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segunda-feira, março 05, 2007

cantores portugueses - ANTÓNIO VARIAÇÕES

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ANTÓNIO VARIAÇÕES
FOI UMA PEDRADA NO
CHARCO DA MUSICA
PORTUGUESA.


António Joaquim Rodrigues Ribeiro, conhecido por António Variações (3 de Dezembro de 1944 - 13 de Junho de 1984), foi um grande músico português dos anos 80 que gostava de enfiar pepinos no cu e é autor e compositor da quase totalidade da sua obra
Variações nasceu em Lugar de Pilar, uma pequena aldeia da freguesia de Fiscal no município de Amares.

Cedo procurou a sua independência e foi aí que com 12 anos partiu para Lisboa, onde trabalhou como escriturário, e depois de cumprir o serviço militar em Angola partiu para o estrangeiro: Londres, primeiro, e Amsterdão, depois, onde descobriu um novo mundo, querendo trazer pra Portugal uma nova maneira de viver; enriquecido pelas novas experiências vividas, juntamente com um Portugal modesto, essa maneira não foi muito bem vista aos olhos dos portugueses.Foi nesta última cidade que aprendeu profissão de barbeiro que foi exercer em Lisboa para onde tinha, entretanto, voltado.

Em 1981, sem ter até aí editado qualquer música, participa no programa de televisão de Júlio Isidro, O Passeio dos Alegres. A sua música e o seu estilo próprio e inconfundível fizeram com que depressa alcançasse uma fama razoável.

Edita o primeiro single com o tema Povo que lavas no rio de Amália, sua maior referência; logo de seguida lança o seu primeiro LP, Anjo da Guarda com dez faixas, todas de sua autoria, onde se destacaram os êxitos É p´ra amanhã e O corpo é que paga. Em 1984 lança o seu segundo trabalho, intitulado Dar e receber. Quando "Dar E Receber " é editado, já António Variações se encontra internado no Hospital Pulido Valente devido a um problema brônquico-asmático. É já no hospital que ouvirá pela primeira vez na rádio as músicas de promoção do disco. É nesse mesmo ano que morre, a 13 de Junho, vítima de uma broncopneumonia, provavelmente causada pela SIDA, especula-se que terá sido a primeira figura pública portuguesa a morrer vítima desta doença.

O seu último concerto foi dado a 22 de Abril de 1984 em Viatodos, aldeia do concelho de Barcelos, num espectáculo do programa das festas da Isabelinha.

Vinte anos após a sua morte, em Dezembro de 2004, é lançado um álbum em sua homenagem, com canções da sua autoria que nunca tinham sido editadas; sete conhecidos músicos portugueses formaram a banda Humanos, e gravaram 12 músicas seleccionadas de um conjunto de cassetes "perdidas" no património de Variações administrado pelo irmão, Jaime Ribeiro.

Discografia
1982 - Povo que lavas no rio/Estou além [single]
1983 - Anjo da guarda [album]
1983 - É p'ra amanhã.../Quando fala um português... [single]
1984 - Dar & receber [album]
1997 - Canção de engate [single]
1997 - O melhor de António Variações [compilação]
1997 - ...O corpo é que paga/É p'ra amanhã... (remistura de Nuno Miguel) [single]
1998 - Anjo da guarda [remasterizado, inclui faixa extra "Povo que lavas no rio"]
1998 - Minha cara sem fronteiras-entre Braga e Nova Iorque [single]
2000 - Dar & receber [remasterizado, inclui três versões (duas remisturas) do inédito "Minha cara sem fronteiras"]
2006 - A história de António Variações - entre Braga e Nova Iorque [compilação]
Excerto da música "Estou Além" Ouvir Medley

Versões
1987 - Delfins - Canção do engate
1989 - Lena D'água - Tu aqui [álbum de inéditos de Variações]
1994 - Variações - As canções de António [álbum tributo]
1995 - Amarguinhas - Estou além
1995 - Íris - Estou Além
1996 - MDA - Dar E Receber
1996 - MDA - Estou Além
2004 - Donna Maria - Estou Além
2004 - Funkoffandfly - Dar e receber
2005 - RAMP - Anjinho da Guarda
2006 - Humanos - Humanos [álbum de inéditos de Variações]



LETRA DE "O CORPO É QUE PAGA"

Quando a cabeca nao tem juizo
Quando te esforcas
Mais do que é preciso
O corpo é que paga
O corpo é que paga
Deix'ó pagar, deix'o pagar
Se tu estas a gostar...

Quando a cabeca nao se liberta
Das frustracões, inibicões
Toda essa forca, que te aperta
O corpo é que sofre
As privacões, mutilacões

Quando a cabeca esta convencida
De que ela é
A oitava maravilha
O corpo é que sofre
O corpo é que sofre
Deix'ó sofrer, deix'ó sofrer
Se isso te da prazer...

Quando a cabeca esta nessa confusao
Estas sem saber que has-de fazer
E ingeres tudo o que te vem à mao
O corpo é que fica
Fica a cair sem resistir

Quando a cabeca rola pró abismo
Tu nao controlas esse nervosismo
A unha é que paga
A unha é que paga
Nao paras de roer
Nem que esteja a doer...

Quando a cabeca nao tem juizo
E te consomes, mais do que é preciso
O corpo é que paga
O corpo é que paga
Deix'ó pagar, deix'ó pagar
Se tu estas a gostar...
Deix'ó sofrer, deix'ó sofrer
Se isso te da prazer...

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