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Charlie Brown Jr.
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Charlie Brown Jr. é uma banda de rock do Brasil formada em Santos no ano de 1992. Segue a linha hardcore com influências do punk rock californiano, e mistura vários ritmos como o reggae, o hip-hop, criando um estilo próprio. Suas letras fazem críticas à sociedade da perspectiva do universo jovem contemporâneo. Todos os membros da banda são naturais da cidade de Santos, exceto o vocalista Chorão, que nasceu em São Paulo.
História
Começo de carreira
Em 1992, o skatista paulistano Chorão, que havia se mudado para Santos, litoral de São Paulo, ao chegar na cidade após uma infância difícil e traumática, Alexandre Magno um adolescente de 17 anos conhecido como Chorão (apelido auto-explicativo), passou a se interessar pela prática do skate. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar devido a necessidades "fisiológicas". Uma pessoa da platéia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, uma criança de apenas 12 anos na época, formaram então a banda "What’s Up". Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar Renato Pelado. Mais tarde, Marcão e Thiago (guitarras) completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr.
A banda, ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. Muitos não sabem o porquê do nome "Charlie Brown Jr". "Fundei e batizei a banda com esse nome em 92. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy. E o “Jr” é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como Raimundos, Nirvana, Blink-182, Red Hot Chili Peppers, Nação Zumbi, e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Sublime, Bad Brains, 311 e Pennywise, misturando hardcore, skate e reggae. O líder da banda, Chorão, é skatista, chegando a figurar nas melhores posições do ranking de diversos campeonatos brasileiros, e costuma apresentar-se nos shows em cima de um skate. Por volta de 1993, já com esta formação da banda, eles começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate.
As primeiras apresentações do quinteto aconteceram em Santos e São Paulo, especialmente em campeonatos de skate. Uma fita demo foi entregue a Rick Bonadio, presidente da Virgin Records e produtor dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e o contratou. De uma demo de três faixas surgi o primeiro disco do CBJr, produzido por Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin. Nasce então o explosivo disco Transpiração Contínua Prolongada, tem esse nome por realmente retratar tudo que a galera passou pra chegar onde chegaram. O álbum foi produzido por Tadeu Patola (ex-Lagoa 66), o álbum explode na audiência e fez sucesso nas rádios com as faixas "O Coro Vai Comê!", "Proibida Pra Mim (Grazon)", "Tudo Que Ela Gosta De Escutar" e "Gimme O Anel", vendendo 500 mil cópias. Chorão teve que fazer de tudo para ganhar dinheiro. "O Coro Vai Comê já estava estourando aqui em São Paulo e eu passando fome em Santos, tá ligado?", diz. Ele passou fome mesmo. Esperava a namorada chegar do trabalho e, com o ticket refeição dela, de 5 reais, comprava duas esfihas, um refrigerante e uma garrafa de água. Uma curiosidade, Champignon era ainda menor de idade na época, e, conseqüentemente, toda vez que a banda ia se apresentar em alguma casa noturna, era necessária uma autorização judicial para que pudesse acompanhar seus companheiros.
Sucesso comercial
Por algum longo tempo o hit "Te levar" foi tema da série Malhação da Rede Globo (sem apologias a emissora), e assim a banda alcançou bem mais que um público seleto, abrangendo seu trabalho as mais diferentes classes sociais. Com sua propagação na mídia a banda ganhou vários prêmios e chegou assim, por várias vezes, ao topo de grandes rádios espalhadas pelo país. O rock que fazem é influenciado por bandas como Madness, Suicidal Tendencies e algumas mais atuais como Mighty Mighty Bosstones. O som do Charlie Brown Jr. mistura hardcore com ska e funk.
