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Prá quem não sabe, "cordel" faz parte da cultura do povo sertanejo do
Nordeste. Sempre versos jocosos, muito humor com base em acontecimentos
verídicos.
Estes versos foram escritos por dois cordelistas da Paraíba, em uma
sincera homenagem a Ubaldo
NA PORTA DO CU DO DONO
De Maciel Melo e Zé Marcelino
Essa rola, antigamente,
Vivia caçando briga,
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente!
Mas hoje tá diferente,
No mais profundo abandono,
Dormindo um eterno sono!
Não quer mais saber de nada,
Com a cabeça encostada
Na porta do cu do dono!
Já fez muita estripulia,
Firme que só bambu,
Mais parecia um tatu!
Fuçava, depois cuspia,
Reinava na putaria
A periquita era seu trono!
Trepava sem sentir sono
E sem precisar de escada...
Mas hoje vive enfadada
Na porta do cu do dono!
Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa...
Há muito tempo não goza,
A noite de gala passou!
Vive cheia de pudor,
Sonolenta e sem abono...
Faz da ceroula um quimono
E da cueca uma estufa!
Vive hoje a cheirar bufa
Na porta do cu do dono....
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