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quinta-feira, dezembro 29, 2005

PAULISTÃO 2006

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VÃO COMEÇAR OS ESTADUAIS A 11 DE JANEIRO
O NOSSO BLOG VAI ACOMPANHAR OS DO RIO,
SÃO PAULO E MINAS GERAIS.
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hoje vamos falar do PPaulistão.
EIS OS JOGOS DA 1ª.RODADA
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PAULISTÃO
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Hora 1ª Rodada Local
11 de janeiro de 2006 - quarta-feira
15h30 Noroeste x Corinthians Bauru
20h30 São Caetano x Rio Branco São Caetano do Sul
20h30 Ponte Preta x Marília Campinas
20h30 Paulista x Santo André Jundiaí
20h30 Portuguesa Santista x Guarani Santos
20h30 Portuguesa x Bragantino São Paulo
20h30 Mogi Mirim x América Mogi Mirim
12 de janeiro de 2006 - quinta-feira
20h30 Palmeiras x Ituano São Paulo
20h30 São Bento x Santos Sorocaba
25 de janeiro de 2006 - quarta-feira
17h00 São Paulo x Juventus São Paulo

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. . . . . .CAMPEONATO PAULISTA


O futebol começou a se desenvolver na cidade de São Paulo no final do século XIX. Campeonatos começaram a ser disputados por equipes formadas apenas por jogadores de elite. No entanto, com o crescimento do número de clubes, foi criada, no dia 14 de dezembro de 1901, a Liga Paulista de Foot-Ball (LPF), que teve cinco fundadores: SPAC, Internacional, Mackenzie, Germânia e Paulistano.

Onze anos depois a LPF começou a sofrer concorrência. Nesta temporada, houve uma divisão entre os dirigentes. Alguns defendiam a popularização do futebol, quanto outros queriam a manutenção de seu status. Outro motivo de discordância foi o estádio que seria utilizado nas partidas da liga. A LPF preferia mandar os jogos no Parque Antártica, enquanto o Paulistano optava pelo Velódromo.

Com isso, o Paulistano se une ao A.A. das Palmeiras e cria a Associação Paulista de Sports Atléticos, que ganharia força nos anos seguintes e, em 1917, com o desaparecimento da LPF, muda de nome para Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). A entidade consegue reunir pela primeira vez o trio-de-ferro da época formado por Paulistano, Palestra Itália e Corinthians.

De 1917 a 1925, o futebol, se consolida em São Paulo e começa a definir sua característica atual. Entretanto, em 1926, começam a surgir debates sobre a profissionalização do esporte e, novamente o Paulistano, deixa a APEA e cria uma nova entidade, a Liga dos Amadores de Futebol (LAF), que seria a grande rival da APEA nos quatro campeonatos seguintes.

Nesse período, o futebol cresce muito com a briga das duas ligas. Alguns clubes do interior, casos de Guarani, Comercial de Ribeirão Preto, Ponte Preta e Paulista de Jundiaí, entre outras, são convidadas a disputar as competições. Entretanto, no começo da década de 30, o futebol elitista e amador já não existia mais, e a LAF acaba fechando suas portas para o Paulistano, que jamais voltaria a ser um clube de futebol.

Em 1933, acontece a profissionalização do futebol em São Paulo, e um ano depois, em meio a uma disputa entre a CBD e a FBF (Federação Brasileira de Futebol), Palestra Itália e Corinthians, apoiados pelos cariocas Vasco da Gama e Botafogo, fundam a Liga Bandeirante de Futebol. No dia 11 de fevereiro de 1935, este nome é mudado para Liga Paulista de Futebol, depois para Liga de Futebol Paulista e, finalmente, em 1937, Liga de Futebol do Estado de São Paulo.

Sem força nenhuma, a APEA desaparece em 1938, e o mesmo acontece com a FBF. Com isso, a LFP passa a ser a única entidade oficial de futebol no estado. Em 22 de abril de 1941, esta muda seu nome para Federação Paulista de Futebol (FPF), nome que seria mantido até hoje. A FPF teve como fundadores Palestra Itália (Palmeiras), Corinthians, São Paulo, Santos, Portuguesa, Juventus, Espanha (Jabaquara), Comercial/SP, Portuguesa Santista, Ypiranga e SPR (Nacional

CAMPEONATO PAULISTATodos os campeões paulistas


Ano Campeão Vice
Liga Paulista de Futebol (LPF)
1902 São Paulo Athletic Paulistano
1903 São Paulo Athletic Paulistano
1904 São Paulo Athletic Paulistano
1905 Paulistano Germânia
1906 Germânia S.C. Internacional
1907 S.C. Internacional Americano e Paulistano
1908 Paulistano Germânia
1909 A.A. das Palmeiras Paulistano
1910 A.A. das Palmeiras Americano
1911 São Paulo Athletic Americano
1912 Americano Paulistano
1913 Paulistano Ypiranga
1914 Corinthians Campos Elísios

1915 Germânia Campos Elísios
1916 Corinthians União Lapa
1935 Santos Palestra Itália
1936 Palestra Itália Corinthians
1937 Corinthians Palestra Itália
Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA)
1913 Paulistano Mackenzie
1914 São Bento - SP Paulistano
1915 A.A. das Palmeiras Mackenzie
1916 Paulistano São Bento SP
1917 Paulistano Palestra Itália
1918 Paulistano Corinthians
1919 Paulistano Palestra Itália
1920 Palestra Itália Paulistano
1921 Paulistano Palestra Itália e Corinthians
1922 Corinthians Palestra Itália
1923 Corinthians Palestra Itália
1924 Corinthians Paulistano
1925 São Bento - SP Corinthians e Paulistano
1926 Palestra Itália Auto
1927 Palestra Itália Santos
1928 Corinthians Santos
1929 Corinthians Santos
1930 Corinthians São Paulo da Floresta
1931 São Paulo da Floresta Palestra Itália e Santos
1932 Palestra Itália São Paulo da Floresta
1933 Palestra Itália São Paulo da Floresta
1934 Palestra Itália São Paulo da Floresta
1935 Portuguesa Ypiranga
1936 Portuguesa Ypiranga
Liga de Amadores de Futebol (LAF)
1926 Paulistano Germânia
1927 Paulistano Espanha
1928 S.C. Internacional Paulistano
1929 Paulistano Internacional
Liga de Futebol do Estado de São Paulo (LFESP)
1938 Corinthians São Paulo
1939 Corinthians Palestra Itália
1940 Palestra Itália Portuguesa
Federação Paulista de Futebol (FPF)
1941 Corinthians São Paulo
1942 Palmeiras Corinthians
1943 São Paulo Corinthians
1944 Palmeiras São Paulo
1945 São Paulo Corinthians
1946 São Paulo Corinthians
1947 Palmeiras Corinthians
1948 São Paulo Santos
1949 São Paulo Palmeiras
1950 Palmeiras São Paulo e Santos
1951 Corinthians Palmeiras
1952 Corinthians São Paulo
1953 São Paulo Palmeiras
1954 Corinthians Palmeiras
1955 Santos Corinthians
1956 Santos São Paulo
1957 São Paulo Santos
1958 Santos São Paulo
1959 Palmeiras Santos
1960 Santos Portuguesa
1961 Santos Palmeiras
1962 Santos Corinthians e São Paulo
1963 Palmeiras São Paulo
1964 Santos Palmeiras
1965 Santos Palmeiras
1966 Palmeiras Corinthians
1967 Santos São Paulo
1968 Santos Corinthians
1969 Santos Palmeiras
1970 São Paulo Palmeiras e Ponte Preta
1971 São Paulo Palmeiras
1972 Palmeiras São Paulo
1973 Santos e Portuguesa Palmeiras
1974 Palmeiras Corinthians
1975 São Paulo Portuguesa
1976 Palmeiras XV de Piracicaba
1977 Corinthians Ponte Preta
1978 Santos São Paulo
1979 Corinthians Ponte Preta
1980 São Paulo Santos
1981 São Paulo Ponte Preta
1982 Corinthians São Paulo
1983 Corinthians São Paulo
1984 Santos Corinthians
1985 São Paulo Portuguesa
1986 Internacional de Limeira Palmeiras
1987 São Paulo Corinthians
1988 Corinthians Guarani
1989 São Paulo São José
1990 Bragantino Novorizontino
1991 São Paulo Corinthians
1992 São Paulo Palmeiras
1993 Palmeiras Corinthians
1994 Palmeiras São Paulo e Corinthians
1995 Corinthians Palmeiras
1996 Palmeiras São Paulo
1997 Corinthians São Paulo
1998 São Paulo Corinthians
1999 Corinthians Palmeiras
2000 São Paulo Santos
2001 Corinthians Botafogo-RP
2002* Ituano União São João
2003 Corinthians São Paulo
2004 São Caetano Paulista
2005 São Paulo Disputa em andamento
Maiores vencedores
Equipe Títulos
Corinthians 25
Palmeiras 21
São Paulo 21*
Santos 15
Paulistano 11
São Paulo Atlhetic 4
A.A. Palmeiras e Portuguesa 3
Germânia, S.C. Internacional, São Bento - SP e Americano 2
Internacional de Limeira, Bragantino, Ituano e São Caetano 1

A Federação Paulista de Futebol contabiliza o título conquistado em 1931 pelo São Paulo da Floresta ao São Paulo. Seguimos a contagem oficial.



