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Leiria
Leiria é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Leiria, situada na região Centro e subregião do Pinhal Litoral,com aproximadamente 42 785 habitantes.[1] A cidade de Leiria tem seis freguesias inseridas em sua mancha urbana,totalizando uma área de 78,84 Kms2. Fica a cerca de 50 kms a sudoeste da capital regional Coimbra. Leiria permanece como o principal centro urbano do Pinhal Litoral e da comunidade urbana de Leiria.
É sede de um município com 564,66 km² de área e 125 949 habitantes (2005), subdividido em 29 freguesias. O município é limitado a norte/nordeste pelo concelho de Pombal, a leste por Ourém, a sul pela Batalha e por Porto de Mós, a sudoeste por Alcobaça e a oeste pelo concelho da Marinha Grande. O município tem também uma faixa costeira com o Oceano Atlântico, que se situa também a oeste.
É banhada pelos rios Lis e Lena,sendo o castelo de Leiria o seu monumento mais notável.
O concelho recebeu o primeiro foral de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, em 1142, sob o nome de Leirena.
Foi uma das cidades escolhidas para fazer parte do Euro 2004, e graças a isso o seu estádio municipal sofreu uma grande remodelação.
Com uma gastronomia variada e com tradições reconhecidas, o concelho é historicamente rico, como o testemunham o Castelo da cidade e o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Leiria dispõe ainda, na sua região, das Termas de Monte Real, de praias como a do Pedrógão, da Lagoa da Ervideira e da mata municipal de Marrazes. Relativamente ficam perto as históricas cidades de Coimbra,Tomar,Abrantes e Torres Novas. Os portos de Figueira da Foz e Peniche ficam a cerca de uma hora.
É de destacar a feira anual, realizada entre os dias 1 e 25 de Maio, que se integra em ampla tradição da região. O feriado municipal é no dia de Nossa Senhora da Assunção, a 22 de Maio.
História
A região onde se situa Leiria já é habitada há longos tempos, apesar de sua história precoce ser bastante obscura. Os Turduli, um povo indígena da Ibéria, estabeleceu um povoado junto à cidade actual de Leiria (a cerca de 7 km). Essa povoação foi depois ocupada pelos Romanos, que a expandiram sob o nome de Collippo. As pedras da cidade anciã romana foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria.
Pouco é conhecido sobre a área nos tempos dos Visigodos, mas durante o período de domínio árabe, Leiria era já uma vila com praça. A Leiria moura foi capturada em 1135 pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, durante a chamada Reconquista. Essa localidade foi brevemente retomada pelos mouros em 1137, e mais tarde em 1140. Em 1142, Afonso Henriques reconquistou Leiria, sendo desse ano o primeiro foral, atribuído para estimular a colonização da área.
Os dois reis esforçaram-se por reconstruir as muralhas e o castelo da vila, para evitar novas incursões mouras. A maioria da população vivia dentro das muralhas protectoras da cidade, mas já no século XII uma parte da população vivia na sua parte exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no último quartel do século XII, servia a freguesia exterior às muralhas.
O Castelo de Leiria, com as suas características galerias.Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas Cortes. As primeiras Cortes realizadas em Leiria foram em 1254, durante o reinado de Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre. Esse rei construiu também uma residência real em Leiria (actualmente perdida), e viveu por longos períodos na cidade, que ele doou como feudo à sua esposa, a Rainha Santa Isabel. O rei também ordenou a plantação do famoso Pinhal de Leiria, próximo da costa com o Oceano Atlântico. Mais tarde, a madeira deste pinhal seria usada para construir as naus que serviram aos Descobrimentos portugueses, nos séculos XV e XVI. Durante o século XV, os judeus desenvolveram nesse concelho uma das mais notáveis comunidades, ao ponto de empreenderem uma florescente actividade industrial.
No fim do século XV, o rei D. João I construiu um palácio real dentro das muralhas do castelo. Este palácio, com elegantes galerias góticas que possibilitam vistas maravilhosas da cidade e da meio envolvente, ficou totalmente em ruínas, mas foi parcialmente reconstruído no século XX. D. João I foi também o responsável pela reconstrução da Igreja de Nossa Senhora da Pena, localizada dentro do perímetro do castelo, num estilo gótico tardio.
Por volta do fim do século XV, a cidade continuou a crescer, ocupando a área que se estende desde a colina do castelo até ao rio Lis. Em Leiria foi impresso o primeiro livro em Portugal. O rei D. Manuel I deu à localidade um novo foral em 1510, e em 1545 foi elevada à categoria de cidade, tornando-se sede de Diocese. A Sé Catedral de Leiria foi construída na segunda metade do século XVI, numa mistura dos estilos renascentista (gótico tardio) e maneirista (renascimento tardio).
Comparando com a Idade Média, a história subsequente de Leiria é de relativa decadência. No entanto, no século XX, a sua posição estratégica no território português favoreceu o desenvolvimento de indústrias diversas, levando a um grande desenvolvimento da cidade e da sua região.
De facto, durante vários anos, Leiria foi das poucas capitais distritais que não era a cidade mais populosa do próprio distrito, sendo suplantada pela cidade de Caldas da Rainha. Contudo, nos últimos anos a cidade tem-se desenvolvido de forma extraordinária, e é já um dos 25 principais centros urbanos de maiores dimensões do país.
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