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domingo, julho 29, 2007

cidades do Brasil - JUIZ DE FORA

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ANDAR NA CIDADE DE LISBOA
SEM OUVIR A LÍNGUA DE
CAMÕES A SOAR COM O PER-
FUME TROPICAL DA PRONÚNCIA
BRASILEIRA É HOJE EM DIA
FELIZMENTE IMPOSSIVEL.

O nosso blog, à medida que vai encontrando nossos irmãos do Brasil, aqui e acolá, vai prestigiando a cidade onde nasceram publicando matéria e imagens do local

Ontem, no Tastemaker, local onde costumo editar este blog, perguntei a uma das moças que lá trabalha qual a sua cidade e aqui estou pretigiando JUIS DE FORA - MINAS GERAIS.
aH, ELA È TORCEDORA DO fLAMENGO.

Juiz de Fora

Estado Minas Gerais

A BONITA CIDADE DE JUIZ DE FORA

Municípios limítrofes Santos Dumont, Ewbank da Câmara, Piau, Coronel Pacheco, Chácara, Bicas, Pequeri, Santana do Deserto, Matias Barbosa, Belmiro Braga, Santa Bárbara do Monte Verde, Lima Duarte, Pedro Teixeira e Bias Fortes.
Distância até a capital 255 quilômetros
Características geográficas
Área 1.436,850 km²
População 517.029 hab. est. 2007
Densidade 359,8 hab./km²
Altitude 678 metros
Clima Tropical de altitude Cwa

Indicadores
IDH 0,828 PNUD/2000
PIB R$ 3.674.196.819,00 IBGE/2003
PIB per capita R$ 7.573,68 IBGE/2003

Juiz de Fora é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, situado na Zona da Mata Mineira, sendo a quarta maior cidade do Estado, atrás apenas de Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem, com uma população estimada pelo IBGE para 2007 de 517.029 mil habitantes.

Actualmente um dos principais pólos industriais, culturais e de serviços do país, chegou a ser chamada de Manchester Mineira à época em que seu pioneirismo na industrialização a fez a cidade mais importante do estado. Com a grande crise econômica de 1929, a economia dos municípios mineiros ligados à cafeicultura sofreu grande abalo e Juiz de Fora só conheceu novo período de desenvolvimento a partir da década de 1960.

Sua área de influência se estende por toda a Zona da Mata, uma pequena parte do Sul de Minas e também do Centro Fluminense.



Geografia
Juiz de Fora é o município mais extenso da Zona da Mata. Totalizando uma área de 1.436,8 km², é formado por 4 distritos: Juiz de Fora, Sarandira, Torreões e Rosário de Minas.

As terras do município encontram-se inseridas na Bacia do rio Paraíba do Sul. A cidade se ergue às margens de um dos principais afluentes do Paraíba do Sul, o Rio Paraibuna, que corta o município no sentido norte-sul. Outros rios importantes que banham o município são os rios Cágado e do Peixe, afluentes do Paraibuna.

O clima de Juiz de Fora é do tipo tropical de altitude, caracterizado por duas estações bem definidas: uma seca e de menores temperaturas, que se estende de maio a setembro, e outra úmida e de temperaturas mais elevadas, de outubro a abril. A temperatura média anual é de 19,3°C, sendo a média das máximas em torno de 24°C e a das mínimas em torno de 15°C.

A cidade localiza-se nos contrafortes da Serra da Mantiqueira. O relevo é predominantemente montanhoso, apresentando formações típicas denominadas mar de morros. A altitude do município varia de 467 metros nos fundos de vale até 1.104 metros, estando o centro comercial da cidade a 678 metros de altitude.

A localização de Juiz de Fora é privilegiada, pela proximidade das principais metrópoles do Sudeste brasileiro. Por rodovia, a cidade dista 255 quilômetros da capital Belo Horizonte, 180 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro e 480 quilômetros da cidade de São Paulo.

Juiz de Fora é o município mais populoso da Zona da Mata. Possui alto grau de urbanização, residindo cerca de 99% da sua população na área urbana. As mulheres representam 52,4% da população, e os homens 47,6% (AMM).


Economia
Juiz de Fora tem como principais setores econômicos a indústria e os serviços. O setor de serviços é responsável por 57,8% do PIB do município, enquanto a indústria gera 41,7% do PIB (ALMG). As principais atividades industriais do município são a fabricação de alimentos e bebidas, produtos têxteis, artigos de vestuário, produtos de metal, metalurgia, mobiliário, montagem de veículos e outros.

