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"O DESASTRE" da pintora portuguesa VIEIRA DA SILVA
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Nascida em Lisboa, em 1908, Maria Helena Vieira da Silva adoptou a nacionalidade francesa em 1956. A biblioteca do avô materno, as constantes viagens e a música são os marcos fundamentais da sua infância.
Duas cidades influem na sua vida e percurso artístico: Lisboa e Paris.
O estilo inconfundível de Vieira da Silva é uma das referências determinantes na arte abstracta, muito embora ela se identifique preferencialmente com o abstraccionismo lírico. A Escola de Paris é influenciada pelas pinturas abstractas iniciadas após 1935. A pintura, veículo para a apreensão do eu e como meio de conhecimento, surge, posteriormente à guerra que tudo modifica, como processo pelo qual a pintora transparece a percepção que tem do mundo.
Em cada quadro, ela coloca um pouco de si própria, retrata o que a rodeia, partindo do seu mundo interior e mediante a perspectiva sobre a qual expõem a sua visão particular. Em vitrais, azulejos, pequenas telas ou grandes planos, apresenta as suas construções do espaço pictural de acordo com as suas concepções. Nas suas exposições era necessária uma ordenação equilibrada do espaço, onde os seus quadros seriam expostos.
Para compreender melhor a sua evolução na pintura é necessário referirmos as suas primeiras experiências e obras.
Em 1930 casou-se com Arpad Szenes, pintor de origem húngara, com quem partilhou uma cumplicidade profunda e intensa no amor pela pintura.
Quanto partiu a 6 de Março de 1992, deixou um irreparável vazio na pintura deste século. Sepultada junto a Arpad e a sua mãe, num cemitério próximo de Loire, na França, deixa para a posteridade os seus quadros, alguns dos quais estão expostos na Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva.
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