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Capitão do Flu, e do Sportimg, Duílio busca reconhecimento como técnico
Um grande líder da geração tricampeã carioca (1983/84/85) e campeã brasileira (1984) no Fluminense. Assim pode ser qualificado o ex-defesa Duílio, que conquistou a torcida carioca e a claque do Sporting de Portugal, com seu modo sério dentro de campo. Agora ele vive uma nova fase dentro do futebol. Há uma década busca a afirmação na carreira de treinador.
Actualmente, Duílio está desempregado. Voltou ao Brasil há um mês, depois de comandar o Al Qadsia, do Kuwait. No estrangeiro, alcançou sucesso, com quatro títulos em cinco campeonatos disputados e voltou com um óptimo cirriculo. “Fomos vice- campeões em apenas um torneio. Não ganhei esta competição porque o árbitro não deu um pênalti para nosso time, alegando que o jogo estava bonito e deveria ir para a prorrogação. No final, perdemos nos pênaltis”, afirmou. “Depois do jogo, o sheik queria pegar ele”, completou.
Além disso, Duílio admite que teve dificuldades de adaptação no Kuwait. “Imagina ficar uma semana preso num apartamento? Lá precisa ter paciência, tudo acontece no tempo deles. Vão resolver quando quiser. Você exercita sua calma e uma porção de outras coisas”, disse.
Na volta ao Brasil, Duílio vive a incerteza de não ser conhecido profissionalmente. Afinal, ele teve uma passagem de dez anos em Portugal, onde encerrou a carreira de atleta. Assim, alega que acabou esquecido no Brasil. “As pessoas precisam ter coragem de dar oportunidade a um treinador novo no mercado”, destacou o técnico, que garante ter propostas de clubes de todas as divisões do Campeonato Brasileiro.
Como jogou em Portugal, Duílio fez o curso de treinador no próprio país do Velho Continente. Ainda por cima, participou de estágios em clubes portugueses. No retorno ao Brasil, procurou realizar uma atualização para se adaptar ao estilo jogado na terra pentacampeã mundial.
O currículo de Duílio, além do Kuwait, conta com passagens pelo Machico (de Portugal), Anapolina-GO, Imperatriz-MA e Nova Iguaçu-RJ. Como auxiliar, esteve no clube em que mais se identificou na época de atleta, o Fluminense. Como um verdadeiro presente, recebeu a chance de trabalhar ao lado de treinadores consagrados, como Carlos Alberto Parreira e Valdir Espinosa.
Lembranças – Mesmo com a luta para se tornar um técnico respeitável, Duílio não esquece dos grandes momentos que viveu como jogador. Revelado no Coritiba, ele também teve passagens por Portuguesa, América-RJ e vários clubes de Portugal (os principais foram Sporting e Estrela Amadora). Mas o auge ocorreu no Fluminense e no Sporting , onde foi um veraddeiro líder, inclusivé dos jogadores brasileiros de todos os clubes, a jogar em Portugal. Controlou Jardel, enquanto pôde..
”Aquele time do Fluminense deu certo porque a gente cansou de sofrer. Quando iniciamos em 1983, éramos considerados um bando. Fomos eliminados precocemente do Campeonato Brasileiro e a diretoria nos avisou que não tinha dinheiro para o pagamento. Viajamos o Sertão durante 20 dias, fazendo dez amistosos. A partir daí, houve algo com os jogadores para mudarem de situação”, lembrou Duílio.
Nas Laranjeiras, o ex-zagueiro teve oportunidade de compor a zaga com três atletas. “Joguei ao lado do Eraldo, Ricardo Gomes e Vica. Todos eram grandes jogadores. Mas acho que me dei melhor com o Ricardo, que tinha um estilo clássico. O Vica, por exemplo, era mais duro”, analisou.
Elogios – A atualização é algo fundamental para um técnico alcançar o sucesso no futebol. Por isso, Duíl i o tem observado os novos talentos produzidos no Campeonato Brasileiro. Em sua antiga posição, o treinador elogiou o zagueiro Edcarlos, do São Paulo, que também disputou o Mundial Sub-20 pela seleção brasileira.
: Duílio Dias Júnior Data de nascimento: 13/03/57
Local de nascimento: Curitiba (PR)
Altura: 1m86
Peso: 79 kg
Clubes: Coritiba, Portuguesa, América-RJ, Fluminense, Sporting (Por), Estrela Amadora (Por), Ovarense (Por) e Portimonense (Por).
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