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Os Trovante começaram no verão de 1976 em Sagres, quando um grupo de amigos (João Nuno Represas, Luís Represas, Manuel Faria, João Gil e Artur Costa) se juntou para fazer música.
Em 1977 gravaram o seu primeiro disco Chão Nosso, com uma forte componente política e tradicional portuguesa. No ano seguinte lançaram Em Nome da Vida, um disco que os confirmou importantes na música de intervenção. A partir de 1980 o grupo concentrou-se mais na vertente tradicional, tendo os seus elementos estudado no Hot Club de Portugal. Como resultado, o inédito disco Baile no Bosque foi um enorme sucesso comercial. Em plena explosão do Rock em Portugal, os Trovante sobressaíam paralelamente. Para a história ficaram Balada das Sete Saias e Outra Margem. Fernando Júdice e António José Martins entraram para a banda que passou então a ter sete elementos.
Em 1983 o álbum Cais das Colinas, com o célebre tema Saudade contou com José Salgueiro mas já não com João Nuno Represas. Em 1984 lançaram 84, um disco que contém Xácara das Bruxas Dançando e Travessa do Poço dos Negros. Em 1986 surgiu Sepes que deu continuidade a espetáculos de grande sucesso.
À sombra dos Trovante tinham, entretanto, surgido outros projectos como os Charanga com o disco Aguarela e Mafalda Veiga com Pássaros do Sul, podendo até falar-se no trovantismo e no pós-trovantismo, tal a importância que o grupo adquiriu. O álbum Terra Firme com os temas Perdidamente (letra de Florbela Espanca) e 125 Azul foi já um trabalho assumidamente pop esbatendo as referências mais tradicionais. Em 1988 a banda arriscou uma superprodução no Campo Pequeno resultando num disco ao vivo que se tornou platinado. Em 1990 o grupo editou o seu último trabalho de estúdio Um Destes Dias com o grande êxito Timor, que foi todavia mal recebido pela crítica levando os Trovante à sua última digressão antes da dissolução definitiva. Luís Represas e João Gil foram os mais bem sucedidos nas posteriores carreiras.
A 12 de Maio de 1999, nas comemorações dos 25 anos da revolução de Abril de 1974, o Presidente da República Jorge Sampaio convidou os Trovante à sua reunião para um espectáculo de duplo disco e emissão televisiva a partir do Parque das Nações.
Pela segunda vez desde a separação, actuaram juntos a 12 de Outubro de 2006, no Campo Pequeno, em Lisboa, a convite do Montepio Geral.
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