ARTILHEIROS DE TODOS OS PAULISTÕES

Ano Jogador Gols
1902 Charles Miller (São Paulo Athletic) 10
1903 Álvaro (Paulistano) e Boyes (São Paulo Athletic) 4
1904 Charles Miller e Boyes (São Paulo Athletic) 9
1905 Herman Friese (Germânia) 14
1906 Leo (Inter), Friese e Fuller (Germânia) 6
1907 Leo (Inter), Friese e Fuller (Germânia) 6
1908 Peres (Paulistano) e Leo (Inter) 7
1909 Bibi (Paulistano) 9
1910 Boyes (S. Paulo Athletic) e Rubens Salles (Paulistano) 10
1911 Décio (Americano) 9
1912 Friedenreich (Mackenzie) 16
1913 Décio (Americano) 7
1914 Neco (Corinthians) 12
1914 Friedenreich (Ypiranga) 12
1915 Fachini (Campos Elísios) 17
1915 Nazareth (A.A. Palmeiras) 13
1916 Aparício (Corinthians) 7
1916 Mariano (Paulistano) 16
1917 Friedenreich (Ypiranga) 20
1918 Friedenreich (Paulistano) 23
1919 Friedenreich (Paulistano) 26
1920 Neco (Corinthians) 24
1921 Friedenreich (Paulistano) 33
1922 Gambarotta (Corinthians) 19
1923 Feitiço (São Bento) 18
1924 Feitiço (São Bento) 14
1925 Feitiço (São Bento) 10
1926 Heitor (Palestra Itália) 13
1926 Filó (Paulistano) 16
1927 Araken Patuska (Santos) 31
1927 Friedenreich (Paulistano) 13
1928 Heitor (Palestra Itália) 16
1928 Friedenreich (Paulistano) 29
1929 Feitiço (Santos) 12
1929 Friedenreich (Paulistano) 16
1930 Feitiço (Santos) 37
1931 Feitiço (Santos) 39
1932 Romeu (Palestra Itália) 18
1933 Waldemar de Brito (São Paulo da Floresta) 21
1934 Romeu (Palestra Itália) 18
1935 Teleco (Corinthians) 9
1935 Figueiredo (Ypiranga) 10
1936 Teleco (Corinthians) 10
1936 Carioca (Portuguesa) 19
1937 Teleco (Corinthians) 15
1938 Elyseo (São Paulo) 12
1939 Teleco (Corinthians) 32
1940 Peixe (Ypiranga) 21
1941 Teleco (Corinthians) 26
1942 Milani (Corinthians) 24
1943 Milani (Corinthians) 20
1944 Luisinho (São Paulo) 22
1945 Passarinho (São Paulo Railway) e Servílio (Corinthians) 17
1946 Servílio (Corinthians) 17
1947 Servílio (Corinthians) 20
1948 Cilas (Ypiranga) 19
1949 Friaça (São Paulo) 24
1950 Pinga (Portuguesa) 22
1951 Carbone (Corinthians) 30
1952 Baltazar (Corinthians) 27
1953 Humberto Tozzi (Palmeiras) 22
1954 Humberto Tozzi (Palmeiras) 36
1955 Del Vecchio (Santos) 23
1956 Zezinho (São Paulo) 18
1957 Pelé (Santos) 17
1958 Pelé (Santos) 58
1959 Pelé (Santos) 45
1960 Pelé (Santos) 33
1961 Pelé (Santos) 47
1962 Pelé (Santos) 37
1963 Pelé (Santos) 22
1964 Pelé (Santos) 34
1965 Pelé (Santos) 49
1966 Toninho (Santos) 27
1967 Flávio (Corinthians) 21
1968 Téia (Ferroviária) 20
1969 Pelé (Santos) 26
1970 Toninho (São Paulo) 13
1971 César (Palmeiras) 18
1972 Toninho (São Paulo) 17
1973 Pelé (Santos) 11
1974 Geraldo (Botafogo) 23
1975 Serginho (São Paulo) 22
1976 Sócrates (Botafogo) 14
1977 Serginho (São Paulo) 22
1978 Juary (Santos) 29
1979 Luis Fernando (América) 21
1980 Edmar (Taubaté) 17
1981 Jorge Mendonça (Guarani) 38
1982 Casagrande (Corinthians) 28
1983 Serginho (Santos) 22
1984 Serginho (Santos) e Chiquinho (Botafogo) 16
1985 Careca (São Paulo) 23
1986 Kika (Inter de Limeira) 23
1987 Edmar (Corinthians) 19
1988 Evair (Guarani) 16
1989 Toni (São José) e Toninho (Portuguesa) 13
1990 Volnei (Ferroviária) e Alberto (Ituano) 12
1991 Raí (São Paulo) 20
1992 Válber (Mogi Mirim) 17
1993 Viola (Corinthians) 20
1994 Evair (Palmeiras) 23
1995 Paulinho (Portuguesa) e Bentinho (São Paulo) 20
1996 Giovanni (Santos) 24
1997 Dodô (São Paulo) 18
1998 França (São Paulo) 12
1999 Alex (Mogi Mirim) 12
2000 França (São Paulo) 18
2001 Washington (Ponte Preta) 16
2002 Alex Alves (Juventus) 17
2003 Luís Fabiano (São Paulo) 8
2004 Vágner Love (Palmeiras) 12
2005 Finazzi (América

quarta-feira, dezembro 28, 2005

AUTORES DE LÍNGUA PORTUGUESA - FERNANDO SABINO

..
Prosseguindo na divulgação de autores de língua
portuguesa, o nosso blog apresenta hoje o
FERNANDO SABINO
.

Fernando Tavares Sabino, filho do procurador de partes e representante comercial Domingos Sabino, e de D. Odete Tavares Sabino, nasceu a 12 de outubro de 1923, Dia da Criança, em Belo Horizonte.
Em 1930, após aprender a ler com a mãe, ingressa no curso primário do Grupo Escolar Afonso Pena, tendo como colega Hélio Pellegrino, que já era seu amigo dos tempos do Jardim da Infância. Torna-se leitor compulsivo, de tal forma que mais de uma vez chega em casa com um galo na testa, por haver dado com a cabeça num poste ao caminhar de livro aberto diante dos olhos. Desde cedo revela sua inclinação para a música, ouvindo atentamente sua irmã e o pai ao piano

Com 12 anos incompletos, em 1935, torna-se locutor do programa infantil "Gurilândia" da Rádio Guarani de Belo Horizonte. Freqüenta o Curso de Admissão de D. Benvinda de Carvalho Azevedo, no qual adquire conhecimentos de gramática que lhe serão muito úteis no futuro em sua profissão.

Ingressa no curso secundário do Ginásio Mineiro, onde demonstra grande interesse pelo estudo de Português. Suas primeiras tentativas literárias sofrem influências dos livros de aventuras que vive lendo, principalmente Winnetou, de Karl May, e dos romances policiais de Edgar Wallace, Sax Rohmer e Conan Doyle, entre outros. Nessa época, por iniciativa do irmão Gerson, tem seu primeiro conto policial estampado na revista "Argus", órgão da Secretaria de Segurança de Minas Gerais. Passada a primeira emoção vem o desapontamento: o nome do autor, na revista, consta como sendo Fernando Tavares "Sobrinho".

Em 1938, ajuda a fundar um jornalzinho chamado "A Inúbia" (mesmo sem saber exatamente o que isso vem significar) no Ginásio Mineiro. Ao final do curso, embora desatento, "levado" e irrequieto, conquista a medalha de ouro como o primeiro aluno da turma. Começa a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos nas revistas "Alterosas" e "Belo Horizonte". Participa de concursos de crônicas sobre rádio e de contos, obtendo seguidos prêmios.

