contador de visitas

free web counter

domingo, maio 22, 2011

artistas portugueses -MARIA JOÃO e MÁRIO LAGINHA

.


Maria João começou a sua carreira na Escola de Jazz do Hot Club de Lisboa, em 1982. Um ano mais tarde formou o QUINTETO DE MARIA JOÃO, do qual faziam também parte Mário Laginha, Carlos Martins, António Ferro e Carlos Vieira. Esta formação deu origem a dois discos: Quinteto de Maria João (1983) e Cem Caminhos (1985 – neste último António Ferro deu lugar a David Gausden). Nesta altura era já considerada pela crítica da especialidade como uma verdadeira revelação no universo do jazz, tendo sido galardoada com diversos prémios, dos quais se destaca o atribuído no Festival de Jazz de San Sebastian (Espanha).
1986 marcou a primeira viragem na carreira da cantora, que rumou à Alemanha em busca de novos desafios. O seu terceiro disco – Conversa – saiu nesse ano, em resultado de um novo quinteto, do qual fazia parte o contrabaixista Carlos Bica. Contudo, num dos concertos de uma tournée na Alemanha, Maria João teve uma espectadora especial: a pianista japonesa de free-jazz Aki Takase, que a convidou para um projecto em duo. De 1987 a 1990 a cantora e a pianista surpreenderam os públicos dos festivais de jazz europeus, rendidos à liberdade e irreverência da música que apresentavam, bem registados em dois álbuns gravados ao vivo; Looking for Love (1987) e Alice (1990).
Em 1991, Maria João envolveu-se num novo projecto com grupo português CAL VIVA, que marcou também o seu reencontro com Mário Laginha. O disco Sol, uma fusão da música tradicional portuguesa com os sons do jazz, rodou em tournées intensas por todo o país e pelo estrangeiro.
A regularidade do trabalho com Laginha e a cumplicidade musical que se estabeleceu entre ambos incitou-os a um projecto mais acústico e intimista e assim surgiu Danças (1993), o primeiro disco de um duo que persiste até hoje, com o oitavo álbum – Tralha – editado em 2004. Pelo caminho ficaram discos marcados pela originalidade e liberdade criativa de dois músicos que rejeitam rótulos e fronteiras: Fábula (1996) um álbum que teve como convidados Ralph Towner, Manu Katché, Dino Saluzzi e Kai Eckhardt de Camargo, numa envolvente mistura de estilos. Cor (1998) e Chorinho Feliz (2000), que surgiram de duas encomendas da Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses e homenagearam respectivamente as culturas do Índico (com a colaboração de Trilok Gurtu e Wolfgang Muthspiel) e o Brasil (destaque para a participação de Gilberto Gil e Lenine). Lobos, Raposas e Coiotes (1999), um disco gravado com a Orquestra Filarmónica de Hannover e aclamado pelo público e pela crítica. Mumadji (2001), o primeiro disco ao vivo, e Undercovers (2002) um disco de covers, com temas de músicos tão diferentes quanto Björk, Caetano Veloso, Joni Mitchell, Alejandro Sanz ou Tom Waits.
À parte do trabalho regular com Mário Laginha, Maria João tem trabalhado com destacados nomes da música nacional (António Pinho Vargas, Carlos Bica, José Peixoto, Blasted Mechanism, Clã, entre outros) e mundial (Laureen Newton, Bob Stenson, Christof Lauer, Gilberto Gil, Joe Zawinul, Saxofour, Hermeto Pascoal, Lenine, etc), para além de ter integrado espectáculos de fusão artística como RAIZES RURAIS, PAIXÕES URBANAS ou a coreografia AO VIVO, pela Companhia de Paulo Ribeiro.

--

Nenhum comentário: