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sábado, maio 30, 2015

escritores brasileiros - JOSÉ MINDLIN

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José Mindlin


Nome completo José Ephim Mindlin
Nascimento 8 de setembro de 1914
São Paulo, São Paulo
Morte 28 de fevereiro de 2010 (95 anos)
São Paulo, São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Repórter, advogado, empresário, escritor e bibliófilo

José Ephim Mindlin (São Paulo, 8 de setembro de 1914 — São Paulo, 28 de fevereiro de 2010) foi um repórter, advogado, empresário, escritor e bibliófilo brasileiro.


Filho do dentista Ephim Mindlin e de Fanny Mindlin, judeus nascidos em Odessa, José começou a trabalhar aos 15 anos de idade como repórter no jornal O Estado de S. Paulo, o que, segundo ele, foi uma experiência muito importante para a sua formação1 . Posteriormente, José formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e advogou ainda por alguns anos até fundar a empresa Metal Leve, que mais tarde se tornou uma potência nacional no setor de peças para automóveis. José deixou a empresa em 1996. Posteriormente, entre outras atividades, presidiu a Sociedade de Cultura Artística.

De acordo com o jornalista Hélio Contreiras, pelo menos dois empresários se recusaram a colaborar na produção da estrutura repressiva da Operação Bandeirante, constituindo exceções: José Mindlin e Antônio Ermírio de Moraes.2 . O documentário Cidadão Boilesen entrevista Mindlin e o mesmo descreve como se deram os fatos.

Carreira literária e bibliofilia

Após sua aposentadoria do mundo empresarial, José pôde dedicar-se integralmente a uma paixão que tinha desde os 13 anos: colecionar livros raros. Seu primeiro livro foi o livro de 1740 Discours sur l'Histoire universelle de Jacques-Bénigne Bossuet. Ao completar 95 anos, acumulava um acervo de aproximadamente 40 mil volumes, incluindo obras de literatura brasileira e portuguesa, relatos de viajantes, manuscritos históricos e literários (originais e provas tipográficas), periódicos, livros científicos e didáticos, iconografia e livros de artistas (gravuras). Foi então considerada a maior biblioteca pessoal e também a mais importante do País1 .

Em 20 de junho de 2006, José foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras para ocupar a cadeira número 29, sucedendo a Josué Montello. Após saber da vitória na eleição, o renomado escritor declarou: "De certa forma, corôa uma vida dedicada aos livros"3 . No mesmo ano, decidiu doar todas as obras brasileiras da vasta coleção pessoal à Universidade de São Paulo (USP)4 . A partir de então, a biblioteca passou a ser chamada "Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin". O prédio da biblioteca, situado no campus da USP, ficou pronto em 23 de março de 2013 e é aberto ao público para visitação gratuita desde 25 de março de 20135 6 7 .


Nunca me considerei o dono desta biblioteca. Eu e Guita [esposa já falecida de Mindlin] éramos os guardiães destes livros que são um bem público.


quinta-feira, maio 28, 2015

escritores brasileiros - LAURENTINO GOMES

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O ESCITOR BRASILEIRO JOSÉ LAURENTINO GOMES
ACABA DE LANÇAR O SEU ULTIMO LIVRO DA
TRILOGIA - 108. 1822 -1889

Laurentino Gomes

Nome completo José Laurentino Gomes
Data de nascimento 17 de fevereiro de 1956 (59 anos)
Local de nascimento Maringá, Paraná
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Género(s) História
Ocupação Escritor, jornalista
Alma mater Universidade Federal do Paraná
Universidade de São Paulo
Período de atividade 2008 - atualmente
Temas abordados História do Brasil
Obra(s) de destaque 1808
1822
Prémios Prêmio Jabuti

José Laurentino Gomes (Maringá, 17 de fevereiro de 1956) é um jornalista e escritor brasileiro.



Laurentino formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo e fez cursos tanto na Universidade de Cambridge como na Universidade de Vanderbilt.

Trabalhou como repórter e editor para vários órgãos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de S. Paulo e a revista

Nasceu em Água Boa-Paiçandu/Pr,tornou-se famoso como escritor graças à sua autoria do best-seller 1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil, livro que narra a chegada da corte portuguesa ao Brasil. Em 2008, o livro recebeu o prêmio de melhor ensaio da Academia Brasileira de Letras e da 53ª edição do Prêmio Jabuti de Literatura na categoria de livro-reportagem e de "livro do ano" da categoria de não-ficção .

Em 2008, a Revista Época elegeu Laurentino uma das 100 pessoas mais influentes do ano, pelo mérito de conseguir vender mais de meio milhão de exemplares de livro de história do Brasil.

Em 7 de setembro de 2010, faz na Bolsa Oficial de Café em Santos o lançamento nacional da obra 1822. Data que marca também o aniversário de 88 anos do edifício da Bolsa.

Ao fim de março de 2012, a Globo Livros anunciou a assinatura de contrato para o lançamento do próximo livro de Laurentino 1889, o qual deverá chegar ao mercado no segundo semestre de 2013. A tiragem inicial prevista é de 200 mil exemplares. Sobre a obra, Laurentino diz: "Agora, no terceiro e último volume da série, vou explicar porque o país permaneceu como a única monarquia das Américas, por mais de 67 anos e mostrar como foi a Proclamação da República, em 18896 .