Nadador, em 1939, bate vários recordes em sua especialidade: o nado de costas. Compete e ganha inúmeras medalhas em campeonatos nas cidades de Uberlândia, São Paulo e Rio de Janeiro. Participa da Maratona Nacional de Português e Gramática Histórica, empatando com Hélio Pellegrino no segundo lugar em Minas Gerais e em todo o Brasil. Viajam juntos ao Rio para receber em sessão solene o prêmio das mãos do mineiro Gustavo Capanema, então Ministro da Educação.

Aprende taquigrafia, em 1940, para escrever mais depressa. Começa a ler, com grande obstinação, os clássicos portugueses a partir dos quinhentistas Gil Vicente e João de Barros, entre outros, até os romancistas como Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Camilo Castelo Branco. Antes de chegar a Eça de Queiroz e a Machado de Assis, aos 17 anos, está decidido a ser gramático. Escreve um artigo de crítica sobre o dicionário de Laudelino Freire, que tem o orgulho de ver estampado no jornal de letras "Mensagem", graças ao diretor Guilhermino César, escritor mineiro que se torna amigo de Fernando Sabino e seu grande incentivador. João Etienne Filho, secretário de "O Diário", órgão católico, é outro a estimulá-lo no início de sua carreira. Nele publica artigos literários, juntamente com Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino, formando com eles um grupo de amigos para sempre.

No período de 1941 a 1944 presta serviço militar na Arma de Cavalaria do CPOR. Inicia o curso superior na Faculdade de Direito. Convive com escritores e, por indicação de seu amigo Murilo Rubião, ingressa no jornalismo como redator da "Folha de Minas". Orientado por Marques Rebelo, reúne seus primeiros contos no livro "Os Grilos não Cantam Mais", publicado no Rio de Janeiro à sua própria custa. Bem recebido pela crítica, lhe vale principalmente pela carta recebida de Mário de Andrade, a partir da qual inicia com ele uma correspondência das mais preciosas para a sua carreira de escritor. (veja em Lições do Mestre). Colabora no jornal literário do Rio "Dom Casmurro", revista "Vamos Ler" e "Anuário Brasileiro de Literatura".

Em 1942, é admitido como funcionário da Secretaria de Finanças de Minas Gerais e dá aulas, nas horas vagas, de Português no Instituto Padre Machado. Conhece pessoalmente o poeta Carlos Drummond de Andrade, dele se tornando amigo através de correspondência e, mais tarde, no Rio, de convivência.

No ano seguinte é nomeado oficial de gabinete do secretário de Agricultura. Faz estágio de três meses como aspirante no Quartel de Cavalaria de Juiz de Fora, período que serviria de inspiração para hilariantes episódios no livro "O Grande Mentecapto". Inicia uma colaboração regular para o jornal "Correio da Manhã", do Rio e conhece seu futuro amigo Vinicius de Moraes. Prepara sua mudança para o Rio de Janeiro. Publica o ensaio "Eça de Queiroz em face do cristianismo" na revista "Clima", de São Paulo (SP).

Integra, em 1944, a equipe mineira na Olimpíada Universitária de São Paulo, como pretexto para conhecer pessoalmente Mário de Andrade. Lêem, em voz alta, os originais da novela "A Marca", que é publicada em seguida pela José Olympio Editora. Muda-se para o Rio, assumindo o cargo de Oficial do Registro de Interdições e tutelas da Justiça do Distrito Federal. Convive com Rubem Braga, Vinicius de Moraes, Carlos Lacerda, Di Cavalcanti, Moacyr Werneck de Castro, Manuel Bandeira e Augusto Frederico Schmidt, entre outros.

Participa da delegação mineira no Congresso Brasileiro de Escritores em São Paulo, no ano de 1945, onde, durante a sessão plenária de encerramento, em desafio à polícia ali presente, sugere ao publico que seja lida a Moção de Princípios proclamada pelo Congresso, exigindo do ditador Getúlio Vargas a abolição da censura e a restauração do regime democrático no Brasil, com convocação de eleições diretas. Conhece Clarice Lispector, dando início a uma intensa amizade.

No ano seguinte forma-se em Direito e licencia-se do cargo que exerce na Justiça, embarcando com Vinícius de Moraes para os Estados Unidos. Passa a residir em Nova York, trabalhando no Escritório Comercial do Brasil e, posteriormente, no Consulado Brasileiro. Começa a escrever o romance "O Grande Mentecapto", que só viria retomar 33 anos depois. Colabora com o jornal "Diário de Notícias", do Rio.

Em 1947, envia crônicas de Nova York para serem publicadas aos domingos nos jornais "Diário Carioca" e "O Jornal", do Rio, que são transcritas por diversos jornais do resto do país. Começa a escrever "Ponto de Partida" (romance), e outro, "Movimentos Simulados", os quais não chega a concluir mas que serão aproveitados em "Encontro Marcado". Realiza uma série de entrevistas com Salvador Dali e faz reportagem sobre Lazar Segal.

Volta ao Brasil em 1948, a bordo de um navio cargueiro que se incendeia em meio a uma tempestade, a caminho de Bermudas. No Rio, é transferido para o cargo de escrivão da Vara de Órfãos e Sucessões. Crônica semanal no Suplemento Literário de "O Jornal".

Em 1949, escreve crônicas e artigos para diversos jornais brasileiros. Em 1950, reúne várias delas sobre sua experiência americana no livro "A Cidade Vazia".

Publicação em tiragem limitada do livro "A Vida Real", em 1952, composto de novelas sob a inspiração de "emoções vividas durante o sono". Escreve, sob o pseudônimo de Pedro Garcia de Toledo, diariamente, "O Destino de Cada Um", nota policial no jornal "Diário Carioca". Escreve crônicas com o título geral "Aventuras do Cotidiano", no "Comício", "semanário independente" fundado e dirigido por Joel Silveira, Rafael Correia de Oliveira e Rubem Braga. Colaboração com a revista "Manchete" a partir do primeiro número, que se prolongará por 15 anos, a princípio sob o título "Damas e Cavalheiros", posteriormente "Sala de Espera" e "Aventuras do Cotidiano".

Em 1954 faz campanha política no Recife e em Fortaleza, a convite de Carlos Lacerda. Lança tradução do dicionário de Gustave Falubert. Viaja pelo sul do Brasil em companhia de Millôr Fernandes. Em companhia de Otto Lara Resende, então diretor da "Manchete", antecipa em entrevista pessoal e exclusiva o lançamento da candidatura do General Juarez Távora à Presidência da República.

Juscelino Kubitscheck, governador de Minas Gerais, também candidato à Presidência, o convida para jantar no Palácio Mangabeiras, em 1955. Decepcionado com a conversa, assume no "Diário Carioca" a cobertura da agitada campanha de Juarez Távora. Viaja por todo o país — mais de 150 cidades — em companhia do mineiro Milton Campos, candidato a vice.

Em 1956, publica o romance "O Encontro Marcado", um grande sucesso de crítica e de público, com uma média de duas edições anuais no Brasil e várias no exterior, além de adaptações teatrais no Rio e em São Paulo.

É exonerado, a pedido, em 1957, do cargo de escrivão, passando a viver exclusivamente de sua produção intelectual como escritor e jornalista. Passa a escrever crônica diária para o "Jornal do Brasil" e mensal para a revista "Senhor".

O relato da viagem à Europa, feita pela primeira vez por Fernando Sabino em 1959 está no livro "De Cabeça para Baixo". Comparece ao lançamento de "O Encontro Marcado" em Lisboa, Portugal. Visita vários países, remetendo crônicas diárias para o "Jornal do Brasil", semanais para "Manchete" e mensais para a revista "Senhor", perfazendo um total de 96 crônicas em 90 dias de viagem.

Até o ano de 1964, depois de sua volta ao Rio, dedica-se à produção de dezenas de roteiros e textos de filmes documentários para diversas empresas.

Em 1960 faz viagem a Cuba, como correspondente do "Jornal do Brasil", na comitiva de Jânio Quadros, eleito Presidente da República e ainda não empossado. Faz reportagem sobre a revolução cubana, "A Revolução dos Jovens Iluminados", constante do livro com que inaugura a Editora do Autor, fundada por ele em sociedade com Rubem Braga e Walter Acosta, ocasião em que também são lançados "Furacão sobre Cuba", de Jean-Paul Sartre (presente ao acontecimento com sua mulher Simone de Beauvoir); "Ai de ti, Copacabana", de Rubem Braga; "O Cego de Ipanema", de Paulo Mendes Campos e "Antologia Poética", de Manuel Bandeira. Fernando Sabino lança o livro "O Homem Nu" pela nova editora.

