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sábado, novembro 10, 2012

livro "A COMICIDADE DA DESILUSAO"

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O HUMOR NAS TRAGEDIAS CARIOCAS
DE NELSON RODRIGUES

"A COMICIDADADE DA DESILUSAO"



DE FERNANDO MARQUES



Sinopse
"Habilmente, Fernando Marques vai deslindando a vida que se espraia no que ela poderia ter sido e não foi nas duas peças analisadas, “A falecida” e “Toda nudez será castigada”. Aqui e ali, pinça também outras obras do autor, como “Doroteia”, “Bonitinha, mas ordinária” ou “Perdoa-me por me traíres”. E, em todas elas, ‘Nelson antes nos impõe a percepção do avesso, esfrega-o no rosto de seu público’. O cômico e o farsesco estão lá, porém vulneráveis às ressonâncias trágicas. [...] Ao final deste belo livro, o que chama a atenção do leitor é a constatação de que o teatro de Nelson Rodrigues parte de uma premissa civilizatória ao contrário. Em vez de razão civilizatória, induz o espectador ‘a reconciliar-se com a sua natureza dupla, simultaneamente apolínea e demoníaca’ e, ao mesmo tempo, assinala ‘a impossibilidade de acordo entre razão e instintos, entre consciência e inconsciente. O sexo, o desejo, alheio a conveniências e a argumentos convencionais, será freqüentemente o índice, ou a metáfora, das dificuldades de acordo entre os polos’. [...] Esta Comicidade da desilusão nos fala de um movimento pendular, presente em Toda nudez será castigada, que acredito ser muito esclarecedor, inclusive para o que postula acerca das encenações rodriguianas: 'O resultado? Um sistema, por assim dizer, pendular, mas não o caos, em que os elementos aflitivos - o sórdido, o mórbido - enervam o riso e sabotam a distância confortável em que nos situamos ao rir de alguém. Sistemas pendular no qual a tônica ora será cômica, o que nos leva a pensar na suspensão, por parte do público, dos tormentos sofridos pelas personagens; ora mórbida, o que nos leva a sentir com elas, um pouco horrorizados, a falência de suas esperanças'. [...] Nas palavras de Marques: 'As personagens experimentam a derrota de seus projetos e esperanças, a sua desilusão. Esta palavra indicará ainda a desalienação do espectador'." Do prefácio de Antonio Cadengue

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