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segunda-feira, setembro 03, 2012

HISTÓRIA DE PORTUGAL - A BATALHA DA PRAIA DA VITÓRIA

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Batalha da Praia da Vitória
Guerras liberais

Local



baía da Praia da Vitória

Resultado

Vitória dos liberais

Combatentes
D. Miguel, Absolutistas
D. Maria II, Liberais

A batalha da Praia foi um combate naval ferido no dia 11 de agosto de 1829, na baía da então Vila da Praia, em que forças Miguelistas intentaram um desembarque naquele trecho do litoral da Ilha Terceira, nos Açores. A derrota dos absolutistas neste recontro foi decisiva para a afirmação e posterior vitória das ideias liberais em Portugal.


História

O dia 11 de agosto apresentou-se com nevoeiro e tempo brusco, com pancadas de chuva e rajadas de vento. No mar, apresentou-se uma esquadra composta por vinte e uma embarcações, sob o comando do almirante José Joaquim da Rosa Coelho (1773-1833), com cerca de 4.000 homens, artilhada com um total de 340 peças:
1 nau (Nau "D. João VI")
3 fragatas (Fragatas "Pérola", "Dianna" e "Amazona")
1 corveta (Corveta "Princeza Real")
5 charruas (Charruas "Jaya Cardozo", "Galatea", "Orestes", "Princeza da Beira" e "Princeza Real")
5 brigues (Brigues "13 de Maio", "Infante D. Sebastião", "Providência", "Glória" e "Devina Providência")

A força de desembarque era comandada pelo coronel Azevedo Lemos (que, em agosto de 1828 conquistara a Madeira), transportada em:
2 patachos (Patachos "Bom-fim" e "Carmo e Almas")
2 escunas (Escunas "da Graciosa" e "Triunfo d'Inveja")
2 iates (Iates "Bom Despacho" e "Santa Luzia")

A esta força acrescentavam-se seis barcas canhoneiras, cada uma com uma peça.

Pelo lado de terra, um arco de pequenos fortes de marinha e baterias, leais a Maria II de Portugal, defendiam aquele trecho de litoral com cerca de cinco quilômetros de extensão:
Forte de Santa Catarina
Bateria de São José
Bateria de São Caetano
Forte de Santo Antão
Bateria de São João
Forte das Chagas
Forte da Luz
Forte do Porto
Forte do Espírito Santo.

A batalha iniciou-se com a clássica abertura de pesado fogo da artilharia dos navios da esquadra sobre os fortes, tendo o bombardeamento se estendido por quatro horas. Estima-se que foram disparados, pelos navios, cerca de 5.000 tiros, a que os fortes resistiram como puderam.

Com o vento Oeste impelindo os navios para Leste, os invasores intentaram um primeiro desembarque junto ao Forte do Espírito Santo seguido por um segundo, mais para dentro do areal e próximo à Vila da Praia, a coberto da artilharia embarcada. Ambas as tentativas foram, entretanto, repelidas pelos defensores em terra, os chamados "Voluntários da Rainha", homens recém-incorporados, com pouco treino, sob o comando de militares liberais evadidos de outras unidades do Exército Português e que haviam conseguido alcançar a ilha.

Ao fim do dia de luta os Miguelistas levantaram ferro, deixando nas mãos dos liberais algumas centenas de mortos e prisioneiros. A derrota Miguelista é atribuída a erros de estratégia por parte de seus comandantes.

A vitória liberal nesta batalha transformou a percepção da Terceira, antes considerada como "a ratoeira", agora vista como "baluarte da liberdade".

Após o fim do conflito, a soberana concederia à vila o título de Praia da Vitória.

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