Em 1962 publica "A Mulher do Vizinho", que recebe o Prêmio Cinaglia do Pen Club do Brasil. Seu livro "O Encontro Marcado" é publicado na Alemanha. Escreve o argumento, roteiro e diálogos do filme dirigido por Roberto Santos "O Homem Nu", tendo Paulo José no papel principal. Posteriormente, a história é novamente filmada, com o ator Cláudio Marzo no papel principal.

No programa "Quadrante", da Rádio Ministério da Educação, em 1963, Paulo Autran lia crônicas semanais de Sabino e de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Dinah Silveira de Queiroz, Cecília Meireles, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga. Uma seleção dessas crônicas foi publicada pela Editora do Autor em dois volumes:"Quadrante 1" e "Quadrante 2". Como os demais colaboradores de órgãos oficiais, é automaticamente efetivado no cargo de redator do Serviço Público, da Biblioteca Nacional e mais tarde da Agência Nacional, cabendo-lhe a elaboração de textos para filmes de curta metragem. Seu livro "O Encontro Marcado" é editado na Espanha e na Holanda.

É contratado, em 1964, durante o governo João Goulart, para exercer as funções de Adido Cultural junto à Embaixada do Brasil em Londres. Continua mandando seus relatos para o "Jornal do Brasil", "Manchete" e revista "Cláudia". Faz a leitura semanal de uma crônica na BBC de Londres em programa especial para o Brasil.

Em 1965 fica a seu encargo de compor a delegação britânica que participará no Festival Internacional de Cinema no Rio de Janeiro. Comparecem os diretores Alexander Mackendrick, Fritz Lang e Roman Polanski. Representa o Brasil no Festival Internacional de Cinema, em Edimburgo, na Escócia, e no Congresso Internacional de Literatura do Pen club em Bled, na Iugoslávia, onde reencontra Pablo Neruda.

Faz a cobertura, em 1966, da Copa do Mundo de Futebol para o "Jornal do Brasil". Desfaz a sociedade na Editora do Autor e, com Rubem Braga, funda a Editora Sabiá.

A Sabiá inicia sua carreira de grande sucesso, em 1967, lançando — além dos de seus proprietários — livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Augusto Frederico Schmidt, Jorge de Lima, Cecília Meireles, Dante Milano, Rachel de Queiroz, João Cabral de Melo Neto, Autran Dourado, Dalton Trevisan, Clarice Lispector, Murilo Mendes, Stanislaw Ponte Preta — e a série "Antologia Poética" dos maiores poetas contemporâneos, não só brasileiros como, também, dos sul-americanos Pablo Neruda e Jorge Luiz Borges. Edita romances de grande sucesso internacional como "Boquinhas Pintadas", de Manuel Puig, "O Belo Antônio", de Vitaliano Brancati, "A Casa Verde", de Mario Vargas Llosa, e toda a obra do Prêmio Nobel Gabriel García Márquez, a partir do famoso "Cem Anos de Solidão". Seu livro "O Encontro Marcado" é lançado na Inglaterra. Publica o artigo "Minas e as Cidades do Ouro" pela revista "Quatro Rodas".

No anos seguinte "O Encontro Marcado" é lançado na Inglaterra em pocket-book. No dia 13 de dezembro a Editora Sabiá programou uma festa no Museu de Arte Moderna, no Rio, com o lançamento de vários livros, entre os quais: "Revolução dentro da Paz", de Dom Hélder Câmara; "Roda Viva", de Chico Buarque de Holanda; "O Cristo do Povo", de Márcio Moreira Alves e, fechando com chave de ouro, "Nossa luta em Sierra Maestra", de Che Guevara. Nesse dia é editado o Ato Institucional que oficializa a ditadura militar e, como não poderia deixar de ser, a festa não se realiza.

Sabino segue para Lisboa, Roma, Paris, Berlim, Londres e Nova York, em 1969, como enviado especial do "Jornal do Brasil", para uma série de reportagens sobre "O que está acontecendo nas maiores cidades do mundo ocidental". Publica, pela Sabiá, um livro de literatura infantil: "Evangelho das Crianças", escrito com a colaboração de Marco Aurélio Matos.

A convite do governo alemão, em 1971, volta à Europa. Realiza reportagem sob o título "Ballet de Márcia Haydée em Stutgart" para a revista "Manchete". De volta ao Brasil realiza um super-8 curta-metragem sobre Rubem Braga, "O Dia de Braga", exibido pela TV Globo e que lhe servirá de modelo para os futuros documentários em 35 mm sobre escritores brasileiros.

Em 1972, vende a Sabiá para a José Olympio. Viaja para Los Angeles, onde produz e dirige com David Neves, para a TV Globo, uma série de 08 mini-documentários sobre Hollywood, "Crônicas ao Vivo". Entrevista Alfred Hitchcock e Broderick Crawford. Escreve três reportagens para a "Realidade".

Com David Neves, no ano seguinte, funda a Bem-Te-Vi Filmes Ltda. Filma "A Ponte da Amizade", documentário rodado em Assunção - Paraguai, para o Departamento Comercial do Itamaraty, registrando a participação do Brasil na Feira Internacional de Indústria e Comércio. Realiza uma série de documentários cinematográficos "Literatura Nacional Contemporânea", sobre dez escritores brasileiros: Érico Veríssimo, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira, Jorge Amado, João Guimarães Rosa, Pedro Nava, José Américo de Almeida e Afonso Arinos de Melo Franco.

Em 1974, viaja a Buenos Aires, de onde escreve crônicas para o "Jornal do Brasil". Em 1975, vai ao Oriente Médio, com David Neves e Mair Tavares, onde produz e dirige o filme "Num Mercado Persa", documentário sobre a participação do Brasil na Feira Internacional de Indústria e Comércio, em Teerã. Publica "Gente I" e "Gente II", com crônicas, reminiscências e entrevistas de personalidades de destaques nas letras, nas artes, na música e no esporte.

1976, entre viagens a Buenos Aires, cidade do México, Los Angeles, marca o lançamento do livro "Deixa o Alfredo Falar!". Participa da Feira do Livro de Buenos Aires. Após 16 anos de colaboração, deixa o "Jornal do Brasil".

Inicia, em 1977, a publicação de crônica semanal sob o título de "Dito e Feito" no jornal "O Globo". Sua colaboração se prolongará por 12 anos sem qualquer interrupção e era reproduzida no "Diário de Lisboa" e em oitenta jornais no Brasil. Viagem a Manaus, da qual resulta no livro "Encontro das Águas". Com Carlos Drummond de Andrade, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga, integra a série "Para Gostar de Ler".

Vai à Argélia, em 1978, realizar filme sobre Argel e a participação brasileira na Feira Internacional de Indústria e Comércio, intitulado "Sob Duas Bandeiras". Como em todas as viagens que realiza ao exterior, envia crônicas para o jornal "O Globo".

Em 1979, retoma e acaba em dezoito dias de trabalho ininterrupto o romance "O Grande Mentecapto", que havia iniciado há 33 anos, um sucesso literário. O livro servirá de argumento para o filme com o mesmo nome, dirigido por Oswaldo Caldeira e com Diogo Vilela no papel principal. É adaptado para o teatro em Minas e São Paulo.

Publica "A Falta Que Ela Me Faz". Recebe o Prêmio Jabuti pelo romance "O Grande Mentecapto". Filma a participação do Brasil na Feira Internacional de Indústria e Comércio em Hannover, em 1980.

Recebe o Prêmio Golfinho de Ouro na categoria de Literatura, concedido pelos Conselhos Estaduais de Educação e Cultura do Rio de Janeiro. Realiza viagens ao Peru e aos Estados Unidos, e dois documentários em vídeo sobre a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em 1981.

Em 1982, lança o romance "O Menino no Espelho", ilustrado por Carlos Scliar, que passa a ser adotado em inúmeros colégios do país. Percorre várias cidades brasileiras, participando do projeto Encontro Marcado, ciclo de palestras de escritores nas universidades provido pela IBM.

Lança o livro "O Gato Sou Eu", em 1983.

Publica os livros "Macacos Me Mordam", conto em edição infantil, com ilustrações de Apon e "A Vitória da Infância", seleção de contos e crônicas sobre crianças, em 1984. Seu livro "O Grande Mentecapto" é lançado em Lisboa.

"A Faca de Dois Gumes" é seu novo livro, em 1985. Uma das novelas é adaptada para o cinema, com o mesmo título, dirigida por Murilo Sales. Escreve uma peça teatral, baseada em "Martini Seco", encenada no Rio de Janeiro. É condecorado com a Ordem do Rio Branco no grau de Grã-Cruz pelo governo brasileiro. Publica, no "New York Times", o artigo "The Gold Cities of Minas Gerais".

