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segunda-feira, julho 24, 2006

DASPU

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A já conhecida capacidade inventiva dos brasileiros volta a surpreender.
Foi lançada recentemente (Outubro 2005), uma nova linha de roupa no
Brasil, que tomou de assalto, revolucionando, a moda brasileira.

A marca, ou grife (como é designada no Brasil) lançou roupas,
especialmente T-shirts, mas não só, de grande sensualiadade e bom
gosto, que vêm conquistando todos os segmentos da sociedade
brasileira.
O que torna tudo isto diferente, é que a marca (grife) foi lançada
por 22 "garotas de programa", e que a sigla "DASPU" resulta da fusão
das palavras" das-putas", que afinal, é a ocupação base das criadoras
do projecto,


O objectivo é que as peças da Daspu sejam usadas não só pelas prostitutas,
mas pelo público. "Penso em saias curtas, mas não só isso. Também
vamos desenhar algumas saias compridas com fendas, algo mais
insinuante", explica Gabriela. Roupas transparentes, nem pensar. "Isso
é coisa de travesti", descarta ela. O primeiro trabalho experimental
foi o desenho para o bloco carnavalesco Prazeres Davida, que começou a
ensaiar para o Carnaval na última semana.
Estão envolvidas directamente na empreitada 22 prostitutas e o capital
inicial foi emprestado pela própria ONG. Com a venda das roupas, o
dinheiro será restituído.
A esperança é que a quantia apurada traga alívio para a instituição, nesses
tempos de poucos patrocinadores. "Não fazemos muito sucesso nessa tal
de responsabilidade social. Qual empresa gostaria de associar seu nome
a prostitutas?", lamenta Gabriela. Ela estima que a média de ganho de
uma prostituta que trabalha na rua é de R$ 1 mil mensais. Mas há as
que ganham para pagar somente o almoço e o jantar. Por isso, a ONG tem
como uma de suas bandeiras actuais a defesa do projeto de lei que
equipara a prostituição a outras profissões, com os mesmos direitos
trabalhistas. A diretora da associação reconhece que as chances de
aprovação no Congresso não são grandes.

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