Em maio de 2015, anunciou uma nova trilogia, que abordará a escravidão no Brasil. O primeiro dos três livros deverá ser lançado em 2019, e o último, em 2022.

BRASILEIRÃO 3ª.rodada

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O BRASILEIRÃO É PROVAVELMENTE UM CAMPEONATO
NACIONAL DOS MAIS ALEATÓRIOS NO MUNDO, ONDE
À PARTIDA É DIFICIL DIZER QUEM SÃO OS FA-
VORITOS.


Já tem acontecido que o campeão dum ultimo campaeonato vir a lutar para não descer , e times menos cotados virem a ser campeões.
Reparem na classificação do actual Brasileirão?

3ª.RODADA
São Paulo 3-0 Joinville
Vasco 1-1 Internacional
Grêmio 1-0 Figueirense
Palmeiras 0-1 Goiás
Fluminense 0-0 Corinthians
Avaí 2-1 Flamengo
Atlético Paranaense 1-0 Atlético Mineiro
Chapecoense 1-0 Santos
Cruzeiro 1-1 Ponte Preta
Sport 1-0 Coritiba


AVAÍ-FLAMENGO 2-1


VASCO-INTER PA 1-1




CLASSIFICAÇÃO GERAL

1 Sport 7 3 2 1 0 7 3
2 Goiás 7 3 2 1 0 3 0
3 Corinthians 7 3 2 1 0 2 0
4 São Paulo 6 3 2 0 1 5 2
5 Atlético Paranaense 6 3 2 0 1
6 Chapecoense 6 3 2 0 1 3 2 +
7 Ponte Preta 5 3 1 2 0 5 4
8 Atlético Mineiro 4 3
9 Avaí 4 3 1 1 1 3 3 0
10 Santos 4 3 1 1 1 2 2 0
11 Grêmio 4 3 1 1 1 4 5
12 Fluminense 4 3 1 1 1 2 4
13 Internacional 4 3 1 1 1 2 4
14 Coritiba 3 3 1 0 2 3 3 0
15 Vasco 3 3 0 3 0 1 1 0
16 Palmeiras 2 3 0 2 1 2 3
17 Flamengo 1 3 0 1 2 4 6
18 Cruzeiro 1 3 0 1 2 1 3
19 Figueirense 1 3 0 1 2 1 5
20 Joinville 1 3 0 1 2 0 4

LISBOA CIDADE DOS DESCOBRIMENTOS

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DOIS ESPANTOSOS ESPECTÁCULOS DE
MULTI MÉDIA, ABRILHANTAS AS
NOITES DE LISBOA

MAIS UM ESPECTÁCULO DE QUALIDADE
NO TERREIRO DO PAÇO EM LISBOA


De 22 a 31 de Maio, o Terreiro do Paço recebe novo espectáculo de vídeo mapping e, desta vez, o tema é Lisboa e o mar que a rodeia. A criação é de Oskar & Gaspar em parceria com a EGEAC, a Associação de Turismo de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa.


“Lisboa, Cidade do Mar” é o nome dado ao espectáculo multimédia que será projectado na fachada do Arco da Rua Augusta e que terá elementos tão característicos como caravelas ou varinas.



Quem assistir à projecção será transportado pelos vários momentos da história da capital portuguesa em que o mar foi personagem principal. Estão planeadas três sessões diárias, de entrada livre, pelas 21h30, 22h30 e 23h30.

E NA TORRE DE BELEM


Um espetáculo a não perder: "Quinhentos", Abertura das Festas de Lisboa’15
Em pano de fundo, o rio Tejo, ao centro a Torre de Belém, envolta por água e magníficos jardins. "Quinhentos" apresenta cinco séculos da história de Portugal e do Mundo revisitada à escala da Torre de Belém. Um espetáculo de teatro, música e multimédia.
Junto à Torre de Belém
30 Maio (sábado) 22:00
Entrada Livre

sexta-feira, maio 22, 2015

HISTÓRIA DO BRASIL - REVOLUÇÃO FEDERALISTA

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O BRASIL NOS ALVORES DA
REPUBLICA

A Revolução Federalista foi uma guerra civil que ocorreu no sul do Brasil logo após a Proclamação da República. Instada pela crise política gerada pelos federalistas, grupo opositor que pretendia "libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio de Castilhos", então presidente do Estado, e também conquistar uma maior autonomia e descentralizar o poder da então recém proclamada República.1

Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear a luta armada, que durou de fevereiro de 1893 a agosto de 1895 e foi vencida pelos seguidores de Júlio de Castilhos.2

O conflito atingiu os três estados da região: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.


Pinheiro Machado, idealista da República
Durante o século XIX, o estado do Rio Grande do Sul esteve em permanente estado de guerra. Na Revolução Farroupilha (1835-1845) e na Guerra do Paraguai (1864-1870), a população gaúcha foi devastada. Nos últimos anos do Império, surgiram na região três lideranças políticas antagônicas: o liberal Assis Brasil, o conservador Pinheiro Machado e o positivista Júlio Prates de Castilho. Os três se reuniram para fundar o Partido Republicano Rio-grandense, que fazia oposição ao Partido Federalista do Rio Grande do Sul, fundado e liderado pelo liberal monarquista Gaspar Silveira Martins. Em 1889, com a Proclamação da República, essas correntes entraram em conflito, de forma que em apenas dois anos o estado teria dezoito governadores.3


Júlio Prates de Castilhos nasceu e cresceu em uma estância gaúcha e estudou Direito em São Paulo, onde teve contato com as ideias positivistas de Auguste Comte. Depois de formado, retornou à sua terra e passou a escrever no jornal A Federação, atacando o Império, a escravidão e seu adversário político Gaspar Silveira Martins. Foi deputado constituinte em 1890-1891, e acreditava em uma fase ditatorial para consolidar a República e defendeu uma forte centralização do poder no ditador republicado. Derrotado na constituinte nacional, implantou essa ideia na constituição estadual, meses mais tarde, em um texto que redigiu praticamente sozinho, ignorando sugestões da comissão de juristas destacada para a tarefa, e aprovou-o, em julho de 1891, em uma assembleia estadual controlada pelo Partido Republicano Rio-grandense, liderado por ele e de orientação positivista.2 A constituição estadual previa que as leis não seriam elaboradas pelo Parlamento, mas pelo chefe do Executivo, que poderia ser reeleito para novos mandatos. Como o voto não era secreto, as eleições seriam facilmente manipuladas pelos adeptos de Castilhos, o que lhe garantiria permanecer no poder indefinidamente.

No mesmo mês em que aprovou sua constituição, foi eleito governador. Em novembro, por ter apoiado o golpe de Deodoro e o fechamento do Congresso, foi deposto e substituído por uma junta de governo, que durou pouco e logo passou o governo ao general Barreto Leite. Castilhos retomou um governo paralelo e foi reeleito em um pleito sem concorrentes, tomando posse em janeiro de 1893. Nesse momento, o estado era o "ponto nevrálgico da República" e a resposta dos adversários era iminente.

Gaspar da Silveira Martins, intelectual e bom orador, havia sido nomeado ministro por Dom Pedro II em um de seus últimos atos, em uma tentativa de salvar a monarquia. Preso e exilado na Europa, retornou em 1892, com o estado já sob o governo de Júlio de Castilhos e fundou o Partido Federalista do Rio Grande do Sul, que defendia o sistema parlamentar de governo e a revisão da constituição estadual. Com a posse de Castilhos, o caudilho Gumercindo Saraiva também retornaria ao estado, vindo de seu refúgio no Uruguai e liderando uma tropa de quinhentos homens. Um segundo grupo, comandado pelo general Joca Tavares, ocupou outra região do estado com uma força de três mil homens. Ameaçado, o governador convenceu o presidente Floriano Peixoto de que o levante era uma tentativa de Silveira Martins de restaurar a monarquia.

Pica-paus e Maragatos

Os seguidores de Gaspar da Silveira Martins, gasparistas ou maragatos, eram frontalmente opostos aos seguidores de Júlio de Castilhos, castilhistas, pica-paus ou ximangos.

Os defensores de Júlio de Castilhos receberam a alcunha de pica-paus ou ximangos, em razão da cor do uniforme usado pelos soldados que defenderam essa facção, que se assemelhavam às dos pássaros da região. Esta denominação se estendeu a todos os castilhistas, inclusive civis.

Já o termo maragato, que foi usado para se referir à corrente política que defendia Gaspar da Silveira Martins, tem uma explicação mais complexa:

"Na província de León, Espanha, existe uma comarca denominada Maragateria, cujos habitantes têm o nome de maragatos, e que, segundo alguns, é um povo de costumes condenáveis;1 pois, vivendo a vagabundear de um ponto a outro, com cargueiros, vendendo e comprando roubos e por sua vez roubando principalmente animais; são uma espécie de ciganos. " (Romaguera).

Os maragatos espanhóis eram eminentemente nômades, e adotavam profissões que lhes permitissem estar em constante deslocamento.2

No Uruguai eram chamados de maragatos os habitantes da cidade de San José de Mayo, Departamento de San José, talvez porque os seus primeiros habitantes fossem descendentes dos maragatos espanhóis, que foram responsáveis por trazer para a região do rio da Prata o costume da bombacha.4

Na época da revolução, os republicanos legalistas usavam esta apelação como pejorativa, com o sentido de "mercenários". A realidade oferecia alguma base para essa assertiva — o caudilho Gumercindo Saraiva, um dos líderes da revolução, havia entrado no Rio Grande do Sul vindo do Uruguai pela fronteira de Aceguá, no Departamento de Cerro Largo, comandando uma tropa que incluía naturais daquele país. A família de Gumercindo, embora de origem portuguesa, possuía campos em Cerro Largo. No entanto, dar esse apelido aos revolucionários foi um tiro que saiu pela culatra. A denominação granjeou simpatia, e os próprios rebeldes passaram a se denominar "maragatos". Em 1896, chegaram a criar um jornal que levava esse nome.

O conflito


General Silva Tavares, chefe dos federalistas.
As desavenças iniciaram-se com a concentração de tropas sob o comando do maragato João Nunes da Silva Tavares, o Joca Tavares, barão de Itaqui em campos da Carpintaria, no Uruguai, localidade próxima a Bagé.5

Logo após o potreiro de Ana Correia, vindo do Uruguai em direção ao Rio Grande do Sul, encontrava-se o coronel caudilho federalista Gumercindo Saraiva.

Eficientemente, os maragatos dominaram a fronteira, exigindo a deposição de Júlio de Castilhos, que havia sido eleito presidente do estado pelo voto direto. Havia também o desejo de um plebiscito onde o povo deveria escolher o sistema de governo.