Em 1986, realiza inúmeras viagens: Londres, Tókio, Hong-Kong, Macau e Singapura. Escreve "Belo Horizonte de todos os tempos" para o Banco Francês-Brasileiro.

Publica "O Pintor que Pintou o Sete", história infantil, a novela "Martini Seco" em edição para-didática, e três seleções: "As Melhores Histórias", "As Melhores Crônicas" e "Os Melhores Contos", em 1987.

É lançado "O Tabuleiro das Damas", um esboço de autobiografia, em 1988. Escreve suas últimas crônicas para "O Globo", do qual se despede no final do ano.

Em 1989 o filme "O Grande Mentecapto" é premiado no Festival Internacional de Gramado. Novas viagens pelo mundo e o lançamento do livro "De Cabeça Para Baixo", reportagens literárias e jornalísticas sobre as suas viagens pelo mundo de 1959 a 1986.

No ano seguinte esse filme é exibido no Festival Internacional de Cinema em Washington D.C., e recebe um prêmio. Lança o livro "A Volta Por Cima".

Em 1991, lança o livro "Zélia, Uma Paixão", biografia autorizada de Zélia Cardoso de Mello, Ministra da Fazenda no governo Collor, com tratamento literário. Os escândalos em sua vida privada e sua saída do governo foram motivo de grande repercussão entre os brasileiros, criando clima hostil ao escritor. Por ironia do destino, nesse mesmo ano sua novela "O Bom Ladrão", do livro "A Faca de Dois Gumes", é lançada em edição extra como brinde ao dicionário de Celso Luft, com tiragem recorde de 500.000 exemplares.

Viaja ao Chile, em 1992, para preparar a edição de "Zélia, Uma Paixão" em castelhano. Edição paradidática de " O Bom Ladrão".

Lança, em 1993, "Aqui Estamos Todos Nus", uma trilogia de novelas "de ação, fuga e suspense".

No ano seguinte lança o livro "Com a Graça de Deus", "uma leitura fiel do Evangelho inspirada no humor de Jesus".

Em 1995, a Editora Ática relança a seleção, revista e aumentada, de "A Vitória da Infância", com a qual Fernando Sabino reafirma sua determinação ao longo da vida inteira de preservar a criança dentro de si. Ou, como ele mesmo escreveu: "Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino".

O autor faleceu dia 11 de outubro de 2004 na cidade do Rio de Janeiro. A seu pedido, seu epitáfio é o seguinte: "Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino".

BIBLIOGRAFIA:

- Os grilos não cantam mais, contos, Pongetti, 1941

- A marca, novela, José Olympio, 1944

- A cidade vazia, crônicas e histórias de Nova York, O Cruzeiro, 1950

- A vida real, novelas, Editora A Noite, 1952

- Lugares-comuns, dicionário, MEC - Cadernos de Cultura, 1952

- O encontro marcado, romance, Civilização Brasileira, 1956

- O homem nu, contos e crônicas, Editora do Autor, 1960

- A mulher do vizinho, crônicas, Editora do Autor, 1962

- A companheira de viagem, crônicas,Editora do Autor 1965

- A inglesa deslumbrada,crônicas e histórias da Inglaterra e do Brasil, Ed Sabiá/1967

- Gente, crônicas e reminiscências, Record, 1975

- Deixa o Alfredo falar!, crônicas e histórias, Record, 1976

- O encontro das águas, crônica irreverente de uma cidade tropical,Editora Record/1977

- O grande mentecapto, romance, Record, 1979

- A falta que ela me faz, contos e crônicas, Record, 1980

- O menino no espelho, romance, Record, 1982

- O gato sou eu, contos e crônicas, Record, 1983

- Macacos me mordam, conto em edição infantil, Record, 1984

- A vitória da infância, crônicas e histórias, Editora Nacional, 1984

- A faca de dois gumes, novelas, Record, 1985

- O pintor que pintou o sete, história infantil, Berlendis & Vertecchia,1987

- Os melhores contos, seleção, Record, 1987

- As melhores histórias, seleção, Record, 1987

- As melhores crônicas, seleção, Record, 1987

- Martini seco, novela, Ática, 1987

- O tabuleiro das damas, esboço de autobiografia, Record, 1988

- De cabeça para baixo, relato de viagens, Record, 1989

- A volta por cima, crônicas e histórias curtas, Record, 1990

- Zélia, uma paixão, romance-biografia, Record, 1991

- O bom ladrão, novela, Ática, 1992

- Aqui estamos todos nus, novela, Record, 1993

- Os restos mortais, novela, Ática, 1993

- A nudez da verdade, novela, Ática, 1994

- Com a graça de Deus, leitura fiel do Evangelho, Record, 1995

- O outro gume da faca, novela, Ática, 1996

- Obra reunida - 3 volumes, Nova Aguilar, 1996

- Um corpo de mulher, novela, Ática, 1997

- O homem feito, novela, Ática, 1998

- Amor de Capitu, recriação literária, Ática, 1998

- No fim dá certo, crônicas e histórias, Record, 1998

- A Chave do Enigma, crônicas, Record, 1999

- O Galo Músico, crônicas, Record, 1999

- Cara ou Coroa? (júnior), crônicas, Ática, 2000

- Duas Novelas de Amor, novelas, Ática, 2000

- Livro aberto - Páginas soltas ao longo do tempo, crônicas, Record, 2001

- Cartas perto do coração, correspondência com Clarice Lispector, Record, 2001.

- Cartas na mesa, correspondência com Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Hélio Pellegrino, Record, 2002.

- Os caçadores de mentira, história infantil, Rocco, 2003.

- Os movimentos simulados, romance, Record, 2004.

PRÊMIO:

- Em julho de 1999 recebeu da Academia Brasileira de Letras o maior prêmio literário do Brasil, "Machado de Assis", pelo conjunto de sua obra.

O valor do prêmio, R$40.000,00, foi doado pelo autor a instituições destinadas a crianças carentes. O desembargador Alyrio Cavallieri, ex-juiz de menores, revelou que em 1992, todos os direitos recebidos pelo autor do polêmico livro "Zélia, uma paixão" também foram distribuídos a crianças pobres.


Dados obtidos em livros do autor e de "Quadrante II", Editora do Autor, 1968, de "Obra Reunida", Ed. Nova Aguilar - Rio de Janeiro,m e "Fernando Sabino - Perfis do Rio", Relume Dumará, Rio de

terça-feira, dezembro 27, 2005

BRASILEIROS EM PORTUGAL

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BRASILEIRO É FESTA POR ONDE PASSA<, ONDE SE INSTALA. EM PORTUGAL VIERAM DAR MAIS VIDA ,MAIS CÔR.MAIS TERNURA , MAIS PROXIMIDADE ENTRE AS PESSOAS. BENVINDOS.

Durante séculos, os Portugueses foram imigrantes no Brasil. Com quase regular continuidade, ao nível de várias dezenas de milhar anuais, os nossos compatriotas demandaram aquele destino após a sua independência, como colonos agrícolas, mineiros, empregados de comércio, trabalhadores industriais ou ainda como activistas políticos e exilados. Esta permanência continuada só veio a quebrar-se a partir dos anos 60 do presente século, quando as perspectivas de trabalho e de acumulação de poupanças nesse Estado Além-Atlântico foram suplantadas pelas que eram oferecidas pela migração intra-europeia.

Olhando o problema de um ponto de vista recíproco, a presença de Brasileiros em Portugal não tinha tido expressão significativa. A partir da década de 80, porém, a situação inverteu-se, e Portugal assistiu ao crescimento regular do fluxo de emigração brasileira, cujas motivações estão ainda por apurar. Este artigo tem como objectivo uma introdução a esse estudo.

A partir de dados colhidos por investigadores brasileiros em relação a comunidades imigradas, sensivelmente na mesma época, para regiões bem precisas dos E.U.A., poder-se-á inferir que, entre as razões apontadas, avulta a profunda crise económica então vivida no Brasil. Por outro lado, terá jogado em favor do destino português, a identidade linguística e a afinidade cultural entre Portugueses e Brasileiros, bem como a motivação afectiva da existência, real ou mitificada, de uma possível ascendência lusa. Factores mais concretos terão sido também as expectativas e o conhecimento dos benefícios de estatuto conferidos aos cidadãos brasileiros em Portugal. O destino português apresenta ainda outros tipos de vantagens como a reconhecida ausência de movimentos xenófobos entre nós e uma mais fácil inserção em situação de clandestinidade, pois os Brasileiros rapidamente se diluem na sociedade portuguesa.

