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sábado, março 17, 2007

ELIS REGINA, nasceu a 17 de Março

ELIS "FAZ" ANOS
ELE PERMANECERÁ SEMPRE CONNOSCO



Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 — São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira.
A jovem Elis
Elis Regina nasceu na capital no Rio Grande do Sul, onde começou a carreira como cantora aos onze anos de idade em um programa de rádio para crianças chamado O Clube do Guri, na Rádio Farroupilha, apresentado por Ari Rego. Sobre o começo da carreira de Elis e a disputa entre quem de fato a lançou, o produtor Walter Silva disse à Folha de S. Paulo ([1]): "Poucas pessoas sabem quem realmente descobriu Elis. Foi um vendedor da gravadora Continental chamado Wilson Rodrigues Poso, que a ouviu cantando menina, aos quinze anos, em Porto Alegre. Ele sugeriu à Continental que a contratasse, e em 1962 saiu o disco dela. Levei Elis ao meu programa, fui o primeiro a tocar seu disco no rádio. Naquele dia eu disse: Menina, você vai ser a maior cantora do Brasil. Está gravado."


Década de 60
Em 1959 foi contratada pela Rádio Gaúcha, e em 1961 viajou ao Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro disco, Viva a Brotolândia. Lança ainda mais três discos, enquanto morava em Porto Alegre.

Em 1964 parte para o eixo Rio-São Paulo, assina contrato com a TV Rio e participa do programa Noites de Gala é levada por Dom Um para o Beco das Garrafas sob a direção de Luís Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli. Ainda no Beco das Garrafas conhece o coreógrafo americano Lennie Dale, que ensinou a Elis a mexer o corpo para cantar, tirando aquele nado que ela tinha com os braços.

Participa do espetáculo Fino da Bossa patrocinado pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, produção de Walter Pinto, em 1965 - no Teatro Paramount, que contou com as participações de Rosinha de Valença, Os Cariocas, o violonista Paulinho Nogueira, Zimbo Trio, Jair Rodrigues, o violonista Baden Powell e outros. que também ficou conhecido como Primeira Demti-Samba, foi dirigido por Walter Silva, no Teatro Paramount, atual Teatro Abril, em São Paulo, e "no final de 1964 conhece o produtor Solano Ribeiro (TV Excelsior), que viria a ser sua primeira paixão. Elis engravidou, mas abortou e teve a saúde abalada".(*)

Em 1965, vence o Festival de Música Popular Brasileira (TV Excelsior-Canal 9, de São Paulo). Recebendo o Prêmio Berimbau de Ouro, com a canção Arrastão, (Edu Lobo e Vinicius de Moraes), apresentado por Kalil Filho e lançando-se nacionalmente. No mesmo ano, assume ao lado de Jair Rodrigues, o comando do programa O Fino da Bossa (Walter Silva), que ficaria no ar até 1967 (TV Record, Canal 7, SP) e originaria três discos de grande sucesso: um deles, Dois na Bossa, foi o primeiro disco brasileiro a vender um milhão de cópias.

Em 1968, uma viagem à Europa a lança no eixo musical internacional, conquistando grande sucesso, principalmente no Olympia de Paris, aonde se tornou a primeira artista a se apresentar lá duas vezes no mesmo ano.


Década de 70 e 80
Durante os anos 70, aprimorou constantemente a técnica e domínio vocal, registrando em discos de alta qualidade técnica parte do melhor da sua geração de músicos. Em 1975, com o espetáculo Falso Brilhante, que mais tarde originou um disco homônimo, atinge enorme sucesso, ficando mais de um ano em cartaz e realizando quase 300 apresentações.

Ainda teve grande êxito com o espetáculo Transversal do Tempo, em 1978, de um clima extremamente político e tenso; o Saudades do Brasil, em 1980, sucesso de crítica e público por sua originalidade, tanto nas canções quanto nos números com dançarinos amadores e, o seu último espetáculo, Trem Azul, em 1981.

Em 1980 gravou o especial Mulher 80, para a Rede Globo. O programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a Mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então. O programa abordava esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas na MPB; com Maria Bethania, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joana, Gal Costa.

