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quinta-feira, maio 24, 2007

foi a 24 de Maio, A BATALHA DE TIUÍUTI

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IMAGEM DA BATALHA

A Batalha de Tuiuti travou-se a 24 de Maio de 1866 nos pântanos circundantes do lago Tuiuti, em território do Paraguai.

É considerada pelos historiadores militares como uma das mais importantes batalhas da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1865), a maior e mais sangrenta travada na história da América do Sul, tendo confrontado efetivos do Exército paraguaio e forças da Tríplice Aliança.

O cenário
Após as batalhas do Passo da Pátria e do Estero Bellaco (2 de Maio), as forças aliadas, sob o comando do argentino Bartolomeu Mitre avançavam cautelosamente em território inimigo, desconhecido, uma vez que não havia mapas confiáveis sobre o terreno. Do mesmo modo, não se dispunham de informações sobre os efetivos e a disposição das forças inimigas.

A cautela de Mitre conflitava com as diposições dos comandantes das forças brasileiras, que pugnavam por maior rapidez no avanço, compreendendo que a lentidão era danosa ao moral e prestígio das tropas em marcha.


A Batalha

De acordo com o testemunho de George Thompson, um inglês que lutou como oficial no Exército paraguaio, Solano López confiava em que, nesse momento, uma esmagadora vitória pudesse empurrar o inimigo de volta ao rio Paraná, decidindo a guerra a seu favor. Os seus oficiais, ao contrário, pareciam céticos quanto à possibilidade de bater um inimigo mais numeroso, em um terreno mais adequado à defesa, uma vez que os aliados acamparam nos pântanos ao redor do lado Tuiuti. Sem levar essas ponderações em conta, López reuniu o maior contingente de tropas que conseguiu, aprontando-o para o ataque.


A batalha iniciou-se por volta das 11 horas, estendendo-se por seis horas. O efetivo paraguaio atacou, distribuído em três colunas: a do centro, com um pouco mais de cinco mil homens, lançou-se sobre a vanguarda aliada, composta por três batalhões uruguaios e mais unidades de reforço brasileiras. As alas, cada uma com cerca de nove mil homens, tentaram realizar uma manobra de cerco sobre o Exército Imperial brasileiro (à esquerda) e o Exército Argentino (à direita) nos flancos do acampamento aliado.

Para os aliados houve surpresa, confusão, ausência do comandante em chefe (General Mitre), imprevidência; risco de derrota em vários momentos da luta. Porém, com o recrudescer dos combates e a iniciativa dos diversos escalões (companhias, batalhões, regimentos e brigadas) - aos poucos a batalha adquire personalidade própria e se transforma de quase derrota em expressiva vitória, na medida em que se agiganta a figura do General Osório, intervindo diretamente na luta. Na verdade, ele assumiu o comando-chefe da batalha do Tulutí; é seu chefe máximo.


Conseqüências

A batalha culminou com uma expressiva vitória dos aliados. As avaliações sobre as perdas variam de fonte para fonte, mas todas são acordes e enfáticas em apresentar Tuiuti como um túmulo para o Exército paraguaio. As suas perdas estimadas foram de seis mil homens, entre oficiais e soldados; os feridos e capturados ascenderam a mais seis mil homens. Algumas unidades, como o 40° Batalhão de Infantaria, foram aniquiladas.

Entre os aliados, as perdas estimadas ultrapassaram os quatro mil homens. No Exército brasileiro contavam-se entre 719 e 736 mortos, além de 2.292 feridos. Entre os mortos encontrava-se o general Antônio de Sampaio, comandante da 3a. Divisão de Infantaria. As baixas no Exército Argentino elevaram-se a 126 mortos e 480 feridos. As do Uruguai, a 133 mortos e 299 feridos.


Embora diante dessa verdadeira tragédia, ao final da batalha os aliados ainda possuíam uma força de combate, ao contrário de López que, dali por diante, nunca mais conseguiu reunir uma força daquela magnitude para combater.

Com a vitória, as tropas aliadas ficaram firmemente estabelecidas em território inimigo.

Desde então sem condições humanas para se bater em campo aberto, a Solano López restava resistir entrincheirado nas fortificações - Fortaleza de Curupaiti e Fortaleza de Humaitá - , com a esperança de poder desgastar as forças inimigas.

MAS O QUE FOI A TRIPLICE ALIANÇA?


Tríplice Aliança (Guerra do Paraguai)

A Tríplice Aliança foi a união entre Brasil, Argentina e Uruguai para lutar contra o Paraguai na Guerra do Paraguai entre 1864 e 1870.

Foi uma Aliança feita, com o apoio da Grã-Bretanha; ela queria impedir o crescimento de uma potência sul-americana, e os outros países temiam uma possível expansão paraguaia em seu território.


Este tratado foi objecto de curtas negociações entre os três países interessados. Representou o Brasil uma curiosa figura humana, Francisco Octaviano de Almeida Rosa, político brasileiro do Partido Liberal, então a frente do governo. Quando ele foi encarregado de sua missão diplomática, só o Brasil fora atacado pelo Paraguai, dando-se isto em março de 1865.

Suas instruções visavam apenas obter a cooperação argentina naquele conflito. Logo em seguida, o Paraguai atacou Corrientes, província argentina (13 de abril de 1865). Com isto surgiu a possibilidade de um amplo tratado.

As instruções prévias para este foram emitidas do Brasil, mas só chegaram após sua formalização, em 1º de maio de 1865. Portanto, Octaviano baseou-se naquilo que já tinha e nas suas próprias ideosincrasias e firmou o acordo.

Ele foi útil para o Brasil, pois mostrou ao mundo, que duas repúblicas apoiavam uma monarquia, contra outra república, na América do Sul. Até então, o Estado monárquico brasileiro, conhecido como uma "flor exótica", não se aproximava muito de seus vizinhos.

Teve ainda pontos positivos e negativos. Dentre os negativos, o principal é que não mostrou com clareza quais as forças que cada país colocaria em campo. Apenas se disse que "os aliados concorrerão com todos meios de guerra de que possam dispor, em terra ou nos rios, como julgarem necessário" (art. 2º). Ao concordar com tal cláusula, o diplomata brasileiro estava assinando milhares de cheques em branco a serem descontados pelos aliados, em especial os argentinos. Houve outros pontos negativos, mas este foi o principal.

A guerra desenvolveu-se até 1870 e foi cara e sangrenta, em especial para o Brasi qye enviou os maiores contingentes e gastou o que podia e também o que não podia. Enquanto a Argentina enviava limitadas forças, depois sempre reduzidas, e ainda movimentava fortunas em seu território, enriquecendo comerciantes locais de todos os tipos. E tudo, para os abastecimentos de boca e de guerra do aliado brasileiro.

A bem da verdade, explique-se que Octaviano tinha veleidades poéticas e certa feita, referindo-se ao Rio da Prata, como oriundo de outros rios brasileiros e argentinos, ao final declarou que eles "abraçam-se no encontro e tem o mesmo leito". Muito bonito, mas nada realista.

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