ROMÁRIO

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ROMARIO AOS 40 ANOS ESTÁ A SER DISPUTADO PELO VASCO E FLUMINENSE.

O grande goleador ainda não decidiu em qual dos 2 clubes cariocas vai jogar o Estadual.
Tendo sido o melhor marcador do Brasileiráo, apesar de não ter jogado muitos jogos e ter já idade de ...treinador ou aposentado, todos o querem.

terça-feira, dezembro 13, 2005

poemas e poetas brasileiros THIAG0 DE MELLO

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Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

:
Thiago de Mello
Santiago do Chile, Abril de 1964
Thiago de Mello nasceu na cidade de Barreirinha, no coração do Amazonas, no dia 30 de Março de 1926. Em Manaus, capital do Estado, fez seus primeiros estudos. Mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ), onde cursou a Faculdade de Medicina até o quarto ano. Acabou optando por deixar os estudos médicos e dedicou-se à poesia. Conhecido internacionalmente por sua luta em prol dos direitos humanos, pela ecologia e pela paz mundial, o autor foi perseguido pela ditadura militar implantada no Brasil em 1964. Foi obrigado a deixar a sua terra, tendo-se exilado no Chile, até a queda de Salvador Allende. Seus trabalhos foram publicados no Chile, Portugal, Uruguai, Estados Unidos da América, Argentina, Alemanha, Cuba, França e outros mais. Traduziu para o português obras de Pablo Neruda, T. S. Elliot, Ernesto Cardenal, César Vallejo, Nicolas Guillén e Eliseo Die

quinta-feira, dezembro 08, 2005

BENFICA-MANCHESTER , na imprensa estrangeira

..
..

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No
(RUSSIA)
Группа D

Вильярреал (VILLAREAL) - Лилль (LILLE) - 1:0 (Гвайре, 67).

Бенфика (BENFICA - МЮ (MANCHESTER) - 2:1 (Джованни, 16. Бету, 34 - Скоулз, 6).


1. ВИЛЬЯРРЕАЛ (villareal)

2. БЕНФИКА (BENFICA)

3. Лилль (LILLE)

4. МЮ (MANCHESTER UNITED)

Группа (GRUPO D) D БЕНФИКА (BENFICA) - МЮ (MANCHESTER) - 2:1 (2:1) Голы: Скоулз, 6 (0:1). Джованни, 16 (1:1). Бету, 34 (2:1). "Бенфика" (Лиссабон): Ким (QUIM), Алсидес (ALCIDES), Луизау (LUISÃO), Андерсон (ANDERSON), Лео (LEO) (Рикарду Роша (RICARDO ROCHA), 90), Нуну Ассиш (NUNO ASSIS)(Жоау Перейра, (JOÃO PEREIRA) 73), Пети (PETIT), Бету (BETO), Нелсон (NELSON), Нуну Гомеш (NUNO GOMES), Джованни (GIOVANI) (Манторраш (MANTORRAS), 80)..... "Манчестер Юнайтед": ван дер Сар, Г. Невилл, Р. Фердинанд, Сильвестр, О'Ши (Ричардсон, 85), Криштиану Роналду (Пак Чжи Сун, 67), Смит, Скоулз, Гиггз (Саа, 61), Руни, ван Нистелрой. Наказания: Бету, 18. Криштиану Роналду, 23. Джованни, 44. Пети, 65. Г. Невилл, 90. Р.Фердинанд, 90+3 (предупреждения). Судья: Вассарас (Греция). 7 декабря. Лиссабон. Стадион "Да Луш". 60 000 зрителей. Переполненный "Да Луш" ждал не игры - битвы. И не только из-за редкой для нынешней Лиги чемпионов турнирной ситуации в группе D, при которой в заключительном туре победитель получал все, а проигравший, наоборот, всего лишался


Na GAZZETTA DELLO SPORTO

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Manchester fuori dall'Europa
I Red Devils, battuti 2-1 dal Benfica, ultimi nel gruppo D ed esclusi anche dalla coppa Uefa. Gli ultime tre posti degli ottavi se li aggiudicano i portoghesi, il Werder Brema e il Villarreal

Beto esulta, il Benfica va agli ottavi. Ap
MILANO, 7 dicembre 2005 - La notizia arriva da Lisbona: il Manchester United va fuori dall'Europa. I Red Devils perdono 2-1 contro il Benfica e chiudono all'ultimo posto nel gruppo D. Un clamoroso tracollo che probabilmente coincide con la fine di un ciclo. E pensare che l'avventura dei britannici al Da Luz inizia bene con il gol di Scholes. Ma prima Geovanni e poi Beto cancellano il club inglese dal calcio che conta, Uefa compresa. A passare, con i portoghesi, è il Villarreal che vince il girone battendo in casa 1-0 il Lilla che può però consolarsi con la coppa Uefa.

. Na GAZETA ESPORTIVA (BRASIL)

Benfica elimina Manchester e avança com Villarreal

Lisboa (Portugal) - Disparado o mais equilibrado da Copa dos Campeões, o grupo D definiu seus dois classificados para a semifinal apenas nesta quarta-feira, na última rodada. O Benfica recebeu o Manchester United, no estádio da Luz, venceu por 2 a 1 e garantiu sua vaga. O Villarreal derrotou o Lille por 1 a 0 e também avançou.
Em Lisboa, o Manchester começou apertando a saída de bola do Benfica e abriu o placar logo aos cinco minutos, quando Neville recebeu na direita e cruzou rasteiro. Scholes apareceu no segundo pau e se enrolou antes de entrar com bola e tudo.

Os donos da casa reagiram rápido e viraram o jogo ainda no primeiro tempo. Aos 15, o ex-cruzeirense Geovanni abriu para Nélson na direita e apareceu no segundo pau para cabecear e empatar. Aos 33, foi a vez de Beto deixar sua marca em chute de fora da área desviado por Scholes.

A etapa final é simples de resumir. Alex Ferguson apostou em Louis Saha e Ji-Sung Park e os Red Devils partiram para cima em busca do empate. Coube ao Benfica se segurar na defesa e tentar decidir o jogo no contra-ataque. A zaga dos anfitriões venceu o duelo e o jogo acabou mesmo em 2 a 1.

No L'EQUIPE (FRANÇA)


. Manchester United, le fiasco

La grosse surprise est donc venue de Lisbonne avec l'élimination de Manchester United. Les Anglais faisaient pourtant office de favori pour la première place en début d'exercice. Battus par Benfica (1-2), ils terminent finalement au quatrième rang, doublés par Lille à la différence particulière. Les Mancuniens avaient ouvert le score par Paul Scoles dès la sixième minute. Une joie et un avantage de courte durée puisque les Portugais ont égalisé dans la foulée par Geovanni (16e). Et le coup de massue est arrivé peu après la demi-heure de jeu par Beto, qui a doublé la mise pour Benfica (34e). Obligé de courir après le score, MU n'est jamais parvenu à revenir dans la partie, pas même après l'entrée en jeu de Louis Saha en seconde période. L'impressionnant trio offensif Van Nistelrooy-Rooney-Saha s'est montré impuissant, au grand désespoir de Sir Alex Ferguson, l'entraîneur écossais. Une page s'est certainement tournée pour le club mancunien mercredi soir à Lisbonne. Des changements devraient intervenir à la fin de la saison.

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Na MARCA (ESPANHA


LOS PORTUGUESES ENTRAN COMO SEGUNDOS
El Benfica se mete en octavos y deja al Manchester fuera de Europa
EFE


El Manchester United quedó hoy eliminado de la Liga de Campeones al perder contra el Benfica (2-1), que remontó un tempranero gol de Paul Scholes y se clasificó como segundo del Grupo D, por detrás del Villarreal.

Cuando había espectadores buscando su asiento, el lateral Neville apareció en la línea de fondo, pasó cómodamente al segundo palo, donde Scholes golpeó en semifallo el balón, que suavemente entró en la portería del Benfica, ante la mirada atónita del guardameta Quim, que comprendía cómo el conjunto inglés se pudo adelantar tan fácilmente.

Tras este despiste, el Benfica se serenó y perdió el respeto al rival y se lanzó al ataque, sabedor de que sólo le valía una victoria, y en el minuto 16 el brasileño Geovanni puso el empate en el marcador, con un gol de plancha a pase desde la banda de su compatriota Nelson.

Tras este movido inicio de partido, los dos equipos bajaron ligeramente el pistón, pues el miedo a cometer otro error defensivo y complicarse la vida era mayor a sus ansias de marcar el segundo. Pero el desequilibrio en el luminoso llegó en el minuto 34, cuando el brasileño Beto disparó desde la frontal con tal fuerza que Van der Sar apenas tuvo tiempo a reaccionar y ver cómo el balón entraba por segunda ocasión en su portería.