Devido à gravidade do movimento, a rebelião adquiriu âmbito nacional rapidamente, ameaçando a estabilidade do governo rio-grandense e o regime republicano em todo o país.5 Floriano Peixoto, então na presidência da República, enviou tropas federais sob o comando do general Hipólito Ribeiro para socorrer Júlio de Castilhos.

Foram estrategicamente organizadas três divisões, chamadas de legalistas: a do norte, a da capital e a do centro. Além destas, foi convocada a polícia estadual e todo o seu contingente para enfrentar o inimigo.

A primeira vitória dos maragatos foi em maio de 1893, junto ao arroio Inhanduí, em Alegrete, município sul-rio-grandense. Neste combate ao lado dos Pica-paus legalistas participou o senador Pinheiro Machado,2 que tinha deixado a sua cadeira no Senado Federal para organizar a Divisão do Norte, a qual liderou durante todo o conflito.6

Principais combateS
Cerco de Bagé
Batalha do Pulador
Cerco da Lapa

Os Maragatos vão ao Norte

Gumercindo Saraiva e sua tropa dirigiram-se para Dom Pedrito. De lá iniciaram uma série de ataques relâmpagos contra vários pontos do estado, desestabilizando as posições conquistadas pelos Republicanos.

Em seguida rumaram ao norte, avançando em novembro sobre Santa Catarina e chegando ao Paraná, sendo detidos na cidade da Lapa, a sessenta quilômetros a sudoeste de Curitiba. Nesta ocasião, o Coronel Carneiro morreu em fevereiro de 1894 sem entregar suas posições ao inimigo, no episódio que ficou conhecido como o Cerco da Lapa.1 A obstinada resistência oposta às tropas federalistas na cidade de Lapa (Paraná), pelo Coronel Carneiro, frustrou as pretensões rebeldes de chegarem à capital da República.5

O almirante Custódio de Melo, que chefiara a revolta da Armada contra Floriano Peixoto, uniu-se aos federalistas e ocupou Desterro, atual Florianópolis. De lá chegou a Curitiba, ao encontro do caudilho-maragato Gumercindo Saraiva.

A resistência da Lapa impediu o avanço da revolução. Gumercindo, impossibilitado de avançar, bateu em retirada para o Rio Grande do Sul. Morreu em 10 de agosto de 1894, após ser atingido por um tiro desferido à traição enquanto reconhecia o terreno, na véspera da Batalha do Carovi.

Argentina e Uruguai

Ao longo da Revolução, os maragatos tiveram apoio constante da província de Corrientes, na Argentina e também no Uruguai. O que lhes permtiu contrabandear armamento através da fronteira, praticar incursões táticas em território estrangeiro afim de fugir de perseguições, bem como, refugiar-se nos países vizinhos em momentos de desvantagens frente ao inimigo.7

A paz

A revolução federalista foi derrotada em 24 de junho de 1895 no combate de Campo Osório, quando o almirante Saldanha da Gama, possuidor de um contingente de 400 homens, 100 deles marinheiros, lutou até a morte contra os Pica-paus comandados pelo general Hipólito Ribeiro. A derrota causou grande comoção no lado Federalista e acelerou o processo de paz, que foi assinada no dia 23 de agosto de 1895, em Pelotas.7 1

O presidente da República era então Prudente de Morais e o emissário do governo federal era o general Galvão de Queirós.

Balanço: A revolução das degolas

Este conflito propiciou pelo menos dez mil mortos e incontáveis feridos.

A prática da degola dos prisioneiros não foi rara em ambos os lados contendores, adquirindo o caráter revanchista. Por muito tempo foi atribuído ao Coronel maragato Adão Latorre a degola de 300 Pica-paus prisioneiros, às margens do Rio Negro, contidos em uma taipa, um tipo de cercado de pedras para gado, que ficou conhecido como Potreiro das Almas, nas cercanias de Bagé, hoje em território do município de Hulha Negra, em 23 de novembro de 1893, após a Batalha do Rio Negro.1 O fato, porém, é desmentido por vários documentos históricos, como o Diário do General Maragato João Nunes da Silva Tavares, que refere o número de 300 como sendo as baixas totais do inimigo, entre mortos em combate e feridos.2 O General afirma que o número de degolados foi de 23 "patriotas", membros das forças provisórias castilhistas, todos assassinos conhecidos no estado, pelas tropelias cometidos contra os Federalistas, particularmente no saque a Bagé no final de 1892 pelas forças dos Coronéis castilhistas Pedroso e Motta. Em 5 de Abril no Combate do Boi Preto há a degola de 250 maragatos em represália à degola do Rio Negro. O pica-pau Cherengue ou Xerengue rivalizava com Latorre em número de degolas praticadas.5

Muitas vezes a degola era praticada em meio a zombarias e humilhações. Embora não com frequência, poderia ser antecedida por castração. Conta-se, por exemplo, que apostas eram feitas em corrida de degolados. Na degola convencional a vítima, ajoelhada, tinha as pernas e mãos amarradas, a cabeça estendida para trás e a faca era passada de orelha a orelha. Como se degolasse uma ovelha, rotina nas lides do campo. Os ressentimentos acumulados, as desavenças pessoais, somados ao caráter rude do homem da campanha acostumado a sacrificar o gado, tentam explicar estes atos de selvageria.

