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sexta-feira, fevereiro 25, 2011

pintores brasileiros - EDMUNDO MIGLIACCIO

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Edmundo Migliaccio



Edmundo Miglliaccio, auto retrato, 1962Edmundo Francisco Nicodemo Migliaccio (Caconde, 5 de dezembro de 1903 — São Paulo, 25 de julho de 1983) foi um pintor clássico brasileiro.

Biografia
Migliaccio estudou no Liceu de Artes e Ofícios e no Instituto Profissional em São Paulo, pintor de inúmeras telas dentre elas as três, (O Crucificado, Nossa Senhora da Glória e Nossa da Conceição) que se encontram no interior da Basílica Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Caconde, com destaque também a do Apóstolo São Paulo que figura na Câmara Municipal de São Paulo.

Era filho dos imigrantes italianos Domenico e Santa Migliaccio. Aos quatro anos de idade despontava-se como uma criança observadora e atirada. O cérebro parecia registrar em altíssima freqüência todos os detalhes à sua volta.

Na adolescência, decorava os muros da rua Pitaguaris, hoje rua Marechal Deodoro. Suas criações encerravam grande sensibilidade artística e prodigiosa inteligência. Não demoraria muito e o pequeno gênio trocaria o carvão e o lápis pelo pincel. E foi o que aconteceu quando deixou Caconde para buscar, na Escola Profissional de Belas Artes, o aprimoramento artístico. A essa altura havia concluído o primeiro grau na Escola Estadual de Primeiro Grau Dr. Cândido Lobo. Os esboços nasciam de sua notável capacidade criadora, até mesmo, nos momentos mais inusitados. "Na hora do almoço, por exemplo, as extremidades da toalha de mesa emprestavam vida a um preto velho meditando ou a uma cigana descortinando o futuro", lembra a artista plástica Eliana Migliaccio Mantovani. No ateliê da vida real, a nobre Josefina Liuzzi pintava, no coração do esposo Migliaccio, cariciosos quadros de ternura.



A "genialidade" fazia contrastar a magnificência do divino com a nobreza dos traços peculiares das figuras históricas retratadas na época. Pintou também, a tela "O Sertanista" para o Palácio dos Bandeirantes, na gestão Laudo Natel. É, atualmente, importante peça do patrimônio cultural do estado de São Paulo.

Na década de 1960, o artista, recebeu no Salão de Belas Artes, a visita do então governador Reynaldo de Barros. Vale ressaltar que naquele mesmo espaço, dedicado às artes, foi condecorado, em 1938, com Menção Honrosa; Medalha de Bronze, em 1941; Pequena Medalha de Prata, em 1947; Grande Medalha de Prata, em 1962; Pequena Medalha de Ouro, em 1963.

Uma de suas mais famosas pinturas encontra-se exposta, na cidade de Chicago, Estados Unidos da América. Trata-se de um "Preto Velho" sentado à mesa; cachimbo à boca; vinho na taça; garrafão quase vazio. A cesta de taquaras recostada à parede do casebre e a moringa d'água; as beterrabas e os tomates próximos a uma bandeja de peixes, incorporam outro ângulo da cena. A faca, na parte posterior direita da mesa, parece esperar a hábil mão do preto velho acostumada à arte de descascar legumes. Os olhos parados no vácuo refletem a imagem da alma tranqüila.

Hugo Mazzilli, médico e ex-prefeito de Caconde, encaminhou à Câmara Municipal de São Paulo projeto solicitando a aprovação do nome do artista a uma praça da capital. Tércio Chagas, vereador, cuidou para que a proposição tivesse parecer favorável. Jânio da Silva Quadros, na ocasião, respondia pela pasta de chefe do executivo paulista. Coube a ele a publicação do decreto legislativo no Diário Oficial do Estado. A partir dali, a quadra 083/AR, ladeada pelas avenidas Salim Farah Maluf e David Zeiger, na Mooca, passou a denominar-se Praça Edmundo Migliaccio.

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