El partido podría haber quedado sentenciado en un contraataque del Benfica, en el que Geovanni cayó en el área inglesa cuando se disponía a rematar a puerta, pero el árbitro le ordenó levantarse y que continuase el encuentro. Manchester apenas creó oportunidades, quitando el error de la defensa lusa que significó su primer gol y una gran volea de Scoles, que Quim desvió a saque de esquina cuando se encaminaba al fondo de las mallas.


Van Nistelrooy perdona

Tras el descanso, el conjunto inglés adelantó las líneas y aumentó la presión sobre la salida de la pelota, buscando complicar el fútbol local. El trabajo funcionó y la primera oportunidad llegó en el 57, cuando Van Nistelrooy recibió de espaldas en el área, abrió el balón a la derecha, desde donde Cristiano Ronaldo disparó cruzado, aunque demasiado para que el balón tomase camino de puerta.

El Manchester no tenía mucho tiempo para levantar el partido y el técnico inglés, Alex Ferguson, sacó a un punta más, al delantero francés Saha, para aumentar la presión en ataque. La modificación táctica dio más poderío y dominio del partido a los visitantes, en buena medida porque el Benfica se olvidó de que tenía centrocampistas y hacia rápidas transiciones para intentar sorprender a una exigua defensa inglesa.

Sin embargo, el conjunto lisboeta no tuvo la sangre fría para "matar" al Manchester United en las varias ocasiones de las que dispuso, aunque logró su objetivo: el pase a octavos de la Liga de Campeones.

NO SPORTING LIFE(U.K.)
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RONALD cannot hide his disappointment. (Getty Images)
The 2-1 defeat to Benfica at the Stadium of Light not only turfed the Red Devils out of the Champions League but also ripped away the safety net of a UEFA Cup spot

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"We are disappointed," said Ferguson. "There is no doubt about that.

"We gave away possession far too easily so we only have ourselves to blame in that sense.

"We were desperate to win the match and with that came a sense of anxiety.

"I give my team 10 out of 10 for determination and effort but in the end it was not to be."

United had received the perfect start when Paul Scholes bundled home a sixth-minute opener

But the visitors failed to build on their excellent start and after failing to grab a second goal, saw their lead wiped out by Geovanni's diving header before Beto saw his first-time drive flick off Scholes and fly into the corner.

Try as they might, United lacked the guile to open the hosts' defence a second time and in the end slumped to a miserable defeat.

"I cannot deny Benfica their result," said Ferguson.

"For 15 minutes in the first half they played very well and then they defended well in the second.

"We had a couple of chances to equalise but they were all maybes rather than certainties.

No SKY SPORTS (uk)



.Sir Alex Ferguson admitted he was left both surprised and hugely disappointed by his side's UEFA Champions League elimination in Benfica.

A 2-1 defeat in Lisbon saw United claim not even a Uefa Cup spot, after they finished bottom of Group D, following what was a miserable performance on their travels.

"Tonight we made an easy game very hard," Ferguson told Sky Sports

"When you give the ball away it's criminal. And we lost the game by giving the ball away. It is a low moment but part of your job is to recover from this

Tonight in the first half we've given the game away by giving possession of the ball away. We were in a position at 1-0 looking well.

''We dominated in terms of possession but when you're chasing a game like that desperation comes in and anxiety, which is understandable because they were keen to win."

terça-feira, dezembro 06, 2005

A COLUNA PRESTES

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A TRANCA REFERE HOJE UM DOS FACTOS
MARCANTES DA HISTÓRIA DO BRASIL
NA ÉPOCA DO TENENTISMO ,JÁ EM PLE-
NO PERÍODO REPUBLICANO.
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A Coluna Prestes

LUIS CARLOS PRESTES
INTRODUÇÃO

A "Grande Marcha" de 1925 a 27 foi o ponto culminante de um movimento militar, denominado de Tenentismo. Esse movimento armado visava derrubar as oligarquias que dominavam o país e, posterirormente, desenvolver um conjunto de reformas Institucionais, com o intuito de eliminar os vícios da República Velha.

A ÉPOCA

A organização politica republicana baseava-se na estrutura agrária existente, onde a sociedade rural estava enquadrada política e eleitoralmente pelos mecanismos de mandonismo local, dentro de um sistema marcado pelos currais eleitorais. Dessa maneira, os grupos urbanos estavam marginalizados efetivamente da vida política do país.
Apesar de formado por uma minoria da sociedade, as camadas urbanas conheciam um processo constante de crescimento, que havia se acentuado principalmente com a 1° Guerra Mundial. Militares, funcionários públicos, operários, pequenos proprietários e trabalhadores em geral, formavam uma camada média crescente, com direitos políticos garantidos, mas na prática excluída do poder.
O descontentamento com tal situação processou-se de diversas maneiras, destacando-se o movimento operário e o tenentismo

O TENENTISMO

Cartaz comemorativo da Coluna Prestes

O movimento tenentista reflete ao mesmo tempo a crise da República Velha e seus tradicionais métodos de manipulação do poder, como também as peculiaridades da instituição militar, melhor definida politicamente desde o governo Floriano Peixoto.
Desde o final do século XIX pode-se perceber um movimento no interior do exército promovido pelos militares "florianistas", que consideravam o exército como o verdadeiro responsável pela implantação da República no país. Essa tendência reforçou o sentimento de corpo dos militares que, a partir do governo de Prudente de Morais, passaram a ocupar um lugar secundário na política nacional. Sem poder político efetivo, porém organizados dentro de uma instituição centralizada, parte dos militares enxergava a república se corromper pelos políticos civis, que haviam se apropriado do poder.
Apesar desse sentimento de corpo e a uma certa oposição a política desenvolvida pelos coronéis, não foi o exército como um todo que participou das rebeliões que ocorreram na década de 20. O movimento armado foi organizado principalmente pelos tenentes e contou com a simpatia e a aprticipação de elementos da baixa oficialidade (sargentos, cabos e soldados) enquanto que a cúpula militar se manteve fiel a "ordem".
De uma forma geral considera-se o movimento tenentista como elitizado, na medida em que considera que apenas o exército é capaz de eliminar os vícios da República e dotar o país de uma estrutura política e administrativa moderna. Apesar de terem um padrão de vida igual ao da classe média e em parte refletir o mesmo descontentamento frente ao poder, os tenentes não podem ser considerados como representantes desta camada, primeiro por não pretender organiza-la, segundo por que possuíam um "espírito de corpo", com características bem peculiares, reforçando os intereses intrínsecos desse grupo social

A COLUNA PRESTES



No inicio de abril de 1925, as forças gaúchas comandadas pelo capitão Luís Carlos Prestes se uniam com as tropas que fugiam de São Paulo. Os dois grupos haviam participado das rebeliões do ano anterior, mantiveram focos de resistência e procuravam manter e fortalecer sua organização, para retomar a luta pelo grande ideal: Salvar a Pátria.
Depois de convencer os líderes paulistas da possibilidade da vitória contra o governo e as tropas fiéis a ele, Prestes iniciou a longa marcha afastando-se do país. A coluna atravessou o Paraguai no final de abril e voltou ao país através do Mato Grosso
Do Mato Grosso, passando por Goiás, a coluna dirigiu-se para o Nordeste, atingindo o Estado do Maranhão no mês de novembro de 1925, chegando logo depois a ameaçar diretamente a cidade de Teresina. Na região nordeste os rebeldes percorreram praticamente todos os estados, chegando a ameaçar efetivamente a cidade de Teresina. Em todos os momentos a maior resistência virá das forças arregimentadas pelos coronéis.
As tropas que combateram a Coluna eram bastante diversificadas, mostrando a disposição do governo e dos latifundiários em eliminar esse foco de rebelião. O exército, as policias estaduais, jagunçoa dos coronéis e eventualmente cangaceiros participaram do combate à Coluna Prestes.
"Nos Estados economicamente poderosos (as oligarquias) constituíam forças policiais organizadas como pequenos exércitos; nos Estados economicamente fracos, armaram os próprios exércitos privados dos latifundiários. Sobre esses dois suportes é que assentou o combate aos revolucionários tenentistas, desde que estes empreenderam a arrancada pelo interior, com a Coluna Prestes ."


