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quarta-feira, julho 11, 2012

HISTÓRIA de PORTUGAL - D.PEDRO IV (I DO BRASIL) DESEMBARCA NO MINDELO NA GUERRA LIBERAL DE 1932

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D.PEDRO I DO BRASIL E IV DE
PORTUGAL ,DEPOIS DE ABDICAR
DO TRONO DE IMPERADOR DO
BRASIL ,PARTE PARA PORTUGAL
ONDE VAI ..

..vai empreender uma luta contra seu irmão, D. Miguel, a fim de assegurar para a filha Maria a sucessão do trono português. No Brasil, dada a menoridade de Pedro II,seu filho, tem início o conturbado e importante período regencial.




Desembarque do Mindelo é a designação dada ao desembarque das tropas liberais a norte do Porto em 8 de Julho de 1832, durante as Guerras Liberais, nome pela qual ficou conhecida a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834).


História

A esquadra organizada por D. Pedro IV, contava com 60 navios, cerca de oito mil e trezentos homens, sob o comando do almirante britânico George Rose Sartorius. Nela se destacavam:
duas fragatas ("Rainha de Portugal" e "D. Maria II");
o brigue "Conde de Vila Flor", com 16 peças de artilharia;
o brigue-escuna "Liberal", com nove peças;
três escunas: "Terceira", "Eugénia" e "Coquette", respectivamente com sete, dez e sete peças de artilharia;
a galera "D. Amélia", onde seguia D. Pedro;
cinco escunas: "Faial", "Graciosa", "Prudência", "Esperança" e "São Bernardo";
a barca "Regência de Portugal"; e
dezenas de embarcações de transporte, lanchões e até um barco a vapor.

Deles desembarcaram cerca de 7.500 homens que viriam a ficar conhecidos pela designação de "Bravos do Mindelo". Entre eles contavam-se muitos mercenários e auxiliares, ingleses, franceses, belgas, polacos, italianos, alemães e espanhóis, excedendo a 6.600 estrangeiros, que representavam mais de 80% do total das tropas.

Os nacionais constituíam três batalhões de Infantaria, um regimento provisório de Infantaria, quatro batalhões de Caçadores, um batalhão de Artilharia, o batalhão de voluntários de D. Maria II, o Batalhão dos Académicos (de que fazia parte Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Joaquim António Aguiar), um batalhão só de Oficiais, um corpo de Guias, um corpo de Engenheiros e três embriões de corpos de Cavalaria. À frente destes homens, designados também como "Exército Libertador", encontrava-se o tenente-coronel João Schwalbach e os coronéis Henrique da Silva Fonseca e António Pedro Brito.

Ao anoitecer do dia 7 de julho de 1832 instalou-se o pânico entre as forças militares e as autoridades absolutistas do Porto: a esquadra liberal estava à vista, para grande surpresa dos miguelistas que nunca haviam previsto uma invasão por este ponto do país. No entanto, D. Pedro avançou com a sua armada em direção a Vila do Conde, local onde planeara o desembarque.

Na manhã de 8 de julho foi enviado a terra, para parlamentar com as forças militares aí estacionadas, o major Bernardo de Sá Nogueira - futuro marquês de Sá da Bandeira. As negociações foram, no entanto, completamente estéreis, tendo aquele emissário sido recebido com ameaças de fuzilamento. Frustradas, pois, que foram estas tentativas de desembarque pacífico, foi decidido efetuá-lo em pé-de-guerra.

Este ocorreu ao princípio da tarde desse dia na Praia dos Ladrões, em Arnosa de Pampelido, no limite das freguesias de Lavra e Perafita. Na ocasião, D. Pedro dirigiu às tropas a célebre incitação - "Soldados! Aquelas praias são as do malfadado Portugal" - que se pode ler numa das faces do obelisco da Memória.

A escolha deste local, e não do Mindelo como erroneamente foi designado (e que perpetuou historiograficamente esta operação militar como "Desembarque do Mindelo"), deveu-se ao fato de nele se poder realizar esta operação com facilidade e segurança, uma vez que o mar se apresentava "bastante profundo quase até à areia". Tal indicação terá sido dada, segundo a tradição, por um dos 7.500 "bravos", de seu nome Francisco José da Silva, natural de Paiço, freguesia da Lavra.

O desembarque foi rápido e não encontrou qualquer tipo de resistência, sendo, de imediato, tomados os pontos estratégicos da região. Os batalhões de Caçadores nºs 2 e 3 ocuparam as cristas das elevações que se prolongam até à margem direita do rio Leça. O batalhão da Marinha fixou-se em Perafita. O batalhão de Caçadores nº 5, em Pedras Rubras, onde acampou no Largo da Feira.

As estradas que ligavam o Porto a Vila do Conde encontravam-se igualmente tomadas e os liberais estavam também em condição de observar as movimentações que as forças absolutistas estacionadas em Leça realizariam. Às seis horas da tarde D. Pedro desembarcou em Pampelido e, às nove horas, já todo o "Exército Libertador" se encontrava em terra. Nessa noite D. Pedro pernoitou em casa do proprietário Manuel Andrade. Houve beija-mão real no Largo, findo o qual D. Pedro se dirigiu ao Porto.

O desembarque permitiu às forças liberais tomar a cidade do Porto no dia 9 de julho, apanhando de surpresa o exército miguelista que haveria de as submeter ao prolongado Cerco do Porto.

D. Miguel acabou por capitular em 1834, com a Concessão de Évora Monte, abrindo caminho à implantação definitiva do Liberalismo em Portugal.

Apesar do nome pelo qual ficou conhecido, o desembarque não ocorreu na vila de Mindelo, mas na praia da Arnosa de Pampelido, atual Praia da Memória, na freguesia da Perafita, concelho de Matosinhos.

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