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COIMBRA
a universidade
Coimbra é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, situada na região Centro e subregião do Baixo Mondego, com cerca de 150 000 habitantes. Contando com os cerca de 40 000 residentes em municípios vizinhos que mantém posto de trabalho em Coimbra, e com os cerca de 20 000 estudantes de fora, a cidade terá aproximadamente 210 000 habitantes de população presente, o que faz dela a terceira cidade do país.
É sede de um município com 319,4 km² de área e 168 105 habitantes (2006), subdividido em 31 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por Cantanhede.
Foi Capital Nacional da Cultura em 2003, e é uma das cidades mais antigas de Portugal, tendo como principal ex-libris a sua Universidade, uma das mais antigas da Europa.
Evolução demográfica
População do concelho de Coimbra (1801 – 2006)
1802 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2006
46 343 32 517 54 105 76 494 106 404 138 930 139 052 157 510 168 105
Educação
Por bastantes
]vezes, Coimbra é chamada de “cidade dos estudantes” ou “Lusa-Atenas”,
principalmente por ter uma das mais antigas e prestigiadas universidades da Europa – a Universidade de Coimbra (UC), universidade pública cujas origens remontam ao século XIII. Nos dias correntes, a Universidade de Coimbra tem aproximadamente 23 000 alunos, sendo 10% estrangeiros de 70 nacionalidades diferentes, fazendo dela a mais internacional em Portugal.
É também em Coimbra que existe a mais antiga e maior associação de estudantes do país – a Associação Académica de Coimbra fundada a 3 de novembro de 1887.
Para além da UC, existem outras escolas e institutos superiores públicos (como o Instituto Politécnico de Coimbra e a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra) e privados (Escola Universitária Vasco da Gama, Instituto Superior Miguel Torga, Escola Universitária das Artes de Coimbra), o que faz com que a cidade tenha 35 000 estudantes.
Para seguir estudos superiores, Coimbra é escolhida por um largo número de jovens de todos os cantos de Portugal, não só pela oferta nos vários campos de educação mas também pela qualidade da universidade e de alguns institutos e escolas, assim como o famoso ambiente estudantil e tradição que se vivem na cidade.
A cidade tem também um vasto número de escolas públicas e privadas de ensino básico e secundário, sendo algumas, das melhores no ranking nacional – Escola Secundária Infanta Dona Maria (a melhor do país em ensino público), Colégio Rainha Santa Isabel (privado), Escola Secundária José Falcão (pública) e a Escola Secundária de Dom Duarte (pública).
Música
O fado de Coimbra está intimamente ligado às tradições académicas e caracteriza-se por uma guitarra com uma estrutura, configuração e afinação própria. Nomes como Adriano Correia de Oliveira e Zeca Afonso, cantores e poetas da resistência à ditadura, revolucionaram a música tradicional portuguesa.
Na música contemporânea, particularmente em géneros como o rockabilly e o blues, surgem vários nomes associados a Coimbra. Desses são exemplos JP Simões, Legendary Tiger Man (Paulo Furtado, vocalista dos WrayGunn), os WrayGunn e os Bunnyranch.
O Orfeon Académico de Coimbra é um dos mais ilustres representantes da cidade, da Universidade e da Academia. Nos seus 126 anos de história, tem mantido uma presença reconhecida no panorama da cidade e do país. Por este organismo, mais antigo que a própria Associação Académica de Coimbra, passaram inúmeros nomes de relevo da vida cultural, política e social dos últimos 126 anos. Hoje continua a sua actividade com 50 coralistas, estudantes de Coimbra, e continua a levar a música coral, a canção de Coimbra (Fado de Coimbra), e a música popular a todo o país e ao estrangeiro.
Por outro lado, o papel da mulher na música da Universidade de Coimbra foi reconhecido em 1956 pelo Coro Misto da Universidade de Coimbra (CMUC), o coro misto, em actividade, mais antigo da Academia. De facto, não se permitia até aí às mulheres a participação em grupos musicais, tendo o Coro Misto da Universidade de Coimbra sido pioneiro.
Ao longo dos seus 50 anos de história, o CMUC serviu de exemplo aos outros coros universitários, os quais acabaram por se render ao peso da mulher na Universidade e se tornar mistos.
Hoje, o Coro Misto da Universidade de Coimbra é composto por cerca de 70 elementos e distingue-se dos restantes coros da cidade pela divulgação da música de Coimbra, empenhando-se na promoção de compositores da cidade de Coimbra, além do típico repertório de música popular e erudita, nacional e estrangeira.
De destacar o recém editado CD "Miserere", que reúne a obra de Francisco Lopes de Macedo e de José Maurício, a primeira das quais não foi cantada desde o século XIX.
Outro ícone incontornável da cena musical, cultural e académica conimbricense é a Orxestra Pitagórica. Não só pela sua antiguidade, mas, sobretudo, por representarem aquilo que de mais genuíno deve haver num estudante de Coimbra: espírito crítico, irreverência e muito boa disposição, este é um grupo que marca, de forma indelével, a passagem dos estudantes por Coimbra. Datam do final do século passado as primeiras actuações da Orxestra Pitagórica. Em 1981, pouco depois da fundação da Secção de Fado da AAC, ressurge com o objectivo primordial de preencher um lacuna muito grave em termos académicos, ou seja, o de não haver ninguém capaz de dizer coisas serias a rir, o que equivale a dizer que a irreverência académica já não se manifestava genuinamente, isto é, que o estudante havia esquecido o que de mais sério há: a alegria e o espírito académico.
Assim, para o Sarau da Queima das Fitas de 1981, reorganizou-se a Orxestra Pitagórica, retomando o agrupamento que havia, em tempos, existido no seio da academia. Dotada de instrumentos sérios como violas, acordeão, cavaquinhos e bandolins, etc... e de instrumentos seríssimos como sanitas, sinais de transito, autoclismos, cântaros, chapéu de chuva de guizos, etc. ..., a Orxestra Pitagórica lançou ao público o seu repertório cénico e musical de cariz vincadamente "gargalhorico" e popular, dando o toque estudantil a algumas pitorescas musicas que popularmente são entoadas por esse Portugal além. Dos seus últimos 25 anos de vida, sem interrupções, a Orxestra Pitagórica já calcorreou todo este Portugal de norte a sul, ilhas, e vários programas de televisão. Lá por fora, Espanha, França, Itália, Cuba e República Dominicana, foram os países visitados. Por duas vezes venceu o extinto festival Grito Académico Super Bock, que só teve três edições. Já editou um trabalho fonográfico denominado "A2+B2=C2" quando comemorou o seu primeiro centenário. Tem um DVD ao vivo que, enquanto não é editado, pode ser visto no Youtube.com.
Habitantes famosos
D. Afonso Henriques, primeiro rei português (1139), fundador do Reino de Portugal. Está sepultado na Igreja de Santa Cruz, em Coimbra.
D. Sancho I, segundo rei português (1185), filho de D. Afonso Henriques. Está sepultado na Igreja de Santa Cruz, em Coimbra.
Santo António de Lisboa, santo católico (Lisboa, 15 de Agosto de 1195 — Pádua, 13 de Junho de 1231).
D. Pedro I, rei de Portugal (1357) e D. Inês de Castro, coroada rainha póstumamente, protagonistas da mais romântica tragédia portuguesa na Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Encontram-se sepultados frente a frente no Mosteiro de Alcobaça.
Pedro Nunes, famoso matemático do séc. XVI.
José de Anchieta, humanista e gramático do séc. XVI.
Carlos Seixas, proeminente compositor do séc. XVIII.
Miguel Torga (1907 - 1995), médico, escritor e poeta.
Carlos Paredes (1925 - 2004), músico português.
Irma Lúcia, vidente de Fátima.
Sérgio Conceição, futebolista.
Luis de Matos, mágico.
André Sardet, cantor.
Espaços de interesse
Coimbra é uma cidade romântica, tendo conhecido nos amores proibidos do rei Don Pedro e Dona Inês um dos seus episódios mais marcantes.
Mata Nacional do Choupal
Mata Nacional de Vale de Canas
Penedo da Saudade
Portugal dos Pequenitos
Aeródromo Municipal Bissaya Barreto (Coimbra)
Universidade de Coimbra
Parque Verde do Mondego
Biblioteca Joanina
Pavilhão Centro de Portugal
Estádio Cidade de Coimbra
Parque de Santa Cruz ou Jardim da Sereia
Festas Académicas
Coimbra é também conhecida pelas festas e tradições académicas.
A primeira das duas festas é a Latada ou a Festa das Latas e imposição das insígnias, que acontece no início do ano escolar, para dar as boas vindas aos novos estudantes (caloiros). As Latadas começaram no século XIX quando os estudantes exprimiam ruidosamente a sua alegria pelo termo do ano lectivo em Maio. Utilizavam para isso todos os objectos que produzissem barulho, nomeadamente latas. Foi a partir dos anos 50/60 que as Latadas passaram a ocorrer, não no termo do ano lectivo, mas sim no início, coincidindo com a abertura da Universidade e a chegada da população escolar de férias, o que dava à cidade um clima eminentemente académico. Actualmente os caloiros, incorporados no cortejo, vestem uma fantasia pessoal com as cores da sua faculdade, transportando cartazes com legendas de conteúdo crítico, alusivos à vida escolar ou nacional. Os caloiros seguem em duas filas paralelas, com os padrinhos que devem ter um comportamento digno de um estudante de Coimbra, dando o exemplo aos caloiros que se estão a iniciar na Praxe Académica. No fim do cortejo nas ruas da cidade, os novos estudantes são baptizados no rio Mondego.
A segunda festa é a Queima das Fitas, bastante mais importante que a primeira, tem lugar no fim do segundo semestre, mais concretamente no início do mês de Maio, começando na noite de quinta-feira para sexta-feira com a Serenata Monumental no largo da Sé Velha. É a maior festa estudantil de toda a Europa e tem a duração de 8 dias, um dia para cada faculdade da universidade (Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências do Desporto e Educação Física). Apesar de existirem mais festas do género em outras cidades, o aparecimento da Queima das Fitas começou em 1899 em Coimbra, fazendo assim com que seja única no país. Ela é a explosão delirante da Academia, consistindo para os Quartanistas Fitados e Veteranos, na solenização da última jornada universitária ou seja, o derradeiro trajecto de vivência coimbrã. Os festejos da Queima das Fitas consistem sobretudo no seu programa tradicional, composto por: Serenata Monumental, Sarau de Gala, Baile de Gala das Faculdades, Garraiada, Venda da Pasta, "Queima" do Grelo e Cortejo dos Quartanistas, Chá Dançante e Noites do Parque.
Monumentos
Arcos do Jardim ou Aqueduto de S. Sebastião
Biblioteca Joanina
Convento de Santa Clara-a-Nova
Igreja da Graça (Coimbra)
Igreja de Santiago
Igreja de São Bartolomeu
Igreja de Santo António dos Olivais
Jardim da Manga
Mosteiro de Celas
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Mosteiro de Santa Cruz
Portugal dos Pequenitos
Sé Velha de Coimbra
Sé Nova de Coimbra
Torre de Almedina
Torre de Anto
Economia e indústria
Apesar de Coimbra viver muito da sua universidade, há também shoppings de grandes dimensões (Centro Comercial Dolce Vita, Forum Coimbra e CoimbraShopping), indústria de tecnologia, de saúde, serviços financeiros, de justiça e para cuidados médicos especializados. Existem também bastantes clínicas privadas e dois grandes hospitais ao serviço de toda a região: H.U.C. - Hospitais da Universidade de Coimbra e C.H.C. - Centro Hospitalar de Coimbra.
Segundo dados de 2005, o distrito tem vinte e nove das mil maiores empresas do país e a mais importante zona industrial da cidade denomina-se «Parque Industrial de Taveiro».
Possui óptimas vias de comunicação, no centro da espinha dorsal do país, com ligação rodoviária à auto-estrada do Norte (A1) e também A14 e A31; ligação ferroviária (Estação de Coimbra-B, por onde passa - e onde pára sempre - o comboio rápido Alfa Pendular, Estação de Coimbra-A, no centro da cidade, e Ramal da Lousã); ligação aérea (Aeródromo Municipal Bissaya Barreto (Coimbra)); e ligação marítima, graças à proximidade com o porto da Figueira da Foz.
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