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sexta-feira, abril 13, 2007

a 13 de Abril ...de 1726...nasceu FORTALEZA

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´Foi há 281 anos, em 13 de Abril, que nasceu a cidade de FORTALEZA


Fortaleza é a capital do estado nordestino do Ceará. Seu nome tem como referência o Forte Schoonenborch construído pelos holandeses durante sua fundação e


ocupação em 1649. Batizada de Loira desposada do Sol, pelos versos do poeta Paula Ney, Fortaleza é a quarta [2] maior capital do Brasil em população e um importante centro industrial, comercial e turístico do Nordeste. É sede do Banco do Nordeste e do DNOCS, além de ser a capital brasileira com a maior concentração demográfica.

A Região Metropolitana de Fortaleza tem cerca de 3.415.455 habitantes, sendo uma das dez maiores áreas urbanas do Brasil e a terceira maior do Nordeste. Seu aeroporto é o Aeroporto Internacional Pinto Martins. É por ele que chegam à cidade o maior número de turistas.

A cidade localiza-se no litoral do Estado, a uma altitude média de 21 metros, e é centro de um município de 313,8 km² de área e 2.416.920 habitantes (densidade demográfica de 7.718,3 hab/km²).


História

Primeiros europeus

O início da ocupação do território onde hoje se encontra Fortaleza data do ano de 1603, quando o português Pero Coelho de Sousa aportou na foz do Rio Ceará. Naquelas margens ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao povoado o nome de Nova Lisboa, mas devido a vários fatores, como ataques de índios, falta de recursos e a primeira seca registrada na História do Ceará (entre 1606 e 1607), Pero Coelho acabou abandonando a região. Anos mais tarde, com o objetivo de expulsar os franceses do litoral do Nordeste, mais especificamente do Maranhão, chegou aqui o português Martim Soares Moreno em 1613, quando recuperou e ampliou o Fortim de São Tiago, e deu ao novo forte o nome de Forte de São Sebastião. Em 1637 houve a tomada holandesa do forte São Sebastião. Em 1649 uma nova expedição holandesa no Ceará construiu, às margens do Rio Pajeú, o Forte Schoonenborch, começando nesse momento, a história de Fortaleza, sendo responsável por seu início, o comandante holandês Matias Beck. Em 1654 os holandeses foram expulsos e o forte foi rebatizado de Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção.

O surgimento da vila

No ano de 1699 uma Ordem Régia de 16 de fevereiro criava a primeira vila no Ceará. Esta ordem não especificou qual o local exato da vila nova e por isso algumas vilas disputaram entre si a sede da comarca, mas dentre elas Aquiraz foi a que acabou sendo reconhecida. Com um ataque de índios à vila de Aquiraz, a vila do forte acabou sendo o refúgio dos sobreviventes e em 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de vila. Em 1759 o Marquês de Pombal expulsa os jesuítas da Companhia de Jesus e os aldeamentos indígenas de Poramgaba e São Sebastião de Paupina, comandados pelos jesuítas, são elevados a condição de vila respectivamente Vila Nova de Arroches e Vila Nova de Messejana. No ano de 1777 o Capitão-Geral José César de Menezes mandou realizar um censo, que relatou uma população de 2.874 habitantes na vila de Fortaleza. Este ano e o seguinte foram anos de seca a qual dizimou quase todo o rebanho bovino da indústria de charque do Ceará. O golpe final no charqueado foi a seca que durou de 1790 a 1794. Em 1799 a Província do Ceará foi desmembrada da Província de Pernambuco e Fortaleza eleita capital.


Capital e primeiro desenvolvimento

Com o definhar da indústria da carne seca, a autonomia administrativa do Ceará e as conseqüências da Revolução Americana de 1776, o que se viu no começo do século XIX foi o surgimento da cultura do algodão. Em 1810 chega a Fortaleza o viajante inglês Henry Koster. Com o aumento das navegações direto com a Europa é criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Ainda em 1812 tem início a reforma da fortaleza — planejada pelo tenente-coronel de engenharia, Antônio José da Silva Paulet — e também a construção do primeiro mercado da cidade e no ano seguinte do primeiro chafariz. Um ano após a Independência do Brasil, em 1823, Fortaleza passou à condição de cidade nomeada pelo Imperador Dom Pedro I de "Fortaleza de Nova Bragança" retornando posteriormente ao seu nome original, Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção. Em 1824 Fortaleza foi palco da disputa entre o Império e os revolucionários da Confederação do Equador. Com a derrota dos confederados, alguns de seus líderes, como João Andrade Pessoa Anta e o Padre Mororó, dentre outros, foram executados no Passeio Público.


A partir do Segundo Império, com a política centralizadora de Dom Pedro II, Fortaleza torna-se mais importante perante outras cidades do estado. Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passa por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas da cidade com a exportação do algodão e a execução de diversas obras, tais como a criação do Liceu do Ceará e o Farol do Mucuripe em 1845, Santa Casa de Misericórdia em 1861, Seminário da Prainha em 1864, Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública. Porém, em 1851 houve a maior epidemia de febre amarela de que se tem registro e que apressou as obras do hospital. Com o início da Guerra Civil Americana houve um aumento no preço do algodão no mercado mundial o que fez as exportações crescerem. Já em 1870 teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité que começava em Fortaleza. Serviria para escoar a produção até o porto da cidade. A construção da ferrovia que escoava para o porto a produção agrícola e pastoril do interior ajudou a consolidar Fortaleza como a mais importante cidade do Ceará e impulsionou o desenvolvimento industrial da região.


Belle Époque

De 1860 até 1930 Fortaleza viveu movimentos sociais e culturais marcantes como o movimento abolicionista, nas décadas de 1870 e 1880 que culminou na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884, quatro anos antes de a abolição ser oficialmente decretada em todo o país, em 13 de maio de 1888. Francisco José do Nascimento, também conhecido como Chico de Matilde ou ainda como Dragão do Mar, liderou a participação dos jangadeiros no movimento abolicionista negando-se a fazer o embarque de escravos no porto de Fortaleza. O movimento literário Padaria Espiritual surgido em 1892 foi pioneiro na divulgação de idéias modernas na literatura no Brasil. Outras entidades da época foram o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras respectivamente fundadas em 1887 e 1894.

A elite, formada notadamente por comerciantes e profissionais liberais vindos de outras regiões brasileiras e do exterior, foi a promotora de mudanças importantes em Fortaleza. De influência européia e guiada por ideais de modernidade, esse contingente teve atuação decisiva. Em 1875, o intendente Antônio Rodrigues Ferreira encomendou ao engenheiro Adolfo Herbster a elaboração da Planta Topográfica da Cidade de Fortaleza e Subúrbios, considerada o marco inicial da modernização urbana. Inspirado nas realizações de Paris, então gerida pelo Barão de Haussmann, Herbster estabeleceu o alinhamento de ruas segundo um traçado em xadrez, de forma a disciplinar a expansão da cidade. A partir de 1880, a cidade ganhou serviços e equipamentos urbanos, como o transporte coletivo por meio de bondes com tração animal, serviço telefônico, caixas postais, cabo submarino para a Europa, construção do primeiro pavimento do Passeio Público e instalação da primeira fábrica de tecidos e facção.

Na virada do século, Fortaleza já detinha a sétima maior população urbana do país, passando a tomar medidas de saneamento básico e ambiental, além de executar um plano de reformas urbanas com a implantação de jardins, cafés, coretos, monumentos e a construção de edifícios seguindo padrões estéticos europeus. Os primeiros automóveis circularam em 1910, e a implantação de bondes elétricos e circulação de ônibus e caminhões inicia-se no mesmo período. O Theatro José de Alencar foi inaugurado em 1909 passando a ser o principal espaço cultural da cidade. A Praça do Ferreira era o ponto de estacionamento de bondes e carros de aluguel, concentrando intenso movimento. Entre as décadas de 1920 e 1930 foram inaugurados diversos cinemas e bairros como Jacarecanga, Praia de Iracema e Aldeota passaram a ser habitados pelas elites que começaram a valorizar a proximidade com o mar

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