A grande marcha realizada pela Coluna por vários estados do Brasil não conseguia efetivamente atrair a simpatia da opinião pública; apenas em algumas ocasiões cidades ou grupos de homens apoiaram o movimento e até mesmo passaram a integra-lo. A idéia de que o movimento cresceria em número e em força ao longo da marcha foi se desfazendo durante o trajeto na região nordeste. Num meio físico hostil, ilhada pelo latifúndio, não achou nas massas do interior o apoio necessário e alentador.
Apesar dessa significação profunda que adquiriu a Coluna, de ser ela, na expressão dos revolucionários, a chama que mantinha a Revolução, nunca conseguiu mais que uma sensibilização superficial nas grandes massas para as quais dizia voltar-se. Estas não acorreram ao chamado paternal dos "tenentes", não se colocaram sob sua proteção para, juntos, pôr nos eixos uma República que "nascera bem", mas que se "desvirtuara" em meio ao caminho.

enquadramento cronológico

BRASIL IMPÉRIO.1889
.Destituição de D.Pedro II
Fim do império.

Proclamação da república.

BRASIL REPUBLICA

1889
Instalação do governo provisório da república.

1891
É promulgada a primeira Constituição da República.

DEODORO DA FONSECA é eleito, pelo Congresso Nacional, presidente da república. Em novembro desse ano, renuncia ao cargo e Floriano Peixoto assume o poder.

1892
Manifesto dos Treze Generais, exigindo a convocação de novas eleições presidenciais. Primeira Revolta da Armada.

1893
Explode a Segunda Revolta da Armada, liderada pelo almirante Custódio José de Melo. Tem início a Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul.

1894
Tem início o governo de Prudente de Morais.

Antônio Conselheiro começa a organizar o arraial de Canudos.

1897
O arraial de Canudos é destruído por tropas federais.

1898
Têm início o governo de Campos Salles e a montagem da política dos governadores.

1903
O Acre é incorporado ao Brasil, pelo Tratado de Petrópolis, encerrando-se disputas com a Bolívia.

1904
Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro.

1906
O Convênio de Taubaté propõe soluções para a crise de superprodução do café. Os governos estaduais deveriam comprar e estocar a produção excedente.

1910
Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro.

1912
Início da Guerra do Contestado, movimento messiânico.

1914
Início da Primeira Guerra Mundial, que se prolonga até 1918. Nesse período, o processo industrial brasileiro recebe grande impulso.

1916
Fim da Guerra do Contestado.

1920
Cresce o descontentamento social contra o tradicional sistema oligárquico que dominava o país.

1922
Revolta do Forte de Copacabana (Os 18 do Forte), sendo a primeira revolta do movimento tenentista. Desenvolve-se em São Paulo a Semana de Arte Moderna.

1924
Eclode em São Paulo outra revolta tenentista contra o governo federal. Tem início a Coluna Prestes.


1929
O mundo ocidental é abalado por uma grave crise econômica, refletida no Brasil pela violenta queda dos preços do café.

Formação da Aliança Liberal (Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba).

1930
Estoura no Rio Grande do Sul a Revolução de 1930, que forçou a deposição de Washington Luís, dando um fim à República Velha.

Instala-se o governo revolucionário de Getúlio Vargas.

BRASILEIRÃO - 42ª. e última rodada

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O CORINTHIANS É CAMPEÃO!!!! ACABOU O CAMPEONATO
MAIS LONGO DE TODOS OS CAMPEONATS NACIONAIS.
O CORINTHIANS DE ROGER E CARLOS ALBERTO APESAR
DE PER DER O ULTIMO JOGO PARA O GOIÁS (A SENSAÇÃO
DO BRASILEIRÃO) APROVEITOU A DERROTA DO INTER DE
PORTO ALEGRE E SAGROU-SE TETRA CAMPEÃO DO BRASIL.
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Timão é campeão, mas Inter também comemora


O 4ª. E O SÉTIMO AGACHADOS SÃO ROGER (EX-BENFICA) e CARLOS ALBERTO (EX-PORTO)
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O Timão é campeão. Em um jogo muito aberto, Corinthians e Goiás dividiram as ações no ataque, mas o primeiro gol saiu apenas aos 42 minutos, com Paulo Baier. Num show de Carlitos Tevez, o Timão virou o jogo e chegou a vencer por 2 a 1.

Mesmo com poucas chances no segundo tempo, o Goiás mostrou disposição e chegou ao empate com Souza, e finalmente ao gol da vitória com Romerito. Mesmo perdendo, os corintianos celebraram a boa atuação e o título.

Boa atuação que passou longe dos pés do Inter PA. Irreconhecível, a equipe acabou perdendo para o Cototiba que desde o primeiro minuto se impôs.

Em outro jogo decisivo nesta última rodada, o Palmeiras encarou um duelo dramático diante do Fluminense. A equipe de Abel Braga ex-Belenenses e Guimarães) precisava apenas de um empate para se garantir na Libertadores em 2006, mas a sina do "quase", que abalou o treinador nas últimas duas finais da Copa do Brasil, se repetiu no Palestra Itália: vitória palmeirense por 3 a 2 e festa do Verdão que chegou a ficar duas vezes atrás do marcador.

Quem também se emocionou na despedida da temporada foi o artilheiro Romário. Com 39 anos, o Baixinho chegou aos 22 gols, superando Robson e Carlitos Tevez, sagrando-se o mais velho artilheiro da história da competição. De quebra, ajudou o Vasco da Gama a derrotar o Paraná Clube por 3 a 1. Alegria também para as torcidas de São Caetano e Ponte Preta, que espantaram definitivamente o rebaixamento ao derrotarem, respectivamente, Cruzeiro e Brasiliense.

Encerrando a 25ª edição do Campeonato Brasileiro, o São Paulo mostrou que está afinado para o Mundial e, em partida amistosa, reencontrou o adversário na final da Libertadores, o Atlético-PR, e venceu por 3 a 1. Rogério Ceni, cobrando falta, deixou sua marca. Já o Santos, que ostentava até este domingo o escudo de campeão nacional, se despediu com uma melancólica derrota para o Figueirense: 3 a 1. No Rio, o Botafogo bateu o Fortaleza por 2 a 0 e está na Copa sul-americana. O mesmo não se pode dizer do Juventude, que perdeu para o rebaixado Atlético-MG por 3 a 1. Por fim, o Flamengo goleou o Paysandu por 4 a 1 em pleno Mangueirão.

42ª rodada
domingo, 04 de dezembro de 2005
São Paulo/SP 3 x 1 Atlético/PR Morumbi
Juventude/RS 1 x 3 Atlético/MG Alfredo Jaconi
Figueirense/SC 3 x 1 Santos/SP Orlando Scarpelli
Ponte Preta/SP 3 x 1 Brasiliense/DF Moisés Lucarelli
Paysandu/PA 1 x 4 Flamengo/RJ Mangueirão
Vasco/RJ 3 x 1 Paraná/PR São Januário
Coritiba/PR 1 x 0 Inter/RS Couto Pereira
Botafogo/RJ 2 x 0 Fortaleza/CE Luso-Brasileiro
Cruzeiro/MG 1 x 3 São Caetano/SP Mineirão
Palmeiras/SP 3 x 2 Fluminense/RJ Parque Antártica
Goiás/GO 3 x 2 Corinthians/SP Serra Dourada

CLASSIFICAÇÃO FINAL
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1º.CORINTHIANS.....81
2º.Inter PA...............78
3º.Goiás..................74
4º.Palmeiras............70
5º.Fluminense..........68
6º.Atletico Paranaense..61
7º.Paraná.....................61
8º.Cruzeiro...................60
9º.Botafogo..................59
10.Santos....................59
11.São Paulo...............58
12.Vasco.....................56
13.Fortaleza.................55
14.Juventude................55
15.Flamengo................55
16.Figueirense.............53
17.São Caetano...........52
18.Ponte Preta............51
19.Coritiba..................49 - Baixa de divisão
20.Atletico MG............47 Baixa de divisão
21.Paysandu...............41 Baixa de divisão
22.Brasiliense..............41 Baixa de divisão


ARTILHEIROS
GLÓRIA A ROMÁRIO QUE AOS 40 ANOS (dentro de dias) sagou-se uma vez mais o melhor marcador do BRASIL.

22 Romário (Vasco)
21 Róbson (Paysandu)
20 Tevez (Corinthians)
19 Rafael Sóbis (Internacional)
Borges (Paraná)
Alex Dias (Vasco)
18 Souza (Goiás)
Marcinho (Palmeiras/1 gol pelo São Caetano)
17 Enilton (Juventude)
16 Kelly (Cruzeiro)
Gabriel e Tuta (Fluminense)
Rinaldo (Fortaleza)
15 Lima (Atlético-PR)
Edmundo (Figueirense)