A agropecuária tem uma participação reduzida no PIB do município, apenas 0,5%. Os principais produtos agrícolas são o milho e a cana-de-açúcar, e as pricipais criações são os galináceos, bovinos e suínos (ALMG).

Juiz de Fora possui um PIB per capita de 7,573 mil reais e uma das mais altas expectativas de vida do Brasil, destacando-se no ranking de desenolvimento humano da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, possui o segundo maior nível salarial médio por trabalhador do interior de Minas Gerais (R$ 758,38 em 2000), atrás apenas de Poços de Caldas (ver Remuneração média dos municípios mineiros).

Estrategicamente localizada entre os maiores mercados consumidores do país, é dotada de toda a infra-estrutura exigida para modernos empreendimentos. A cidade conta com um Distrito Industrial em operação sob administração da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG), centros de convenções e parque de exposições.

O município é bem servido de estrutura de transportes. Liga-se às capitais de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro através da rodovia BR-040. A BR-267, que também corta o município, liga Juiz de Fora ao Sul de Minas e à BR-116. Complementam as ligações rodoviárias a MG-133 e a MG-353. Juiz de Fora também é servida pela Estrada de Ferro Central do Brasil, ligando-se por ferrovia às grandes capitais brasileiras. A cidade também possui um aeroporto, além de ser a principal cidade a ser atendida pelo novo Aeroporto Regional da Zona da Mata.


Cultura
Juiz de Fora é um importante centro regional cultural. O município possui escolas de arte, escolas de música, corais, cinemas, teatros, espaços culturais, grupos folclóricos e de dança e diversas entidades culturais.

Dentre os 10 museus da cidade, destacam-se o Museu Mariano Procópio e o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes.

Juiz de Fora também possui uma orquestra filarmônica (Orquestra Filarmônica Pró-Música). A cidade realiza anualmente um dos maiores festivais de música clássica do mundo, o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, importante por resgatar e divulgar a produção musical barroca brasileira. Outro importante festival de música é o Pró-Jazz. Em Juiz de Fora realiza-se anualmente o Miss Brasil Gay.

A cidade sedia, ainda, O "Festival Internacional de Coros - FESTCOROS", maior evento da música coral no país, organizado pela "ASSOCIAÇÃO ARTÍSTICA E CULTURAL CORO MUNICIPAL JUIZ DE FORA", que é realizado anualmente na última semana do mês de setembro.

A vida cultural também é estimulada pela Universidade Federal de Juiz de Fora e diversas escolas de ensino fundamental, médio e superior, públicas e particulares, fazendo do município um destino comum para estudantes. O campus da UFJF tem concepção arquitetônica que retrata a época do governo militar, pois as áreas de medicina, direito e engenharia, entre outras, têm suas sedes afastadas, para evitar a reunião de estudantes contra a ditadura.

Juiz de Fora é a terra de importantes nomes da cultura brasileira. Destacam-se, dentre outros:

Rubem Fonseca - escritor;
Pedro Nava - escritor;
Murilo Mendes - poeta;
Fernando Gabeira - escritor e jornalista;
Ana Carolina - cantora e compositora;
Scheila Carvalho - dançarina e apresentadora;
Suely Costa - cantora e compositora
Soulfieri - banda local.
Eduardo Macedo - violinista e compositor.
Ely Manoel Rosa Machado - poeta;
A religião predominante na população do município é o catolicismo. Juiz de Fora é sede de uma arquidiocese e tem Santo Antônio como seu padroeiro. A cidade tem presença significativa de cristãos protestantes (metodistas, luteranos, presbiterianos e neopentecostais) e também espíritas.

História

Origens
A história de Juiz de Fora confunde-se com a história de Minas Gerais, pois suas origens remontam ao Ciclo do Ouro. Situada na Zona da Mata, então habitada pelos índios puris e coroados, a região foi desbravada quando da abertura do Caminho Novo, estrada criada em 1707 para o transporte do ouro da região de Vila Rica (Ouro Preto). Diversos povoados surgiram às margens da estrada, estimulados pelo movimento das tropas que ali transitavam rumo ao porto do Rio de Janeiro, a exemplo de Santo Antônio do Paraibuna, surgido por volta de 1713.

Em 1850, o arraial de Santo Antônio do Paraibuna foi elevado à categoria de vila, emancipando-se de Barbacena e formando um município. A elevação à categoria de cidade ocorreu quinze anos depois, quando foi adotada a denominação de Juiz de Fora. Este curioso nome gera muitas dúvidas quanto à sua origem. O juiz de fora era um magistrado nomeado pela Coroa Portuguesa para atuar onde não havia juiz de direito. A versão mais aceita pela historiografia admite que um desses magistrados hospedou-se por pouco tempo em uma fazenda da região, passando esta a ser conhecida como a Sesmaria do Juiz de Fora. Mais tarde, próximo a ela, surgiria o povoado. A identidade exata e a atuação desse personagem na história local ainda são polêmicas.