Segundo a análise de alguns, notabilizou-se pela primazia técnica, uniformidade e qualidade musical. Foi Elis quem também lançou boa parte dos grandes nomes da MPB, como Milton Nascimento, Renato Teixeira, João Bosco e Aldir Blanc, Sueli Costa, entre outros. Milton Nacimento a elegeu musa inspiradora e a ela dedicou inúmeras composições.

Desde que foi descoberta trilhou uma carreira de grande sucesso de público e crítica, unindo técnica e perfeccionismo, à emoção e energia, típicas das apresentações. É até hoje considerada a mais completa cantora brasileria de todos os tempos.

Anos de chumbo
Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, que perseguiu e exilou muitos músicos em sua época, seja por meio de declarações públicas ou pelas canções que interpretava. Em entrevista, no ano de 1969, declarou que o Brasil era governado por gorilas (Há controvérsias em relação a essa declaração. Existem arquivos dos próprios militares onde ela se justifica dizendo que isso foi criado por jornalistas sensacionalistas). Sua popularidade a manteve fora da prisão, mas foi obrigada pelas autoridades a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo em um estádio, fato que despertou a ira da esquerda brasileira.

Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, destacando a Marcha contra as guitarras, ainda nos anos 60, ao lado de artistas como Gilberto Gil e outros, ainda participou ativamente da campanha pela anistia política de exilados brasileiros. Consagrou a interpretação de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o Hino da Anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979. Um deles, citado na música, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro.

Outra questão importante se refere ao direito dos músicos brasileiros, polêmica que Elis encabeçou, participando de muitas reuniões em Brasília. Além disso, foi presidente da Assim, Associação de Intérpretes e de Músicos.


Últimos momentos
Em meio a uma grande comoção nacional, faleceu aos 36 anos de idade em 19 de janeiro de 1982, devido a complicações decorrentes de uma overdose de drogas, tranquilizantes e bebida alcoólica. Foi sepultada no Cemitério do Morumbi. "Choram Marias e Clarices...Chora a nossa pátria mãe gentil. Em busca de um sol maior, Elis Regina embarcou num brilhante trem azul, deixando conosco a eternidade de seu canto pelas coisas e pela gente de nossa terra. E uma imensa saudade"´´. - Agência de Publicidade.

Elis é mãe de João Marcelo Bôscoli, filho do casamento com o músico Ronaldo Bôscoli, e de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos do pianista César Camargo Mariano. Os três enveredaram pelo ramo da música.

Discos de carreira

Viva a Brotolândia (1961) - primeiro LP (na Continental, atual div. da Warner) - aos dezesseis anos de idade.
Poema de Amor (1962) Continental
Elis Regina (1963) (na CBS, atual Sony&BMG)
O Bem do Amor (1963) (na CBS, atual Sony&BMG)
Samba - Eu Canto Assim (1965) (de 1965 a 1979: na Cia. Brasil. de Discos - Philips, PolyGram, atual Universal Music)
Dois na Bossa (1965)
O Fino do Fino (1965)
Dois na Bossa nº 2 (1966)
Elis (1966)
Dois na Bossa nº 3 (1967)
Elis Especial (1968)
Elis - Como e Porque (1969)
Elis Regina & Toots Thielemans (1969) - gravado na Suécia
Elis Regina in London (1969)
Em Pleno Verão (1970)
Elis & Miele no Teatro da Praia(1970) - show
Ela (1971)
Elis (1972)
Elis (1973)
Elis & Tom (1974) Em 2004, a Trama lançou uma edição em DVD de Áudio 5.1 com duas faixas bônus.
Elis (1974)
Falso Brilhante (1976) Em 2007, a Trama lançou uma edição em DVD de Áudio 5.1.
Elis (1977)
Transversal do Tempo (1978)
Elis Especial (1979)
Essa Mulher (1979) Warner
Saudade do Brasil (1980) Warner - Álbum Duplo
Elis (1980) EMI. A reedição em CD de 2002 inclui 4 faixas bônus. Em 2006, a Trama lançou edição remixada, com bônus instrumentais e acapella.

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