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segunda-feira, maio 07, 2007

a 7 de Maio nasceu a VARIG

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Varig
Fundada em 7 de maio de 1927



A Viação Aérea Rio-Grandense ("velha Varig") e a VRG Linhas Aéreas ("nova Varig") é uma das três principais companhias do sector de transporte aéreo brasileiro, tendo diferentes ofertas de rotas internacionais, atrás da TAM e da GOL Transportes Aéreos. O início da Varig remonta a 7 de maio de 1927, durante encontro da Associação Comercial de Porto Alegre. Foi lá que Otto Ernst Meyer, um imigrante alemão, assinou o certificado declarando que a Varig era uma companhia aérea, a primeira companhia aérea do Brasil. Sua sede encontra-se na cidade do Rio de Janeiro. Foi adquirida pela GOL Transportes Aéreos em março de 2007.

História
O primeiro avião da Varig foi um Dornier Do J Wal, apelidado de Atlântico, de nove passageiros, considerado um dos aviões mais modernos da época. Seu primeiro funcionário, Ruben Berta, mais tarde tornou-se o presidente da empresa e guiou a Varig para tempos de grande expansão, quando ela absorveu o Consórcio Real-Aerovias e herdou as linhas européias da Panair do Brasil, então a maior companhia aérea do país, fechada por decreto do governo militar. Ele deixou seu cargo quando faleceu, em 1966.

O primeiro vôo da Varig foi de Porto Alegre a Rio Grande, no mesmo estado, e parou em Pelotas.

No início operava principalmente no sul e sudeste do Brasil. Sua primeira rota internacional foi para Montevideo que iniciou operação em 5 de agosto de 1942. O primeiro vôo regular para os Estados Unidos foi em 1955, para Nova York, com o Super G Constellation, encomendado especialmente para esta rota. Em 1959, o Constellation foi substituído pelo primeiro jato da frota, o Sud Aviation Caravelle. No ano seguinte, 1960, entrou em operação na Varig o primeiro Boeing 707 (prefixo PP-VJA). Em 1961, com a incorporação do Consórcio Real Aerovias, a Varig ganhou novas rotas e novas aeronaves, como o Convair 990 Coronado. Em 1962, chegou o primeiro dos 14 Lockheed L-188 Electra que a Varig possuiu, que se tornaram famosos na linha entre Rio de Janeiro e São Paulo. O primeiro Electra operado pela Varig, de prefixo PP-VJM, encontra-se hoje no Museu Aeroespacial do Campo dos Afonsos no Rio de Janeiro. Os vôos para a Europa começaram em Fevereiro de 1965 quando o governo militar resolveu desativar a Panair do Brasil. Em 1968, a Varig inaugurou sua linha para o Japão. Em 1974 a Varig recebeu o primeiro dos 12 Douglas DC-10-30 que operou (prefixo PP-VMA) e o primeiro Boeing 737-200. Em junho de 1975 assumiu o controle acionário da Cruzeiro do Sul, que foi completamente integrada a Varig em janeiro de 1993. O primeiro Boeing 747 foi incorporado à frota em 1981 (prefixo PP-VNA) na gestão do presidente Helio Smidt, o primeiro Boeing 767 em 1986 e os dois primeiros McDonnell Douglas MD-11 em 1991, seguido pelo primeiro Boeing 747-400 (prefixo PP-VPI), no mesmo ano. O primeiro Boeing 777, por sua vez, foi recebido em 2001 (prefixo PP-VRA). Os únicos aviões da fabricante européia Airbus operados pela Varig foram 2 Airbus A300, tendo a subsidiária Cruzeiro do Sul operado com outras duas aeronaves idênticas.

Actualmente companhia aérea voa com vários tipos de aeronaves, como Boeing 737, Boeing 767, e MD-11. Foi membro da Star Alliance, e tem duas subsidiárias brasileiras: a Nordeste e a Rio-Sul. Em 2004, a Varig decidiu incorporar completamente as duas subsidiárias regionais (Nordeste e Rio-Sul) na companhia, que já estavam usando logotipos e pinturas bastante similares nas aeronaves.


Crise e Reerguimento
Há mais de quinze anos a empresa apresenta balanços financeiros negativos, além de ter mudado de comando mais de cinco vezes nos últimos seis anos.

Com dívidas estimadas em mais de 7 bilhões de reais, as dificuldades enfrentadas pela empresa são, supostamente, reflexo do congelamento das tarifas aéreas nas decadas de 80 e 90, complementadas por uma administração ineficiente.

No começo do mandato de Lula em 2003, o governo tentou promover uma fusão entre a Varig e a TAM, parte de um projeto para reduzir os custos operacionais de um setor que ainda sofria as consequências dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. A cogitada fusão, no entanto, não acontece, e o prejuízo maior fica com a Varig, que perde a liderança do mercado de vôos domésticos para a TAM.
Em 22 de junho de 2005 a justiça brasileira deferiu o pedido de recuperação judicial protocolado em 17 de junho do mesmo ano pela Varig (a recuperação judicial é o instrumento que substituiu a concordata com a entrada em vigor da nova Lei de Falências em junho de 2005 no Brasil). Com essa decisão, a empresa teve seus bens protegidos de ações judiciais por 180 dias, mas dispôs de um prazo de 60 dias para apresentar um plano de viabilidade e de recuperação a seus credores. As dívidas da Varig, inscritas no balanço de 2004, chegavam a 5,7 bilhões de reais.
Em novembro de 2005 a TAP, em conjunção com investidores brasileiros, formalizam a compra das subsidiárias Varig Log e VEM, garantindo o pagamento de credores internacionais. No mês seguinte, a Fundação Rubem Berta (FRB) fecha um acordo para transferir para a Docas Investimentos 67% das ações ordinárias da FRBPar, proprietárias da Varig. A Justiça do Rio de Janeiro, no entanto, suspende a operação, justificando que a troca de controle teria de passar primeiro pela aprovação dos credores. A FRB é afastada da gestão da Varig, enquanto os credores rejeitam a oferta da Docas Investimentos e aprovam um plano de reestruturação da companhia.
Por meio do plano de emergência - elaborado com a finalidade de sustentar o fluxo de caixa da empresa até meados de julho/agosto de 2006 - a Varig tenta conseguir mais prazo com os credores para quitar suas dívidas. Em abril de 2006 a Varig Log oferece 350 milhões de dólarres pela empresa, mas a proposta é recusada pelos credores. Uma nova oferta de 400 milhões é feita mas, sem uma definição da empresa, retirada no mês seguinte.
No dia 9 de maio uma nova assembléia dos credores define os termos de leilão da Varig, que poderá ser vendida integralmente (a Varig Operações, que cuida dos vôos nacionais e internacionais) ou separada (a Varig Regional, que cuida das operações domésticas). Os preços mínimos são, respectivamente, US$ 860 milhões e US$ 700 milhões.
Após outra proposta de compra feita pela Varig Log, uma nova assembléia foi realizada em 17 de junho de 2006. Os credores da classe 1 da empresa, formada pelos trabalhadores, aprovaram a oferta. Mas os da classe 2, que conjuga fundos de pensão e o Banco do Brasil, e da classe 3, reunindo empresas públicas e de leasing, rejeitaram a proposta. Foram mais de 20 votos contrários só na classe 3, a maior parte deles advindos de empresas estrangeiras. Este resultado inviabilizou a realização de um novo leilão da Varig, e como consequência a justiça pode vir a decretar a falência da empresa.


A venda
Em 20 de julho de 2006 a empresa foi vendida por US$ 24 milhões (R$ 52,3 milhões no cambio da época), em leilão, para a VarigLog, que assumiu R$ 245 milhões em bilhetes emitidos e o passivo (milhas acumuladas) de R$ 70 milhões do Smiles. A VarigLog se comprometeu a emitir debêntures (títulos de dívida) de R$ 100 milhões, que podem ser convertidas em 10% de participação na nova empresa para funcionários e credores com garantias, como o Aerus, fundo de pensão dos empregados da empresa. A VarigLog foi a única empresa a participar do leilão. Segundo analistas, o risco de sucessão de dívidas foi o principal fator que afastou o interesse de outras empresas nos leilões da Varig. Um dos deveres do novo dono é garantir um fluxo de caixa anual de R$ 19,6 milhões usado para pagar os credores da "velha Varig" nos próximos 20 anos.
Em 28 de julho de 2006 a empresa começou as demissões totalizando somente neste dia mais de 5000 postos de trabalho cortados, sem efetivamente pagar as recisões aos seus funcionários, pois estavam arroladas no plano de recuperação judicial, bem como os 4 meses de salários atrasados e dívidas diversas com os mesmos.
Em 28 de novembro de 2006 a Varig anunciou que vai operar mais sete rotas entre 18 de dezembro e 4 de março. Desta forma a empresa passa a voar para 12 destinos nacionais e quatro internacionais: Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Seguro, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Caracas, Bogotá, Buenos Aires e Frankfurt.
Em 14 de Dezembro de 2006 a Varig recebe o Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) da Anac e as demais concessões para funcionamento, iniciando, em definitivo, a Nova Varig.

Compra pela GOL
Em 28 de março de 2007 a companhia foi comprada pela GOL Transportes Aéreos. Ao contrário do que muitos pensaram, a Varig nao irá suprimir a Primeira Classe, fazendo com que os planos de incorporação de aeronaves à frota sejam executados de maneira simples: as da Varig terão primeira classe e as da GOL somente a classe Econômica.[1]. A GOL pretende utilizar a marca Varig primordialmente em vôos internacionais, pois a marca tem muito respeito no mercado mundial como antiga associada à Star Alliance, conhecida no mundo inteiro.

"Velha Varig"

NordesteA "velha Varig" - (sob denominação de S/A Viação Aérea Riograndense, pois não pode mais usar a marca VARIG) que ficou com as dívidas, com a marca Nordeste linhas aéreas , o centro de treinamento de pilotos e comissários e as estações rádio do sul e sudeste(GIG) - deve retomar suas operações com apenas um avião e com 50 funcionários com a rota Rio-Porto Seguro. Espera-se que com o passar dos anos sua frota e seus destinos possam ser ampliados.

A partir de Novembro de 2007 a Nordeste começa a operar de acordo com informações da empresa remanescente(S/A Viação Aérea Riograndense). Durante 20 anos sua dívida deverá ser paga pela "nova Varig" ou agora pela GOL. Com o término desta dívida, estas duas Empresas poderão voltar a ser apenas uma empresa.

A fundação Rubem Berta, controladora da Nordeste e outras empresas como o centro de treinamento de pilotos e Tropical (rede de hotéis) , fica afastada da direção das empresas citadas.

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