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segunda-feira, junho 06, 2005

PORTUGAL E BRASIL , a caminho da Alemanha

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PORTUGAL E BRASIL VENCERAM
EM SELECÇÕES NACIONAIS DE
FUTEBOL, OS SEUS JOGOS
PARA O CAMPENATO MUNDIAL
DA ALEMANHA.
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PORTUGAL, 2 ESLOVÁQUIA , 0
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Portugal deu ontem um passo em frente, quiçá decisivo, rumo à fase final do Mundial ao bater, no inferno da Luz, e graças a uma exibição personalizada, segura e, a espaços, brilhante, a Eslováquia. Cristiano Ronaldo pintou a manta no regresso de Figo, outro ás que deu ainda mais ritmo e cor ao ataque português, num jogo decidido nas bolas paradas, o que vai começando a ser uma especialidade na Selecção Nacional de Luiz Felipe Scolari. Para além dos três pontos que tornam Portugal líder invicto do Grupo 3, a representação eslovaca descolou e, no confronto directo, em caso de empate, fica para trás. Mas não devem ser precisas essas contas.
Num momento duro e avançado da época, os jogadores da selecção deram uma demonstração de força e vitalidade, e os mágicos resolveram dar à costa. Era imperioso. Mas não só eles. Alex, uma estreia absoluta, e Caneira mostraram ser opções credíveis, Maniche e Petit foram dois pivôs importantíssimos na construção de jogo e na recuperação da bola, e nem os tremeliques da zona central da defesa, no dealbar do embate, causaram mossa, porque Ricardo esteve bem e tranquilo. Portugal mostrou ter os trabalhos de casa feitos e os rasgos individuais acabaram por desmontar um adversário forte e corpulento que teve, inclusivamente, a primeira situação de golo feito, que Mintal, máximo goleador da Bundesliga, desperdiçou. Os cortes dos centrais foram quase sempre de risco, e Felipão sentiu o perigo. Meira "vingou" alguma instabilidade, marcando o primeira da noite, após canto, e Cristiano Ronaldo coroou uma exibição demolidora, com um golo de bandeira, de livre directo. Segue-se a Estónia.

Dezassete pontos em sete jogos, a Selecção Nacional caminha, sem desvios, para a fase final do Mundial e no jogo-chave da qualificação, mostrou os galões de vice-campeão da Europa, marcando dois golos e aquecendo o povo, que voltou a encher a Luz. Mas o jogo nem começou nada bem.


Uf, Ronaldo

A pouca rodagem dos centrais e alguma "instabilidade" nas marcações, perturbaram a fluência de jogo atacante de Portugal; a Selecção queria atacar, mas sentia o perigo nas costas. A um/dois toques, fixando o gigante Jakubko, a Eslováquia conquistava espaços com facilidade, porque as unidades estavam bem posicionadas e os médios e centrais portugueses tardavam a acertar as marcações. Por isso o golo de Meira caiu do céu. Portugal criava pouco, jogava aos repelões, mas o desvio do jogador do Estugarda acordou o grupo. E Portugal passou de instável a dominador, gizando boas jogadas, sobretudo na altura em que Figo passou para a direita. Foi um período de grande fulgor ofensivo, com a Eslováquia a apanhar bonés, sem reacção, porque Maniche e Petit ganhavam todas as bolas, Figo e Cristiano Ronaldo eram diabólicos no um contra um e Deco..., bom, Deco fazia passes e rasgava terrenos de forma impressionante. Mas foi o golo de Cristiano Ronaldo, na conversão de um livre, que serenou completamente a equipa.

Portugal reentrou melhor do que saiu, porque Cristiano Ronaldo empolgou-se com o golo ao cair do pano para o intervalo. E Zabavnik, o lateral-direito da Eslováquia, passou um mau bocado. A Eslováquia perigosa entre os 15' e os 25' tombou incrédula com a capacidade técnica dos ases portugueses; Cristiano Ronaldo fazia miséria, fintas inexplicáveis, Figo rasgava, desgastava-se, Deco entrava por todos os lados. Era, finalmente, um Portugal diabólico, sustentado num trio mortífero.

O terceiro golo rondou a baliza de Contofalsky, mas Pauleta não esteve nas suas noites. Seguiu-se tempo para Portugal deixar correr o marfim, para Felipão tirar alguns dos mais desgastados, mantendo Figo, porque Figo foi o capitão que deu tudo o que tinha no jogo que marcou o seu regresso à família, e teve sempre o condão de segurar ímpetos, ajudando ainda na defesa. Muito bem. Fim de festa, uma festa bonita, porque Portugal foi rigoroso, seguro, somando um triunfo incontestável

Portugal um a um
A ESTRELA: 8 Cristiano Ronaldo
Bailinho da Madeira

Cristiano Ronaldo ganhou um lugar de destaque na Selecção Nacional no Euro'2004 e, após a "pausa" de Figo, assumiu ainda mais o papel de desequilibrador da equipa. Ontem, no regresso do capitão, o jogador do Manchester United voltou a mostrar em campo toda a sua qualidade, dando um autêntico "bailinho da Madeira" aos adversários que lhe surgiram pela frente. Fintas de todos os géneros e feitios, cruzamentos perigosos e, claro está, um grande golo, de livre directo, justificam a sua eleição como o melhor em campo.


A estreia de Alex no regresso feliz de Figo

Alex estreou-se na Selecção Nacional com uma exibição convincente, num jogo em que Figo, Deco e Ronaldo formaram um trio de "mágicos" que deslumbrou o público. A superioridade lusa só esteve em causa nos primeiros minutos, mas depois da defesa acertar e com Petit e Maniche implacáveis no meio-campo, a Eslováquia foi uma nulidade


ANTÓNIO PIRES



7 Ricardo

No segundo tempo foi um mero espectador, tendo apenas de se aplicar num ou outro cruzamento e num remate sem grande perigo. Contudo, acabou por ter acção decisiva na primeira parte. Aos 17', defendeu a punhos um remate forte de Jakubko, aos 26', após um erro de Jorge Andrade, com o pé tirou o pão da boca a Jabubko.


7 Alex

Num baptismo de fogo, o lateral fez uma exibição para mais tarde recordar. Esteve desinibido, combinando muito bem com Figo e Ronaldo, e a defender transmitiu segurança. Na retina ficaram ainda uma série de cruzamentos perigosos.


6 Fernando Meira

A nota penaliza sobretudo a forma como entrou em jogo, nervoso e comprometendo em alguns lances que poderiam ter resultado em golo da Eslováquia. Contudo, depois de ter inaugurado o marcador, ganhou confiança e na segunda parte esteve particularmente eficaz nas marcações.


7 Jorge Andrade

Também passou por alguns apuros nos primeiros momentos de jogo, apesar de menos inseguro. Esteve implacável nos duelos individuais.


7 Caneira

Bela exibição do defesa que não é lateral de raiz. Nemeth não conseguiu pôr o pé em ramo verde e Slovak não fez melhor. Mostrou ainda disponibilidade para ajudar o ataque, apesar das naturais dificuldades nos cruzamentos.


7 Maniche

No final de uma época que não lhe correu particularmente de feição, Maniche deu ontem um ar da sua graça e mostrou o porquê de ter sido um jogador fundamental no FC Porto campeão Europeu. Entrega a tempo inteiro e inteligência táctica deram brilho a uma exibição convincente.


7 Petit

A raça do costume. Foi precioso a dar solidez ao meio-campo e permitiu aos "magos" do ataque soltarem-se em acções ofensivas. Foi um substituto à altura do castigado Costinha. Ainda chegou a ensaiar o seu forte pontapé, designadamente num livre directo, aos 63', que obrigou Contofalsky a defesa apertada.


7 Figo

Regresso que se saúda, pela qualidade indiscutível que dá ao futebol da Selecção. Para quem tinha dúvidas sobre a sua utilidade, Figo fez questão de dissipá-las exibindo-se em grande nível. Junto com Deco e Ronaldo foi uma dor de cabeça para os defesas contrários e assumiu, como sempre, o papel de líder quando foi necessário. Destaque para uma brilhante jogada aos 74', quando tirou da frente dois adversários e partia isolado para a baliza, sendo travado por Varga em falta.


8 Deco

Dá gosto vê-lo jogar. É um jogador verdadeiramente completo. Deu recital, abrindo o livro logo nos primeiros minutos e mantendo a bitola até ser substituído. Marcou o canto do qual resultou o primeiro golo, sofreu a falta do qual nasceu o segundo e fez ainda uma série de passes de morte. A defender cerrou os dentes quando necessário, mas foi mesmo a criar que mais se destacou.


5 Pauleta

Deslocado nesta equipa. Na primeira parte passou completamente ao lado do jogo, destacando-se apenas pelos inúmeros foras-de-jogo que lhe foram assinalados. Apesar de raras vezes ter conseguido combinar com os companheiros, no segundo tempo ainda conseguiu ter dois remates com algum perigo, mas ambos acabaram defendidos.


5 Quaresma

Tempo para alguns toques artísticos, integrando-se bem na equipa.


- Hélder Postiga

Entrou quando Portugal fazia circulação de bola...


- Tiago

Poucos minutos em campo.





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NESTE FINAL DE SEMANA NÃO
HOUVE BRASILEIRÃO, POIS
A CANARINHA JOGOU PARA
A CLASSIFICAÇÃO PARA O
CAMPEONATO DO MUNDO DA
ALEMANHA, VENCENDO DE
4-1 O PARAGUAI.


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Estádio lotado, tapete verde irrretocável, um adversário fragilizado em relação a outras equipes paraguaias, novas e antigas, só podia resultar mesmo num espetáculo de primeira qualidade para um time que conta com talentos como Ronaldinho Gaúcho, o moleque Robinho, Kaká e, ontem, um inspirado Zé Roberto: uma goleada de 4 a 1 e a expectativa de que quarta-feira, aí sim, contra a maior rival, dentro e fora do campo, a Argentina, decidir a liderança das Eliminatórias, porque quanto à classificação de ambos para a Copa da Alemanha, ninguém tem o direito de por em dúvida.

O Brasil poderá garantir a classificação se vencer a Argentina. Em caso de empate, a Seleção, na pior das hipóteses, assegura o quinto lugar e, conseqüentemente, uma vaga na repescagem contra o campeão da Oceania. Depois, a Seleção só volta a campo pelas Eliminatórias em setembro, contra o Chile.

A grande expectativa da torcida gaúcha que foi ao Beira-Rio e do resto da torcida brasileira que ficou de olho na tevê era, como não podia deixar de ser, a dupla formada por Ronaldinho e Robinho, já que o outro Ronaldo está de férias. E a dupla não decepcionou.

Robinho é bem verdade começou o jogo um pouco inibido. Mas foi só questão de encontrar a melhor posição em campo, porque seus marcadores guaranis, ele os esnobou um a um, até mesmo Manzur, o primeiro a tentar barrá-lo com falta violenta e a levar o merecido cartão amarelo. Depois nenhum problema.

Nem ele e muito menos Ronaldinho. Aparecia em todos os lugares e só enfiando bolas, enlouquecendo a defesa paraguaia. Como a que passou para Roberto Carlos entrar às costas de Paredes, cruzar e ver o lateral paraguaio usar a mão dentro da área. Ronaldinho bateu o pênalti e fez o primeiro.

O segundo foi do outro lado, pela direita. Robinho recebeu o lançamento, pedalou e foi derrubado na área por Da Silva. Outra vez Ronaldinho, Brasil 2 a 0.

Mais bonito foi o terceiro gol, já no segundo tempo. Após linda tabela, Zé Roberto, carimbou sua ótima atuação com um belo chute de esquerda. Houve um susto, quando numa bola cruzada da direita, Lúcio, que acabou expulso, falhou feio e Santa Cruz diminuiu.

Mas a resposta não tardou e Robinho encerrou o treino de luxo para pegar a Argentina, completando um lindo passe de Kaká.

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