Em 1999, após a estréia promissora, o grupo voltou com Preço Curto... Prazo Longo, composto por 25 músicas inéditas, entre elas os sucessos "Confisco", "Zóio de Lula", "Te Levar" e "Não Deixe O Mar Te Engolir", que sedimentaram o sucesso da banda e garantiram sua presença nas rádios. Pouco antes de entrar no estúdio para gravar o terceiro álbum, o grupo passou por uma forte crise interna, causada pelas brigas entre Chorão e Champignon, e quase encerrou a carreira. Apesar das dificuldades, a evolução da fórmula hip hop/reggae/hardcore continuou em Nadando com os Tubarões em 2000, cujos destaques foram as faixas "Rubão: O Dono do Mundo" e "Não é Sério". O disco marcava a entrada do dj Anderson. Faria como acompanhante fixo da banda e revelava uma aproximação com o rap paulistano, explícita em "A Banca", com participação do grupo RZO. No fim do ano, decidiu não participar do Rock in Rio para um Mundo Melhor por discordar do tratamento dispensado às bandas nacionais.
No ano de 2001, o grupo foi consagrado no Vídeo Music Brasil, levando o prêmio "Escolha da Audiência" pelo clipe de "Rubão". Antes, entretanto, o guitarrista Thiago saiu do grupo alegando divergências musicais. Como um quarteto, o Charlie Brown Jr. assinou com a EMI para lançar 100% Charlie Brown Jr. no final do ano, com músicas totalmente inéditas. As faixas de maior destaque foram "Hoje eu Acordei Feliz" e "Lugar ao Sol".
Em abril de 2002, uma apresentação da banda no Rio de Janeiro acabou em tumulto generalizado. Uma briga fez com que Chorão e cia. saíssem do palco antes do previsto, causando revolta na platéia. Lojas e lanchonetes do parque Terra Encantada foram depredadas. Felizmente, ninguém ficou ferido com gravidade.
O título do quinto álbum, Bocas Ordinárias, se apropriou de uma expressão lusitana? por sinal, o grupo já havia se apresentado em Portugal com sucesso. Com vigor admirável, a fusão de hardcore, rap e reggae gerou novos hits como "Papo Reto (Prazer é Sexo, O Resto é Negócio)" e "Só por Uma Noite", "Bocas Ordinárias", "Guerilhas" e "Somos Poucos mas Somos Loucos", além de uma versão de "Baader-Meinhof Blues", do Legião Urbana.
Álbum acústico
Em 2003, chegou a vez do Charlie Brown Jr. gravar seu acústico para a MTV, entitulado Acústico MTV Charlie Brown Jr.. Entre os convidados, o grupo chamou Marcelo Nova e Marcelo D2, que participaram de versões de "Hoje" (Camisa de Vênus) e de "Samba Makossa" (Chico Science & Nação Zumbi), respectivamente. Entre as regravações, a banda santista optou pelos sucessos "Proibida pra Mim", "Zóio de Lula", "Tudo que Ela Gosta de Escutar", mas o primeiro hit foi "Não Uso Sapato".
Durante a turnê acústica, em 2004, Chorão agrediu Marcelo Camelo, dos Los Hermanos, quando as duas bandas se encontraram em um aeroporto. O motivo teria sido uma suposta crítica à participação do Charlie Brown Jr. num comercial de uma marca de refrigerantes. O vocalista do grupo carioca prometeu processar Chorão, que se desculpou publicamente. Após mais de 2 milhões de álbuns vendidos o Charlie Brown Jr. lança em 2004 o sétimo disco da carreira, Tâmo aí na atividade.
Nova formação
O vocalista do Charlie Brown Jr., Chorão, costuma dizer que a banda não é seu emprego, mas sim sua vida. Esta afirmação traduz a intensidade do envolvimento e da dedicação que os integrantes do Charlie Brown Jr. direcionam à música, aos shows e ao público. Passar por uma metamorfose sem perder a identidade foi o desafio vencido pela banda Charlie Brown Jr.. No início de 2005, Chorão, o skatista que um dia subiu num palco por diversão para depois se tornar um vocalista criativo e empreendedor, foi pego de surpresa com a notícia de que os outros três integrantes estavam deixando a banda Charlie Brown Jr., na qual tocavam juntos há muitos anos e gravaram sete discos. Após o lançamento de 7 álbuns (incluíndo entre eles o Acústico MTV, que foi lançado no auge da banda), em 2005, Champignon (baixista), Pelado (bateirista), Marcão (guitarrista) deixaram a banda. Em abril de 2005, ao contrário do que muitos diziam, Chorão apareceu com uma nova formação para o Charlie Brown Jr. Depois do choque inicial, Chorão resolveu seguir em frente, tomando a decisão de chamar outros músicos com afinidade, técnica e vontade de encarar com humildade e respeito milhares de fãs, e começou a se articular para compor novas músicas para a futura gravação de um CD.
