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quarta-feira, novembro 10, 2010

Chico Buarque é o vencedor do Prémio PT de Literatura 2010

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Chico Buarque é o vencedor do Prémio PT de Literatura 2010



Considerado um dos maiores compositores brasileiros, Chico Buarque foi nomeado vencedor da 8ª edição do Prémio PT de Literatura em Língua Portuguesa, com o livro “Leite Derramado”.

A cerimónia do Prémio PT de Literatura 2010 decorreu ontem na Casa Fasano, em São Paulo, e levou Chico Buarque ao palco para receber o primeiro prémio, correspondente ao valor de 100 mil reais (cerca de 42.400 euros).

Em segundo lugar, ficou a obra “Outra Vida” de Rodrigo Lacerda, que recebe um prémio no valor de 35 mil reais (próximo de 15 mil euros) e, em terceiro, com um prémio de 15 mil reais (cerca de 6300 euros) ficou Armando Freitas de Filho, com o livro “Lar”.


Os outros finalistas deste ano foram: “A passagem tensa dos corpos”, de Carlos de Brito e Mello, “Avó Dezanove e o segredo do soviético”, de Ondjaki, “Monodrama”, de Carlito Azevedo, “O filho da mãe”, de Bernardo Carvalho, “Olhos secos”, Bernardo Ajzenberg, e “Pornopopéia”, de Reinaldo Moraes.

A noite de 8 de Novembro foi de homenagem ao Prémio Nobel da Literatura 1998, José Saramago, falecido em Julho, e contou com a presença de Pilar Del Rio, sua mulher, e da sua grande amiga, a escritora brasileira, Nélida Piñon. Recorde-se que, por decisão unânime da Fundação Saramago e da Companhia das Letras, editora do escritor no Brasil, o livro “Caim”, de José Saramago, que se encontrava entre os dez finalistas do Prémio de Literatura foi retirado da lista. Uma decisão que foi ao encontro da intenção do Prémio PT em homenagear o escritor português, pela sua vida e obra, e em demonstrar o reconhecimento por aqueles que contribuíram para dignificar o nome de Portugal e, neste caso, a língua portuguesa.


De salientar que, o Prémio de Literatura, promovido pela Portugal Telecom, tem como objectivo contribuir para manter a língua portuguesa dinâmica e relevante. Na sua 8ª edição, a iniciativa contemplou obras de romance, conto, poesia, crónica, dramaturgia e autobiografia, escritas em língua portuguesa e publicados no Brasil, no ano de 2009.



Os vencedores do Prémio PT de Literatura 2010

“Leite Derramado”, de Chico Buarque (Companhia das Letras)
No seu quarto romance, o escritor Chico Buarque criou mais um personagem marcante. Depois do narrador anónimo de Estorvo, do modelo fotográfico Benjamin Zambraia e do ghost writer José Costa, agora é a vez de um velho com mais de cem anos, preso a um leito de hospital, de onde vai relatando, a quem quiser ouvir, a história de sua vida. A mão firme do escritor não escorrega um minuto e monta um verdadeiro quebra-cabeças, com pedaços de memória espalhados em mais de 200 páginas. A primeira linha narrativa é a história do narrador, Eulálio d’Assumpção, com a sua mulher Matilde, que a certa altura do livro desaparece com a sua cor morena, cheiro, dança, beleza e mistério. E o pano de fundo é o Brasil do Império, da República, da ditadura militar, até aos nossos dias.

“Outra vida”, de Rodrigo Lacerda (Alfaguara)
“Outra vida”, é o quarto romance do carioca Rodrigo Lacerda. Nele, o escritor, sem abrir mão do humor característico das suas narrativas, procura tratar da vida contemporânea a partir da história de um pequeno núcleo familiar, formado por um homem, uma mulher e a filha de cinco anos. A acção dramática passa-se numa rodoviária, com toda a família a esperar a chegada do autocarro que a levará de volta para a cidade do litoral de onde vieram. Será o começo de uma vida nova, depois de um período difícil na cidade grande, quando o marido se meteu numa história de corrupção. Família, questões éticas, destino amoroso incerto: com esses elementos, Lacerda faz um retrato forte da vida brasileira contemporânea.

“Lar”, de Armando Freitas Filho (Companhia das Letras)
Em “Lar”, o poeta Armando Freitas Filho, um dos nomes mais importantes da lírica brasileira, privilegia a memória como elemento central para a construção dos seus poemas. A vírgula após o título serve de jogo de possibilidades poéticas: é como se a partir dessa célula inicial (Lar), o poeta parasse, suspendesse a fala, para depois compor a sua lembrança. Como o o autor chegou mesmo a dizer, este é o seu “Boitempo”, referindo-se ao ciclo de poemas memorialísticos de Carlos Drummond de Andrade. As peças espalhadas retratam a vida do menino oprimida pelo típico universo burguês dos anos 50, no Rio de Janeiro, entre a casa, a escola, a igreja e

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