Do ponto de vista militar e logístico a degola decorria da incapacidade das forças em combate de fazer prisioneiros, mantê-los encarcerados e alimentá-los, pois, ambas lutavam em situação de grande penúria.5 Procurava-se, pelo mesmo motivo, poupar munição empregando um meio rápido de execução

segunda-feira, maio 18, 2015

2ª.RODADA DO BRASILEIRÃO

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O CRUZEIRO CAMPEÃO DA ÉPOCA ANTERIOR
É O ULTIMO À 2ª.RODADA,CORINTHINS
LIDERA, VASCO E FLAMENGO 2 EMPATES

JORNADA 2

2015-05-17

Goiás 2-0 Atlético Paranaense
Coritiba 2-0 Grêmio
Corinthians 1-0 Chapecoense
Figueirense 0-0 Vasco
Santos 1-0 Cruzeiro
Flamengo 2-2 Sport
Atlético Mineiro 4-1 Fluminense
Ponte Preta 1-0 São Paulo
Internacional 1-0 Avaí
Joinville 0-0 Palmeiras

FIGUIERENSE-VASCO 0-0

FICHA TÉCNICA

FIGUEIRENSE 0
Alex Muralha; Leandro Silva, Marquinhos, Thiago Heleno, Roberto Cereceda; Paulo Roberto, Fabinho, Marquinhos Pedroso, Yago (Mazola); Clayton (Dudu) e Everaldo (Marcão)
Técnico: Argel Fucks

VASCO 0
Martin Silva; Madson, Rodrigo, Luan, Christiano, Serginho (Lucas), Guiñazu, Julio dos Santos, Dagoberto, Gilberto, Rafael Silva (Bernardo)
Técnico: Doriva


O flu afundou com o galo....


O Fla ficou no empate



CLASSIFICAÇÃO GERAL
..............P-J-V-E-D-GM-GS
1 Corinthians 6 2 2 0 0 2
2 Sport ......4 2 1 1 0 6 3
3 Atlético MG 4 2 1 1 0 6 3
4 Goiás ......4 2 1 1 0 2 0
5 Ponte Preta 4 2 1 1 0
6 Santos .....4 2 1 1 0 2 1
7 Coritiba... 3 2 1 0 1 3 2
8 Atlético PR 3 2 1 0 1 3 2
9 São Paulo...3 2 1 0 1 2 2 0
10 Chapecoense 3 2 1 0 1 2 2
11 Fluminense 3 2 1 0 1 2 4
12 Inter PA.. 3 2 1 0 1 1 3
13 Palmeiras..2 2 0 2 0 2 2
14 Vasco .....2 2 0 2 0 0 0
15 Flamengo.. 1 2 0 1 1 3 4
16 Avaí ......1 2 0 1 1 1 2
17 Joinville. 1 2 0 1 1 0 1
18 Grêmio ....1 2 0 1 1 3 5
19 Figueirense 1 2 0 1 1 1 4
20 Cruzeiro... 0 2 0 0 2 0 2


sexta-feira, maio 15, 2015

HISTÓRIA DO BRASIL - ATENTEDO DA RUA DOS TONELEIROS

.
E QUE DEU ORIEGM AO PROCESSO DE
SUICIDIO DE GETULIO VARGAS

Atentado da rua Tonelero


Atentado

Lacerda, um dos principais opositores do governo Vargas, iniciara sua campanha a deputado federal. Como havia sido ameaçado de morte algumas vezes, um grupo de simpatizantes, oficiais de Aeronáutica, decidiram servir-lhe de segurança durante seus comícios. Depois de um deles, realizado na noite de 4 de agosto de 1954, no pátio do Colégio São José, o jornalista volta para casa acompanhado de seu filho Sérgio (então com quinze anos) no automóvel do major-aviador Rubens Florentino Vaz. Ao chegar na rua Tonelero, os três saltam do veículo e, ao se despedirem, uma pessoa surge das sombras e dispara vários tiros. O major, desarmado, tenta se defender, mas é atingido mortalmente no peito. Enquanto isso, Lacerda leva seu filho para a garagem do prédio e volta disparando contra o agressor, que foge num táxi. Um guarda municipal que estava nas proximidades, Sálvio Romeiro, ouve os disparos e, ao verificar o que estava acontecendo, também é atingido por um tiro, conseguindo porém anotar a placa do veículo fugitivo.2 3

Investigação

Naquela mesma madrugada a imprensa começa a divulgar os detalhes do crime. O motorista do táxi, Nelson Raimundo de Souza, sabendo então que seu veículo fora identificado, decide se apresentar a uma delegacia. Inicialmente alega inocência, dizendo que apenas pegara o passageiro e não tinha conhecimento do crime, mas confessa seu envolvimento após depoimento à Polícia Militar.2

O ponto de táxi de Nelson ficava na Rua Silveira Martins, esquina da Rua do Catete - junto ao então palácio presidencial - e costumava servir aos integrantes da guarda pessoal de Getúlio. Um desses integrantes, Climério Euribes de Almeida, combinara com o taxista de dar fuga em seu veículo a ele e um pistoleiro, Alcino João do Nascimento.2

Alcino, na verdade um marceneiro em dificuldades financeiras, fora contratado meses antes por José Antônio Soares para executar um desafeto. Ele aceitara prontamente o serviço, matando porém a pessoa errada. Isso não impediu que José o indicasse para cumprir uma tarefa semelhante encomendada por Climério. Ficou acertado que o atentado seria cometido durante um comício de Lacerda na cidade de Barra Mansa. Entretanto o carro de Nelson enguiçou, forçando o adiamento para 4 de agosto, data do próximo comício do jornalista. No dia, Climério e Alcino seguiram para o Colégio São José, mas o taxista, que deveria encontrá-los ali para a fuga, se atrasou. Já tarde da noite, os três decidiram seguir então para a casa de Lacerda.

