode, finalmente, morrer em paz, pensa. Não.

Ainda vai ser incriminado por, na Baía, ter tentado influenciar a votação do procurador da Ordem e por se opor a nova legislação dos índios, uma vez mais contra estes. Retiram-lhe a voz activa e passiva. Insurge-se. Apela ao Geral da Companhia, em Roma, pedindo-lhe que reveja o seu processo.

Vai ganhar mais esta batalha. A 17 de Dezembro de 1697 o Geral dos Jesuítas declara nula e sem valor a resolução que o privara de voz.

Mas António Vieira já não está entre os vivos. A 18 de Julho daquele ano, pela uma da madrugada, morre o que foi e é o maior prosador da língua portuguesa, aquele que, um dia, dissera, desalentado: "não me temo de Castela, temo-me desta canalha".

segunda-feira, março 13, 2006

TAÇA RIO 5ªRODADA

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0S GRANDES DO RIO CONTINUARAM
A FAZER BOBEIRA.

RAMIRZ DO FLA (EX-SPORTING, NÃO MARCA E O FLA EMPATA 0-0

Edson Passos Nova Iguaçu 5 x 1 Friburguense
Flamengo 0 x 0 Volta Redonda
Madureira 0 x 0 Portuguesa
América 1 x 1 Cabofriense
Vasco 2 x 2 Americano
Fluminense 2 x 2 Botafogo

E A CLASSIFICAÇÃO

1º Americano 8
2º Flamengo 6
3º Cabofriense 5
Fluminense 5
Portuguesa-RJ 5
6º Nova Iguaçu 4

Grupo D

1º Madureira 10
2º América 8
3º Volta Redonda 7
Friburguense 7
5º Vasco 6
6º Botafogo 4

sexta-feira, março 10, 2006

liverpool-benfica, na imprensa

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É GOLO, É GOLO, YES, YES
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O NOSSO BLOG, PUBLICA
UMA VISTA DE OLHOS PELA IMPREBSA ESTRANGEIRA,
SOBRE O REFLEXO DO ÊXITO DO BENFICA.
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No SKY SPORTS UK
Liverpool surrendered their UEFA Champions League crown with a shot-shy effort at Anfield, but Arsenal saw off Real Madrid. Have your say on the action.


I must confess that whilst watching last night's game I found it very frustrating watching Liverpool go down to a very average Benfica team. Just like Chelsea fans I am sitting here thinking what if? Rafa is a great manager and I'm sure that he is just as frustrated as we are but surely below the surface he must be seething on how certain members of his strike force performed last night. Yes maybe he has to stand up and be counted but when it comes down to it we need a goalscorer and the sooner the better!

No SPORTING LIFE UK

.Ten months of fantasy were left in ruins at Anfield as Liverpool had their fifth European Cup wrenched from their grasp.

But their failure to finish off chances - despite Jamie Carragher and Peter Crouch hitting the post - was again the Achilles heel which left Rafael Benitez's men distraught.

Benfica brought a narrow lead from the first leg, but ultimately deserved to go into the quarter-finals.

Simao Sabrosa, the player Benitez has tried to bring to Anfield, struck with a superb shot in the first half, and despite constant Liverpool pressure, substitute Fabrizio Miccoli grabbed a killer second a minute from time to finish off the holders.

The home side failed to get the early goal they needed and were forever worried about Benfica's ability to hit them on the break - and in the end they did not have enough class and creative flair to prise open the Portuguese side's defence.

Liverpool had defensive problems before the start, with Sami Hyypia only risked on the bench with a hamstring problem and John Arne Riise ruled out for three weeks with a late training injury.

IBenfica had Brazilian star Geovanni back after missing the first leg a fortnight ago in Lisbon with a torn thigh muscle.

Laurent Robert - never known for his tackling at Newcastle and Portsmouth - was booked on 48 seconds for a foul on Warnock.

But with Benfica's quick, skilled attackers, Liverpool needed to be careful of being caught on the break, and Steve Finnan's dithering almost proved costly when Geovanni nipped in - but the hosts got the benefit of a marginal offside decision.

The dangers Benfica could produce were underlined when Geovanni hit the bar and Simao headed the rebound at a grateful Jose Reina.

Little was going Liverpool's way and Crouch was booked for diving after colliding with Leo.

no SPORT 24 (França)



Benfica sort le tenant du titre !
Au cours d’un match tendu, Benfica est passé grâce à la réussite de son gardien et au talent de son capitaine, Simao (0-2). Liverpool, incapable de marquer le moindre but en 180 minutes, perd son titre de champion d’Europe.

D’entrée de jeu, Liverpool imposait sa marque dans une ambiance surchauffée. Anfield avait en effet fait le plein pour cette rencontre et le public mettait rapidement les deux équipes dans le match. Koeman choisissait d’aligner une équipe très offensive, avec Nuno Gomes, Robert, Geovanni et Simao en attaque, un dispositif audacieux qui allait se révéler payant. Dominateurs, les Reds se procuraient logiquement les meilleures occasions. C’était tout d’abord Morientes qui récupérait un bon ballon dos au but à 20 mètres, et qui croisait un peu trop sa frappe (5e).

Simao crucifie les Reds !
De son côté, Benfica jouait ses contres à fond et aurait même pu se procurer plus d’occasions si Robert n’avait pas été mal inspiré sur la plupart des ballons qu’il avait reçus. Sur une longue touche, Simao effectuait un contrôle dos au but et frappait en pivot des 20 mètres, sa frappe trouvant la barre d’un Reina archi battu (30e). Cinq minutes plus tard, Simao retentait sa chance de 25 mètres et trouvait une lucarne splendide (0-1, 36e). Benfica ouvrait le score, contre le cours du jeu, mais avait au moins eu le mérite de ne jamais fermer la partie et de jouer toutes ses occasions à fond. Les Reds encaissaient au passage leur 100e but en coupe d’Europe
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No GUARDIAN
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Simao provides killer blow as Liverpool surrender their title

Liverpool 0 - 2 Benfica (Agg 0 - 3)
Simao 36, Miccoli 89

Dominic Fifield at Anfield
Thursday March 9, 2006
The Guardian


In the end, the European Cup was yielded last night with little more than a whimper. Liverpool's proud defence of the trophy petered out, the holders jettisoned by opponents they would normally have hoped to devour, to leave the Kop offering only wailed defiance and appreciative applause for the Portuguese where once there was vehement belief. All that remains this morning is a numbing sense of what might have been.
That they effectively succumbed here at the hands of a player who might have been one of their own merely added to the deflation engulfing this arena long before the end. So hopeful had Liverpool been that the Portugal winger Simao Sabrosa would move to Merseyside last August that the chief executive Rick Parry had even mischievously suggested the player had been sitting on a plane bound for John Lennon Airport when Benfica suddenly hiked the price and wrecked the proposed £8m deal. In scoring a glorious opening goal here to push this tie away from the hosts, Simao cost Liverpool millions regardless