O novo núcleo surgiu em Santos, cidade que o Charlie Brown Jr. canta nos palcos de todo o mundo. Thiago Castanho que gravou os primeiros três discos do Charlie Brown Jr, agora estava de volta para reafirmar sua parceria com Chorão. Heitor Gomes foi escolhido para assumir o baixo e André Pingüim conquistou a bateria. Depois dos ensaios com o repertório antigo e depois de alguns shows em vários locais do país, Chorão, Thiago, Heitor e Pingüim fortaleceram os vínculos e encontraram a sintonia necessária para criar novas músicas.
Imunidade Musical (2005-2007)
O álbum Imunidade Musical é lançado em 2005 com destaque para o primeiro single "Lutar Pelo que é Meu", além de "Cada Cabeça Falante tem sua Tromba de Elefante", com as participações de Rappin Hood e Parteum, do Mzuri Sana. Ainda em 2005, Charlie Brown lança o DVD Skate Vibration. O trabalho passeia do rock pesado à melodia, do rap e reggae ao blues.
O CD Imunidade Musical, cujos detalhes de gravação e a vibe elevada dos integrantes da banda podem ser vistos no DVD Skate Vibration, começou a surgir no estúdio Digital Grooves, do guitarrista Thiago Castanho, em Santos. No DVD, além de uma apresentação ao vivo, estão os clipes que misturam imagens da banda Charlie Brown Jr. nos shows realizados em 2005, nas viagens e durante as gravações de seu oitavo CD. Imunidade Musical, no qual a sonoridade do Charlie Brown Jr. foi reestabelecida através de surpreendentes 23 músicas, se tornou um CD emblemático na trajetória da banda, que toca para um público de milhares de pessoas a cada show, lotando os espaços por onde passa.
Ritmo, Ritual e Responsa (2007-presente)
O mais recém disco lançado pelo Charlie Brown Jr. se chama Ritmo, Ritual e Responsa (RRR). Ritmo, Ritual e Responsa trás 22 faixas inéditas e uma faixa bônus, e chegou às lojas no final de abril de 2007. Produzido por Chorão e Thiago Castanho, o nono da carreira, deixa registrada mais uma vez a marca do Charlie Brown, letras com forte apelo urbano e que vão de encontro aos anseios da juventude, riffs poderosos, bateria e baixo marcantes.
A inovação, outra marca do grupo, está presente em algumas faixas com um toque eletrônico. Mas os fãs não precisam se preocupar, o eletrônico que tem permissão para entrar na música do Charlie Brown é um convidado especial que dá mais peso ao som da banda. Também o rap, que sempre esteve presente na música e letras do grupo, marca presença. No dia 9 de abril de 2007 chegou às rádios de todo o Brasil "Não Viva em Vão", música de Chorão e Thiago Castanho, que foi escolhida como primeiro single. Logo em seguida com o lançamento de mais um single "Pontes Indestrutíveis", cujo a banda também gravou um clipe da música, e é mais um dos destaques do nono álbum.
No dia 23 de abril de 2008, foi divulgado no site oficial que o baterista André Ruas, o Pingüim, não fazia mais parte da banda. O motivo seria o fim do contrato que já estava se aproximando, sem que houvesse interesse de ambas as partes em renová-lo.
Para o lugar de Pingüim, entrou Bruno Graveto, também de Santos.
Integrantes
Formação atual
Chorão - vocal
Thiago Castanho - guitarra
Heitor Gomes - baixo
Bruno Graveto - bateria
Ex-membros
Champignon - baixo (1992-2005)
Marcão - guitarra (1992-2005)
Renato Pelado - bateria (1992-2005)
Pingüim - bateria (2005-2008)
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