Após a troca de tiros, Lacerda sai ferido no pé, e o major Vaz, depois de ser atingido por duas balas de uma pistola calibre 45 (de uso exclusivo das Forças Armadas), morre a caminho do hospital. O comando da Aeronáutica assume as investigações em 8 de agosto, mesmo dia em que Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Getúlio e apontado como mandante do crime, confessa sua participação. Climério e Alcino são capturados pouco tempo depois.

Consequências

A crise política que se seguiu ao episódio, em particular com os militares inconformados com morte de um dos seus, agravada pelos ataques violentos de Lacerda e seus seguidores ao presidente, sem que houvesse um moderador, agigantou a onda contrária a Getúlio Vargas. Diante dos pedidos de renúncia à presidência que começaram a se multiplicar, em 23 de agosto o presidente reuniu-se com os seus ministros no Palácio do Catete, a fim de analisar o quadro político. Ficou decidido que o presidente entraria em licença, voltando ao poder quando as investigações sobre o atentado estivesse concluídas. Duas horas mais tarde, quase às cinco horas da manhã do dia 24, Benjamin Vargas, irmão de Getúlio, chegou ao Palácio com a informação de que os militares queriam mesmo a renúncia. Como resposta, ao se retirar para o seu quarto, Getúlio afirmou: "Só morto sairei do Catete!" Momentos mais tarde ouviu-se um tiro: Getúlio estava morto com um tiro no coração.


Alcino foi condenado a 33 anos de prisão, pena depois reduzida. Cumpriu 23 anos e sobreviveu a duas tentativas de assassinato. Gregório foi condenado a 25 anos, vindo a ser assassinado na prisão, assim como Climério, condenado a 33 anos. José Antônio Soares foi condenado a 26 anos. Nelson Raimundo, a 11 anos.

Outras interpretações

A história oficial, revalidada pelo júri popular que condenou os autores do crime em 1956, continua sendo contestada por estudiosos do assunto e admiradores da era Vargas, que apontam inconsistências na investigação e perguntas que permaneceram sem resposta.4 5

Um dos principais motivadores de dúvidas seria o inquérito criminal, escrito num tom demasiado anti-Vargas e recheado de expressões como "covarde atentado" e "mentiroso depoimento", entre outras. Durante o desenvolvimento do mesmo, inclusive, não foi feita reconstituição do crime ou a acareação entre Lacerda, (que inicialmente teria afirmado que seriam três pessoas disparando contra ele)5 e o pistoleiro Alcino.4

Outra questão é o amadorismo dos autores do crime, que deixaram pistas evidentes que imediatamente conduziram as investigações ao Palácio do Catete. Defensores de teorias alternativas defendem que isso teria sido intencional, para precipitar uma crise política que teria como consequência a saída de Vargas da presidência da república

terça-feira, maio 12, 2015

RECORDANDO A INVASÃO DOS TORCEDORES DA FIEL AO MARACANÃ

-
UM TROTE HISTÓRICO DA GALERA DA FIEL
AO MARACA

Lembro aqui uma malandrice histórica da claque do Corinthians, Em Dezembro de 1976, disputou-se no Maracanã uma meia final do campeonato, que então tinha uma poule final dos 4 primeiros, entre o FLUMINENSE (do Rio) e o CORINTHIANS (de São Paulo). As bilheteiras abriam às 8 da manhã. Os torcedores do Corinthias viajaram de madrugada entre São Paulo e o Rio, e cada um comprou 10 bilhetes, que depois foi vendendo SÓ a corintianos que iam chegando.




Resultado ,No RIO DE JANEIRO, o Maracanã tinha uma assistencia de quase todos corinthianos....

segunda-feira, maio 11, 2015

COMEÇOU O BRASILEIRÃO

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COMEÇOU A LUTA PELO CANECO 2015
E JÁ SE ASSISTIU A BELAS LUTAS


Chapecoense 2-1 Coritiba
Palmeiras 2-2 Atlético Mineiro
Fluminense 1-0 Joinville
Grêmio 3-3 Ponte Preta
Cruzeiro 0-1 Corinthians
Sport 4-1 Figueirense
São Paulo 2-1 Flamengo
Atlético Paranaense 3-0 Internacional
Avaí 1-1 Santos
Vasco 0-0 Goiás



VASCO - GOIÁS 0-0



Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 10 de maio de 2015 (Domingo)
Horário: 18h30(de Brasília) 22,30 (Portugal)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC)
Assistentes: Rosnei Hoffmann Scherer (SC) e José Roberto Larroyd (SC)

VASCO: Martin Silva, Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Pablo Guiñazu, Serginho, Julio dos Santos e Dagoberto; Rafael Silva e Gilberto
Técnico: Doriva

GOIÁS: Renan, Everton, Felipe Macedo, Alex Alves e Juliano; Ygor, Rodrigo, Esquerdinha e Felipe Menezes; Wesley e Bruno Henrique
Técnico: Hélio dos Anjos

domingo, maio 10, 2015

A 10 DE MAIO DE 1789 FOI PRESO TIRADENTES

TIRADENTES ,HERÓI BRASILDEIRO NA LUTA
CONHECIDA PELA INCONFIDÊNCIA MINEIRA
FOI PRESO EM 10 DE MAIO DE 1789



Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal , batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou nos domínios portugueses no continente americano (Brasil colonial,1530-1815), mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.

