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sexta-feira, janeiro 02, 2009

PORTO FELIZ

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HOJE, SEGUNDO DIA DE
2009, O NOSSO BLOGUE
ESTÁ SENDO ACESSADO
POR UM CIBERNAUTA DE
PORTO FELIZ, DO ESTADO
DE SÃO PAULO.

Porto Feliz


Município de Porto Feliz
Aniversário
Fundação 13 de outubro de 1797
Gentílico portofelicense
Lema Longe levei as fronteiras do Brasil
Municípios limítrofes Itu, Sorocaba, Elias Fausto, Capivari, Rafard, Tietê, Boituva e Iperó
Distância até a capital 112 quilômetros
Características geográficas
Área 556,563 km²
População 47.774 hab. est. IBGE/2008
Densidade 93,2 hab./km²
Altitude 523 metros
Clima Subtropical úmido Cfa
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,8 elevado PNUD/2000 [3]
PIB R$ 482.155 mil IBGE/2005 [4]
PIB per capita R$ 9.475,00 IBGE/2005

Porto Feliz é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 23º12'53" sul e a uma longitude 47º31'26" oeste, estando a uma altitude de 523 metros. Sua população estimada em 2004 era de 49 915 habitantes.

História
O início
Porto Feliz nasceu na margem esquerda do rio Tietê em um lugar que os indígenas nativos chamavam de Araritaguaba. O mais antigo registro conhecido do local é de 1693 e refere-se a uma fazenda de Antonio Cardoso Pimentel que originou o povoado. Um decreto de 13 de outubro de 1797 elevou o povoado à categoria de vila e mudou o nome para Porto Feliz.

A cidade tem uma economia diversificada baseada na agricultura e em pequenos e médios estabelecimentos industriais. Na zona rural da cidade observamos o predomínio da monocultura da cana-de-açúcar.

A origem do nome Porto Feliz
A Vila de Porto Feliz foi criada no reinado de D. Maria I, rainha de Portugal. O documento de criação foi assinado pelo governador da capitania de São Paulo, Antônio Manuel de Melo e Castro de Mendonça, no dia 13 de outubro de 1797.

O povoado às margens do lendário rio Tietê, chamado anteriormente Freguesia de Araritaguaba, pertencera até então ao termo da vila de Itu. Com a condição de vila, Porto Feliz alcançava a sua autonomia. A vila era uma unidade política e administrativa autônoma equivalente a município, com direito a ter Câmara e cadeia. Conquistada a condição, uma das primeiras providências deveria ser o levantamento do Pelourinho, uma coluna que simbolizava a autonomia, geralmente feita de pedra. O termo era o território da vila, dividido em freguesias. A sede do termo ficava nas respectivas vilas ou cidades.

O documento assinado pelo governador concedia à freguesia de Araritaguaba a condição de vila, denominando-a Vila de Porto Feliz, e determinava a definição do território do termo, a ereção do Pelourinho, a demarcação do terreno para a construção dos Paços do Concelho e cadeia, a eleição de juízes, vereadores e demais oficiais da Câmara Municipal. O ato atendia ao pedido dos moradores da freguesia de Araritaguaba, que nesse sentido enumeravam os vários incômodos atribuídos à distância de léguas da sede do termo, a Vila de Itu. Mas, o governador também o justificava por ser o local um porto freqüentado por comerciantes das minas de Cuiabá e por expedições destinadas por Sua Majestade Fidelíssima aos vastos sertões, algumas delas chegando a alcançar a fronteira da América Espanhola. Em seguida, o governador vaticinava: por isso, Porto Feliz tem toda a capacidade e disposição para vir a ser em poucos anos uma das vilas mais opulentas desta capitania.