Um personagem de grande importância na cidade foi o engenheiro alemão Heinrich Wilhelm Ferdinand Halfeld (Henrique Guilherme Fernando Halfeld), que empresta seu nome a uma das principais ruas do comércio local. Halfeld, após realizar uma série de obras a serviço do Estado Imperial Brasileiro, acaba por fixar residência na cidade, envolve-se na vida política, constrói a Estrada do Paraibuna e promove diversas atividades no município, sendo considerado um de seus fundadores.

Mas contar a história de uma cidade é mais que citar seus personagens ilustres e seus feitos. Fazemos referência à população pobre e livre que vivia na cidade, responsável pelo pequeno comércio, produção de gêneros e utensílios de primeira necessidade e aos escravos, que constituíam, na década de 1860, quase 60% da população total.


Pioneirismo e imigração
A partir de 1850, Juiz de Fora passa a vivenciar um processo de grande desenvolvimento econômico proporcionado pela agricultura cafeeira que se expandia pela Zona da Mata mineira. Por iniciativa de Mariano Procópio Ferreira Lage, inicia-se a construção da primeira via de transporte rodoviário do Brasil: a Estrada União e Indústria, com 144 km de Petrópolis a Juiz de Fora, com o objetivo de encurtar a viagem entre a Corte e a Província de Minas e facilitar o transporte do café.

Mariano Procópio Ferreira Lage contrata então 1.193 imigrantes alemães para a construção da estrada e cria um núcleo colonial que, com a finalização das obras da União e Indústria, volta-se para a produção de gêneros agrícolas e dá origem à Colônia D. Pedro II, hoje atual bairro São Pedro. Os colonos se fixaram também na Vila São Vicente (atual Borboleta) e na Rua Mariano Procópio. Os imigrantes que chegaram a Juiz de Fora vieram em busca de uma melhor condição de vida e, após o fim da construção da estrada, se dedicaram às profissões que praticavam na Alemanha. Os alemães que vieram para Juiz de Fora em 1858 foram os primeiros protestantes a chegar em Minas Gerais.

Assim, a cidade foi sede do primeiro curtume industrial do país, a primeira cervejaria, a primeira estação telefônica, o primeiro grupo escolar e o primeiro transporte público de Minas Gerais, além da primeira escola de ensino superior de comércio do país, a Academia de Comércio. O comércio também progredia, podendo contar no ano de 1870 mais de 170 estabelecimentos comerciais e de serviços.


Vista panorâmica de Juiz de Fora, cerca de 1907No século XIX, Juiz de Fora tornou-se um dinâmico centro econômico, político, social e cultural. Aos poucos, suas funções se ampliam, ganhando ares de cidade moderna, ponto de confluência da população circunvizinha. Ganha um plano de demarcação e nivelamento de ruas, telégrafo, imprensa, banco, bondes. Em 1889, foi inaugurada no município a primeira usina hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos, importante marco do setor elétrico do país e grande impulsionadora da indústria na cidade.

Industrialização
Os ganhos obtidos com o café, associados às facilidades de transporte, energia e mão-de-obra, acrescida com a chegada de centenas de imigrantes italianos, possibilitaram um intenso desenvolvimento industrial, e a cidade passa a ser denominada "A Manchester Mineira". Os setores que mais se desenvolveram foram o da indústria têxtil e, em segundo lugar, o da produção de alimentos e bebidas.

Juiz de Fora, no fim do século XIX, possuía uma dinâmica vida cultural, representada pelos teatros, jornais, colégios e intensa atividade literária. A própria arquitetura reflete a prosperidade econômica e cultural, por meio do estilo eclético das construções, com diferentes manifestações do passado: o gótico, o grego e com a introdução, neste século, do Art Nouveau e Art Déco. Mais tarde, na década de 50 do nosso século, encontramos construções com concepções modernas, como as obras de Oscar Niemeyer e os painéis de Di Cavalcanti e Cândido Portinari.

Durante todo o século XX Juiz de Fora se destacou nos grandes momentos históricos do País. E, após viver um período de relativa decadência industrial a partir dos anos quarenta, passou a se destacar pelo crescimento dos setores comercial, industrial e de prestação de serviços, o que a coloca como a terceira cidade de Minas Gerais e a capital da Zona da Mata Mineira.

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