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sexta-feira, outubro 08, 2010

pintores brasileiros - ALBERTO DA VEIGA GUIGNARD

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Alberto da Veiga Guignard
auto retrato

Alberto da Veiga Guignard (Nova Friburgo, 25 de fevereiro de 1896 — Belo Horizonte, 25 de junho de 1962) foi um famoso pintor brasileiro, sendo conhecido principalmente por retratar paisagens mineiras.

oléo sobre tela

Guignard nasceu com uma abertura total entre a boca, o nariz e o palato (lábio leporino), causando horror e compaixão aos seus pais. Ficou órfão de pai ainda menino e a mãe casou-se em seguida com um barão alemão arruinado, bem mais jovem que ela, com quem se mudaram para a Alemanha.

Sua formação foi alicerçada em bases européias pois lá viveu dos onze aos 33 anos. Frequentou as Academias de Belas Artes de Munique, onde estudou com Herman Groeber e Adolf Engeler, e de Florença.

De volta ao Brasil, nos anos 20, tornou-se um nome representativo dessa década e da seguinte, juntamente com Cândido Portinari, Ismael Nery e Cícero Dias.

Ainda jovem, orientou um grupo do qual participavam Iberê Camargo, Vera Mindlin e Alcides da Rocha Miranda. Nessa época (1944), a convite de Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, instalou um curso de desenho e pintura no recém-criado Instituto de Belas Artes. A partir daí, apaixonou-se pela cidade e mudou-se para lá.

Até a sua morte, Guignard expôs inúmeras vezes no Brasil. Em 1953, foi-lhe dedicada uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e, em 1992, no Museu Lasar Segall.


Fachada da Escola Guignard.O Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, sob a curadoria do marchand Jean Boghici, amigo pessoal de Guignard, realizou uma restrospectiva, com ares de megaexposição internacional, em abril de 2000.

Foi um artista completo, atuando todos os gêneros da pintura - de naturezas mortas, paisagens, retratos até pinturas com temática religiosa e política, além de temas alegóricos.

Guignard amava, mesmo, as montanhas de Minas Gerais, seu céu e suas cores, as manchas nos muros e o seu povo. Colaborou para a formação de artistas que romperam com a linguagem acadêmica e ajudou a consolidar o modernismo nas artes plásticas em Minas. O período vivido em Minas está representado também no Museu Casa Guignard [1].

Seu corpo repousa na Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, onde viveu até 1962.

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