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quinta-feira, setembro 10, 2015

ACTRIZES PORTUGUESAS - LAURA ALVES

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UMA DAS MAIORES ACTRIZES E
MAIS TARDE EMPRESÁRIA
DO TEATRO PORTUGUÊS FOI
LAURA ALVES.



ALVES, Laura

A actriz Laura Alves Magno nasceu em Lisboa, no dia 8 de Setembro de 1921, onde faleceu a 6 de Maio de 1986.
Estudou até ao quarto ano na Escola Machado de Castro e frequentou o curso de dança do Conservatório Nacional.
Estamos perante uma artista de grande versatilidade, da alta comédia ao teatro de boulevard e à revista, passando pela opereta. O seu talento vencia todas as dificuldades, como a de aprender a dançar em pontas para As Três Valsas, no Teatro Monumental, que inaugurou em 1951. Era também dotada duma certa faceta cómica que facilmente transmitia ao público, não só no teatro como no cinema.
Estreou-se na peça As Duas Garotas de Paris, adaptada por Eduardo Schwalbach, no Teatro Politeama, em 1935, na Companhia de Alves da Cunha.
Casou em 1948 com o empresário Vasco Morgado, o grande amor da sua vida, que passara a ser seu empresário e que por isso, não teve o acompanhamento orientador que o talento requeria.
Há quem diga que Laura Alves nunca mais viria a ser a actriz popular de outras épocas enquanto integrada em grandes companhias nos velhos teatros do Parque Mayer, Avenida ou Apolo, apesar do jovem marido lhe ter proporcionado um teatro construído de raiz, que habitou até 1972 e outro a que foi dado o seu próprio nome, no antigo Cinema Rex, inaugurado em 29 de Dezembro de 1969. O primeiro, o Teatro Monumental, ela própria o viu ruir, em 1983, após a última representação da sátira política Um Zero à Esquerda.
Foi até 1972 primeira figura da Companhia do Teatro Monumental, alcançando grandes êxitos com as peças: Boa Noite Betina, de Pietro Garinei, 1960; Criada para Todo o Serviço; Meu Amor É Traiçoeiro, de Vasco de Mendonça Alves 1962; A Rapariga do Apartamento, de M. Rednick 1963; A Fera Amansada, de W. Shakespeare 1952; A Promessa de Bernardo Santareno 1967; A Flor do Cacto, de Barillet e Grédy 1967; Gata em Telhado de Zinco Quente, de Tennessee Williams 1959; e A Querida Mamã, entre outras.
Em 1962 foi-lhe concedido o Óscar da imprensa para a melhor actriz de teatro ex-aequo com Eunice Muñoz. Recebeu ainda o prémio Lucinda Simões-63, do SNI, pelo seu trabalho na peça A Rapariga do Apartamento.
É no ano de 1948 que se inclina definitivamente para o teatro declamado, com a peça Fanny e os seus criados, de Jerome, tendo passado a fazer comédia e alta comédia. Em 1950 interpreta, no Odeon, uma série de peças em 1 acto, escritas expressamente para ela. Em 1967 divorcia-se de Vasco Morgado.
Participou em vários filmes portugueses, como: O Pai Tirano, de António Lopes Ribeiro, 1941; O Pátio das Cantigas, de Francisco Ribeiro, 1942; O Leão da Estrela, de Artur Duarte, 1947 e Perdeu-se um Marido, de Henrique Campos, 1956.
Participou ainda em muitas outras produções, designadamente: Lisboa 1900, opereta, 1941; A Formiga, de A. Torrado, 1942; O Senhor da Pedra, revista 1942, Margarida Vai à Fonte, revista, 1943.
No Teatro Apolo: O Zé do Telhado, opereta, 1944; Casei com Um Anjo, de J. Vaszary, 1948; Enquanto Houver Santo António, revista, 1950; Lisboa Nova, revista, 1952; A Sereia do Mar e da Terra, 1952; Viva o Luxo! revista, 1953; Ele Não Gostava do Patrão, 1953; A Menina Feia e Perdeu-se um Marido, 1954; A Rainha do Ferro Velho, 1958.
Laura Alves tinha alguns sonhos, talvez o mais significativo fosse interpretar My Fair Lady. Infelizmente a doença não se compadeceu e Laura Alves bem merecia tê-los realizado.


A

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