Antônio Manuel de Mello e Castro de Mendonça tomou posse do governo de São Paulo em 28 de junho de 1797, tendo sido o décimo quarto capitão general da capitania. O seu mandato estendeu-se até 10 de novembro de 1802. Posteriormente foi enviado pela Coroa, a partir da Corte no Rio de Janeiro, como 32º capitão-general, ou governador-geral de Moçambique, entre 14 de Agosto de 1809 e Agosto de 1812, tendo também sucedido a seu pai (interinamente?) no cargo de capitão-general dos Açores. Oriundo de uma velha linhagem da mais alta nobreza lusitana, os Mello e Castro, alcaides-mores de Colares, comendadores de Fornelos na Ordem de Cristo, composta ao longo dos séculos da expansão portuguesa por religiosos, militares, navegadores, vice-reis e governadores coloniais nas cinco partes do mundo, ele era conhecido como Pilatos, apelido já antes dado em Porugal, por brincadeira, a seu pai, Diniz Gregório de Mello e Castro de Mendonça, o Pilatos, fidalgo do Conselho del-Rei (conselheiro de Estado), 2º capitão-general dos Açores, quando ele comprara o célebre Palácio do Cunhal das Bolas, em Lisboa, a um rico comerciante do Bairro Alto chamado localmente pelo povo de "o Pilatos" - Diniz de Mello e Castro, seu pai, fora também o último governador da cidade portuguesa africana de Mazagão, que entregou por ordem do ditador Pombal, em 1769, ao sultão de Marrocos, seguindo em 1770 a sua população a fundar no Brasil Vila Nova de Mazagão. O avô materno de Diniz, bisavô de António Manuel, D. Rodrigo da Costa (filho do heróico embaixador a França, conjurado na Aclamação do rei D. João IV, D. João da Costa, 1º Conde de Soure) 37º vice-rei da Índia, fora o 31º governador do Brasil entre 1702 e 1705.

O historiador Afonso de Escragnolle Taunay colocou Mello e Castro entre os melhores administradores da capitania de São Paulo desde a sua fundação pela carta régia de 3 de novembro de 1709, documento que instituiu a capitania de São Paulo e Minas do Ouro. “Reais méritos de administrador e governante dotavam Antônio Manuel de Melo, homem ilustrado, progressista, de trato ameno, autoridade reta e branda, [...] inteligente, esclarecido e estudioso dos principais problemas administrativos de sua vasta circunscrição”, escreveu sobre ele o historiador das monções e das bandeiras paulistas.


A Igreja Matriz.Logo que recebeu o cargo, Mello e Castro tomou providências para a elaboração de quadros estatísticos rigorosos sobre a economia da capitania, para se ter idéia do que São Paulo era capaz de produzir e exportar. O trabalho permitiu a elaboração de uma série de mapas estatísticos, enviada ao ministro de estado D. Rodrigo de Sousa Coutinho, futuro 1º conde de Linhares. O ministro de D. Maria I preocupava-se com o estado da agricultura e da mineração e procurava, em seu estudo sobre o tema, examinar as razões do declínio da exploração do ouro. Sua análise incidia principalmente sobre as técnicas da lavra. Por outro lado, indicava que a utilidade das lavras dependia do grau de desenvolvimento das manufaturas da metrópole. A exploração da colônia era condição de desenvolvimento da metrópole e ao mesmo tempo pressupunha esse desenvolvimento. O círculo vicioso somente seria rompido com um progresso simultâneo das duas partes, isto é, da colônia e da metrópole. Estudos consistentes demonstram que no campo da política econômica ocorreram maiores aberturas em Portugal e nas colônias no reinado de D. Maria I. Pois a bondosa rainha, cognominada a Piedosa, ao subir ao trono em 1777, logo desterrou o Marquês de Pombal, chamando ao poder uma nova equipe dirigente, de índole ilustrada, fisiocrata, que processou pacificamente reformas suaves, conseguindo o maior superavit do budget da História de Portugal, bem em contraste com os cofres vazios, o nepotismo e o terror deixados no Reino quando da queda do ditador Pombal, o tristemente famoso ministro de D.José I.