O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi renomeada em sua homenagem. Seu nome está inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, desde 21 de abril de 1992.



Biografia

Juventude

Nascido na Fazenda do Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José del-Rei, na Capitania de Minas Gerais3 .

Joaquim José da Silva Xavier era filho do português Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e da portuguesa nascida na colônia do Brasil, Maria Paula da Encarnação Xavier (prima em segundo grau de Antônio Joaquim Pereira de Magalhães), tendo sido o quarto dos nove filhos.

Em 1755, após a morte de sua mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São José; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de seu tio e padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgião dentista.4 Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes.2

Vida adulta

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão sudestino. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781 foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam o domínio português sobre as capitanias por onde circulava. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de marechal da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.

Na crônica "Memórias da Rua do Ouvidor", capítulo 7, o médico e escritor carioca Joaquim Manuel de Macedo relata que neste mesmo ano de 1787, Tiradentes conhece e se apaixona por uma certa "Perpétua Mineira", dona de uma "casa de pasto" (restaurante) na rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. Segundo a crônica, Perpétua foi vista pela última vez em 21 de abril de 1792 nas proximidades da forca onde havia sido executado seu amante.

Após a licença da cavalaria, Tiradentes morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento de água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse sua indignação perante o domínio colonial. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela capitania. Fez parte de um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador e grande proprietário de terras na Comarca do Rio das Mortes. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias americanas e a formação dos Estados Unidos. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.

Participação na Inconfidência Mineira

Além das influências externas, fatores mundiais e religiosos contribuíram também para a articulação da conspiração na Capitania de Minas Gerais. Com a constante queda na receita institucional, devido ao declínio da atividade mineradora, a Coroa resolveu, em 1789, a aplicar o mecanismo da Derrama, para garantir que as receita oriundas do Quinto, imposto colonial que reservava um quinto (1/5) de todo minério extraído no Reino de Portugal e seus domínios. A partir da nomeação de Luís da Cunha Meneses como governador da capitania, em 1783, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos, mesmo que preciso fosse prender o cobrado, a ser executada pelo novo governador da Capitania, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.

O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da sedição sairiam às ruas de Vila Maria dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por ordem do novo oficial de milícia Ernesto Gonçalves, planejou o assassinato de Joaquim Silvério dos Reis.

Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.

A 10 DE MAIO DE 1789 TIRADENTES É PRESO

Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim Silvério dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.

Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar indústrias no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás António Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais.

Julgamento e sentença

Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela "inconfidência", inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que continuou condenado à pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.

Tiradentes Esquartejado, obra de Pedro Américo (1893; Museu Mariano Procópio).
Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas ordenações afonsinas e as Ordenações Filipinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações Filipinas:

-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.”6

Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel: tiveram os membros quebrados e foram queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A Rainha Dona Maria I sofria pesadelos devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer.

Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom.

E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.

Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.

JUSTIÇA que a Rainha Nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo horroroso crime de rebelião e alta traição de que se constituiu chefe, e cabeça na Capitania de Minas Gerais, com a mais escandalosa temeridade contra a Real Soberana e Suprema Autoridade da mesma Senhora, que Deus guarde.
MANDA que com baraço e pregão seja levado pelas ruas públicas desta Cidade ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Vila Rica, donde será conservada em poste alto junto ao lugar da sua habitação, até que o tempo a consuma; que seu corpo seja dividido em quartos e pregados em iguais postes pela estrada de Minas nos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha e Sebollas; que a casa da sua habitação seja arrasada, e salgada e no meio de suas ruínas levantado um padrão em que se conserve para a posteridade a memória de tão abominável Réu, e delito e que ficando infame para seus filhos, e netos lhe sejam confiscados seus bens para a Coroa e Câmara Real. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792, Eu, o desembargador Francisco Luiz Álvares da Rocha, Escrivão da Comissão que o escrevi. Sebão. Xer. de Vaslos. Cout.º7


— Sentença proferida contra o réu Joaquim José da Silva Xavier


sábado, maio 09, 2015

BRASILEIRÃO 2015 - COMEÇA HOJE

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TEM HOJE INICIO O BRASILEIRÃO, O
NOME POR QUE É CONHECIDO O CAMPEONATO
DE FUTEBOL DO BRASIL.

O CRUZEIRO DEFENDE O TÍTULO GANHO NOS 2 ULTIMOS CAMPEONATOS

Com este figurino, um campeonato com pontos corridos, a nível nacional, o Brasileião só teve inicio em 1971.

A história do Futebol no Brasil revela uma variedade de campeonatos de caráter nacional:
Taça Brasil (1959-1968): primeira competição nacional da história, criada para indicar um representante brasileiro à Taça Libertadores da América. Reunia campeões estaduais de vários estados do país. Os campeões da Taça Brasil fizeram um pedido de unificação dos títulos ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e no dia 22 de Dezembro 2010 os campeões da Taça Brasil tiveram seus títulos unificados pela CBF (após a entidade analisar o dossiê produzido pelo historiador Odir Cunha a pedido dos clubes).

Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970): o "embrião" do Campeonato Brasileiro, como ficou conhecido o "Robertão", era na prática uma versão expandida do Torneio Rio-São Paulo, que contou com a presença de todos os clubes que futuramente seriam campeões brasileiros. Teve apenas quatro edições e foi sucedida pelo Brasileirão, havendo pouquíssimas diferenças entre a sua última edição, em 1970, e a primeira edição do Campeonato Brasileiro. Em 2010, assim como os campeões da Taça Brasil, os campeões do "Robertão", após o pedido de unificação, também tiveram seus títulos unificados ao Campeonato Brasileiro.

Campeonato Brasileiro (desde 1971): também conhecido como Brasileirão, de 1971 a 2002 teve 32 edições e 32 fórmulas diferentes. Desde 2003, as equipes se enfrentam em turno e returno por pontos corridos, sistema utilizado principalmente na Europa.


Copa dos Campeões Estaduais (1920, 1937 e 1967), Torneio dos Campeões da CBD (1969), Copa dos Campeões da Copa Brasil (1978), Torneio dos Campeões (1982): campeonatos que tiveram apenas uma edição. Grêmio Maringá foi o campeão do torneio de 1969, Atlético Mineiro foi o campeão da disputa de 1978, America-RJ foi o campeão do torneio de 1982.
Copa do Brasil (desde 1989): competição disputada no sistema eliminatório a uma ou duas partidas, conhecido popularmente como mata-mata. Nela participam representantes de todos os estados.
Supercopa do Brasil (1990-1991): Competição disputada entre o vencedor do Campeonato Brasileiro e o da Copa do Brasil do ano anterior, num formato semelhante às supercopas existentes em vários países da Europa. O Grêmio foi o vencedor em 19902 e o Corinthians sagrou-se campeão em 1991.

Copa dos Campeões (2000 a 2002): competição disputada entre os melhores colocados nas copas regionais (Rio-São Paulo, Sul-Minas, Nordestão, Copa Norte e Copa Centro-Oeste) que indicava o campeão para a Libertadores.


LISTA DOS CAMPEÕES E VICE CAMPEÕES DO BRASILEIRÃO desde 1971, ano a partir do qual se disputa o Brasileirão com este formato nacional

Tabela campeões e vice do Brasileirão de todos anos

Ano - Campeão - Vice

2014
Cruzeiro - São Paulo

2013
Cruzeiro - Grêmio

2012
Fluminense -Atlético Mineiro

2011
Corinthians - Vasco da Gama

2010
Fluminense -Cruzeiro

2009
Flamengo -Internacional

2008
São Paulo -Grêmio

2007
São Paulo .Santos

2006
São Paulo - Internacional

2005
Corinthians - Internacional

2004
Santos - Atlético Paranaense

2003
Cruzeiro -Santos

2002
Santos - Corinthians

2001
Atlético Paranaense- São Caetano

2000 - Vasco da Gama - São Caetano
1999 Corinthians -Atlético Mineiro
1998 Corinthians - Cruzeiro
1997 Vasco da Gama -Palmeiras
1996 Grêmio - Portuguesa de Desportos
1995 Botafogo - Santos
1994 Palmeiras -Corinthians
1993 Palmeiras - Vitória
1992 Flamengo . Botafogo
1991 São Paulo -Bragantino
1990 Corinthians -São Paulo
1989 Vasco da Gama -São Paulo
1988 Bahia - Internacional
1987 Sport de Recife . Guarani
1986 São Paulo -Guarani
1985 Coritiba -Bangu
1984 Fluminense - Vasco da Gama
1983 Flamengo - Santos
1982 Flamengo -Grêmio
1981 Grêmio -São Paulo
1980 Flamengo - Atlético Mineiro
1979 Internacional Vasco da Gama
1978 Guarani -Palmeiras
1977 São Paulo - Atlético Mineiro
1976 Internacional - Corinthians
1975 Internacional - Cruzeiro
1974 Vasco da Gama - Cruzeiro
1973 Palmeiras - São Paulo
1972 Palmeiras - Botafogo
1971 Atlético Mineiro -São Paulo


quarta-feira, maio 06, 2015

HISTÓRIA DO BRASIL - A RENUNCIA DE JÂNIO QUADROS

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A CARTA DE RENUNCIA DO PRESIDENTE
JANIO QUADROS

Carta Renúncia de Jânio Quadros


A carta renúncia de Jânio Quadros foi divulgada no dia 25 de agosto de 1961. Muitos dizem que a renúncia de Jânio foi a tentativa fracassada de um autogolpe. O ex-presidente confessou, em 1992, que a renúncia foi apenas um blefe.

A carta-renúncia[editar | editar código-fonte]
"Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções, nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta nação, que pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo."Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração."Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública."Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional. A mim não falta a coragem da renúncia."Saio com um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos companheiros que comigo lutaram e me sustentaram dentro e fora do governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade. O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios, para todos e de todos para cada um."Somente assim seremos dignos deste país e do mundo. Somente assim seremos dignos de nossa herança e da nossa predestinação cristã. Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor. Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria."Brasília, 25 de agosto de 1961.Jânio Quadros"

O VASCO CAMPEÃO NO CARIOCÃO

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O VASCO DEPOIS DE TER VENCIDO O
BOTAFOGO NA 1ª-MÃO ,VENCEU TAM-
BÉM A 2ª, E É CAMPEÃO CARIOCA
DE 2015



O VASCO esperou miito por este momento, e hoje conseguiu com justiça