Antônio de Mello e Castro, escolhido governador por influência de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, 1º conde de Linhares, conseguiu organizar vinte e quatro mapas com dados minuciosos sobre a população da capitania de São Paulo no ano de 1800 e o estado da economia em 1801. Os mapas demográficos referem-se a nascimentos, casamentos e óbitos. Os demais mapas tratam da exportação e importação da capitania, comparação de preços unitários dos gêneros exportados e importados, a navegação transatlântica a partir do porto de Santos, o movimento dos portos e dos registros. Tudo isso foi remetido a D. Rodrigo no dia 22 de abril de 1802, junto com um ofício no qual o capitão general dava azo ao seu otimismo e antevia o futuro de São Paulo: “graças ao excesso da exportação sobre a importação marchava a sua capitania para um estado de considerável opulência”.


Prédio da Guarda Civil Municipal, prédio da antiga cadeia pública.O último mapa da série interessa particularmente aos estudiosos da história de Porto Feliz e ao mesmo tempo é um documento importante para o estudo do comércio no Brasil central. Trata-se do “Mapa dos gêneros, mercadorias e efeitos que saíram desta capitania de São Paulo para a de Cuiabá e Mato Grosso, pelo Porto Feliz no ano de 1801”. A exportação citada nesse documento partiu toda de um único porto fluvial, o antigo porto de Araritaguaba que em 1797 fora denominado de Porto Feliz pelo próprio Antônio Manuel de Melo e Castro de Mendonça. Os gêneros citados na estatística do capitão general foram embarcados em grandes canoas como nos primeiros tempos das grandes monções. As expedições monçoeiras do século XVIII partiam de Porto Feliz e desciam todo o Tietê abaixo, depois entravam no Paraná e subiam o Pardo acima, em seguida varavam em Camapuã para descerem o Coxim e o Taquari e navegarem a contra-corrente pelo Paraguai, São Lourenço e Cuiabá.

O documento permite avaliar a variedade dos produtos exportados através de Porto Feliz. O mapa relaciona os seguintes gêneros: sal, farinha de mandioca, feijão, farinha de trigo, marmelada, ferro, aço, chapas de cobre, cera do reino, chumbo, vinho, aguardente do reino, aguardente da terra, malvasia, azeite doce, vinagre, escravos, machados, enxadas, foices, almocafres, pregos sortidos, cravos de ferrar, alavancas, fazendas, panos de algodão, louças, pólvora, capados. No meio do rol de mercadorias são citados 46 escravos, entre vasilhames de vinagre e centenas de machados.


Monumento da Gruta Nossa Senhora das Monções.De Mato Grosso só poderiam chegar a Porto Feliz artigos preciosos. Primeiramente, o ouro. Mas também vinham a poaia, a salsaparrilha e alguns medicamentos da farmácia caseira comuns naquela época. Taunay alerta para o fato de que a tal respeito silenciam as estatísticas do capitão general. Ele nada diz sobre o ouro que possivelmente ainda era despachado de Cuiabá. O governador que anteviu um futuro de opulência para São Paulo e para a antiga freguesia de Araritaguaba não conseguiu imaginar que a rota fluvial do Tietê seria abandonada ao longo do século XIX, sendo aos poucos substituída por caminhos terrestres que deixaram ao largo o antigo porto das monções e a Vila de Porto Feliz. [O texto "A origem do nome Porto Feliz" é reprodução de artigo publicado em MR-USP pelo historiador Jonas Soares de Souza.


População Total: 45.514
Urbana: 36.604
Rural: 8.910
Homens: 22.827
Mulheres: 22.687
Densidade demográfica (hab./km²): 81,79
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 11,04
Expectativa de vida (anos): 74,03
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 1,97
Taxa de Alfabetização: 92,59%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,800
IDH-M Renda: 0,719
IDH-M Longevidade: 0,817
IDH-M Educação: 0,864

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